Daniel Campos

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Encontrados 372 textos. Exibindo página 23 de 38.

22/04/2010 - Alice no Brasil das maravilhas

Assim como Alice, cada um de nós tem um mundo maravilhoso. Um mundo onde nos refugiamos. O da personagem da literatura é habitado por um coelho preocupado com o relógio, por um gato listrado de rosa, por um chapeleiro maluco e por outras criaturas fantásticas. Com seres mais ou menos mágicos, cada um tem um lugar encantado para subverter a ordem, para quebrar as regras, para burlar a realidade. Um lugar onde o sonho não só é permitido como vivido por inteiro.

Para Pedro Álvares Cabral e outros portugueses esse mundo se chamava Brasil. Um mundo de terras infinitas, de comidas exóticas, de nativas nuas. Quando os ventos e as correntes marítimas do destino desviaram as naus do grande navegador, Pedro viu nascer diante de seus olhos um continente perdido entre a fantasia e a realidade. Pensou estar sonhando. Chegou a perguntar a Pero Vaz de Caminha se aquilo tudo, de fato, existia ou se ele havia caído, assim como Alice, nos confins da toca de um coelho apressado. ...
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03/07/2008 - Alice, cadê o país das maravilhas?

Alô! Alô! Alice!!! Está me ouvindo, Alice?! Tento conversar com uma das estrelas da literatura inglesa, mas ela não atende meus telefonemas. Felizes os personagens de romance que não têm celulares e seus aborrecimentos. No entanto, precisava falar com ela. Queria que me contasse onde fica esse tal país das maravilhas. Estou de malas prontas para desembarcar lá com minha família. Pelo amor dos loucos, onde é que eu acho a toca de coelho que vai dar num lugar fantástico povoado por criaturas mágicas? Por aqui, as únicas criaturas que encontro, fofocas à parte, não são nada maravilhosas. De um lado, está a crise do preço dos alimentos, de outros, os reajustes de alugueis, os juros dos cartões de crédito, a ascensão do barril de petróleo... Por onde quer que eu olhe só vejo as criaturas do país da inflação. ...
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21/09/2014 - Alívio

É grande o alívio por não ter mais que carregar esperança alguma comigo. Sou um homem devastado, porém muito mais leve. Tenho um oco em mim que dá até eco. Porém, seu nome não é mais bem-vindo nem mesmo para ressoar. Você ateou fogo na floresta de sonhos que eu tinha. E se a esperança é verde, estou cinza. Pura fuligem. Ainda ardo com todo mal que me fez. Porém, sem esperança, a dor é menor. E se lhe serve de consolo, agradeço por ter acabado comigo, pois sem sonhos e esperança sou capaz de tudo, já que não tenho mais nada a perder.


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08/03/2015 - Almoço só

Ai meu amor, o almoço está pronto. Eu ainda ando tonto, mas fiz tudo o que você mais gosta. Nossa mesa está posta e seu lugar, vazio. Ai chega a me dar arrepio colocar seu prato e você me dar esse destrato. Sua ausência é corte em minha alma, é o desarvoramento que cala fundo na minha calma, é proeminência à morte. Ai meu amor eu preciso ser forte para engolir a minha solidão. Eu tenho catado esperança como se cata feijão. Eu ando procurando você pelos temperos, achando-a em cada cheiro. Comprei aquela louça que você sempre quis e fiz o cardápio para lhe fazer mais que feliz. Fiz suco para manchar seus lábios e num romantismo sábio estou pronto para dar a vida minha pouca na sua boca. Ai meu amor como é difícil conversar com você sem escutar sua voz, ser apenas eu ao contrário de sermos nós. Fiz a sobremesa inspirado em sua beleza que se reflete no espelho como a minha tristeza de ser tão só, de ser tão só, de ser tão só que a minha poesia queima e o meu dia vira pó.


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22/09/2008 - Alô, alô, marciano!

Alô, Alô, marciano, aqui quem fala é da Terra! Tô ligando para saber se tem um lugarzinho para gente aí. Falam que vocês são estranhos, com pele verde e antenas no meio da cabeça, mas tenho a certeza de que não vão se negar a receber um terráqueo cansado de guerra. Prometo que não vou levar nenhuma dessas pragas apocalípticas que estão correndo soltas por aqui. Se quiser, desço do meu foguete descalço para não correr o risco de infestar Marte com essa poeira do caos que se espalhou pela crosta terrestre. ...
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26/05/2014 - Alta conta

Tenha em sua alta conta tudo o que eu lhe disse até agora. Nada foi fingido. Nada foi tolice. Nada foi disse-me-disse. Nada foi infringido, pois o coração não tem lei. Afinal, o nosso direito fundamental é o amor. E o amor precisa ser vivido, praticado, defendido pelo nosso povo apaixonado. Deixa tudo de lado, medo e passado, e avance todos os sinais para viver o que está além da relação entre querer e poder. Tira sua roupa e se dê ao prazer de viver feito uma louca, feito uma loba que se entrega à lua sem pensar no que vão dizer sem imaginar o que vai acontecer. Tenha a certeza de que tudo é parte do mundo que lhe quer mulher. Não minta para si, tampouco se esqueça do que escrevi sobre você e para você. Tudo tem pelo menos um porquê. Aceita que eu lhe fiz eleita dos meus versos e escuta o que eu lhe peço. Nada de retrocesso. Nada de final perverso. Nada de acabar em nada quando temos – e temos – tudo para fazer valer o amor que queremos. Não tome partido do sofrimento, pois minhas palavras pavimentam o caminho que leva ao alento no melhor do sentimento. Não tema, teima em ser feliz comigo. Minha poesia lhe dá todo abrigo. E não há fogo-amigo em minhas tônicas. A minha paixão é crônica, sem volta e sem limite. Não lute contra, não assuste com o que aparentemente não dá conta, deixa tudo vir à tona e apronta. Vem e me conta seus sonhos mais secretos. Coloca seus desejos sob meu teto, sobre a minha cama e escreva em meu corpo que me ama.


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01/01/2011 - Ama como primeiro mandamento

Ama. Ama sem medida e sem pudor. Ama como se hoje nascesse um novo criador. Ama sem pensar no que passou. Ama sem esperar demais do futuro. Ama de um jeito forte e seguro. Ama não contando os vinténs. Ama de cabeça erguida e braços abertos. Ama de coração partido. Ama sangrando. Ama se dando. Ama devorando a coisa amada com romantismo e heroísmo. Ama perdido no horizonte. Ama trazendo lanças, escudos e cavalarias. Ama a ferro, fogo e poesia.

Ama inventando que hoje é um novo tempo. Ama ao pé do ouvido e num pé de vento. Ama a qualquer hora sem fazer questão de espaço. Ama em teias e redes. Ama em labirintos. Ama em tragos de cachaça e absinto. Ama num céu de algodão. Ama entre a pele e o batom. Ama sutilmente e desvairadamente. Ama cuidando das feridas. Ama mordendo as maçãs. Ama de costela em costela. Ama girando pela espinha. Ama dos cabelos aos tornozelos. Ama, voa, caia e se aninha. ...
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12/12/2016 - Amando demais

Eu tenho um grande defeito - amar demais, e tenho de pedir perdão por amar assim, sem medida, sem limites, sem pedir licença. Eu amo intensamente, indiscutivelmente e tendenciosamente ao infinito. Não importa se estamos juntos há menos de sessenta segundos, eu já te amo para sempre e não vivo mais minuto algum sem você. Eu te amo a ponto de esquecer de mim, portanto, ame-me lembrando que eu também existo. Tenho o costume de me perder nos olhos de quem amo de modo que fico cego de paixão. Aliás, amo tanto que dizem que eu não amo, e sim vivo paixões alucinantes por tempo indeterminado. Não importa se é amor ou paixão, ou se é tudo junto, o fato é que eu amo demais e me apaixono como se fosse a primeira e última mulher da minha vida. Amo de dar dor no coração, de sentir saudade mesmo quando junto, de querer ficar mais e mais perto. Não importa o que acontece lá fora... se estou nos braços de quem amo, completo estou. Tenho mania de dar a quem amo tratamento digno de realeza e isso, muitas vezes, assusta. Tenho um romantismo que já não se tem mais notícias. E todo esse sentimento conta pontos contra mim, pois sou considerado louco. E, de fato, sou louco por quem amo. Internem-me ou me deixem viver as loucuras do meu amor em paz. Sou consciente de que amo fora dos padrões. Mas, quem disse que eu quero viver um amor normal, dosado, tranquilo? Eu quero mesmo é o amor de tempestade, que chega para mudar tudo dentro e fora de mim, que chega para exigir mais do que já mostrei, que chega para me dar medo, pois só é possível amar de verdade quando o amor desperta o medo - o medo de perder quem se ama. ...
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15/02/2012 - Amar de que jeito?

Você já parou para se perguntar como ama? Ama naturalmente, comumente ou simplesmente? Pode parecer à mesma coisa, mas há um abismo entre cada exercício do amor. Você ama gradativamente ou de forma voraz, com uma intensidade que chega a ser selvagem? Você ama por que quer ou por que precisa amar para se manter vivo? Você ama com os pés no chão ou sem eixo gravitacional? Você ama machucando ou mentindo? Você ama num contentamento descontente ou num descontentamento contente?

Você ama perto, distante ou em pensamento? Você ama priorizando carne ou espírito? Você ama constante ou inconstantemente? Você ama se esquivando das dores ou mergulhando nelas? Você ama em silêncio ou aos gritos? Você ama em segredo ou como réu confesso? Você ama fazendo de seu amor verão ou meia estação? Você ama num ângulo direto ou paralelo? Você ama atacando ou se defendendo? Você ama para você, para a criatura amada ou para os outros? ...
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26/04/2011 - Amar é...

Amar é nascer outra vez a cada ato de amor. É ressuscitar sentimentos mortos. É alçar vôos improváveis. É remediar o que não tem remédio. É se entregar ao desconhecido de livre e espontânea vontade. É ser maior que o próprio medo. É mudar de nome, de sobrenome, de história. É amanhecer cantando e anoitecer chorando de saudade de alguém. É ter uma série de motivos para se motivar. É inventar estradas e reinventar caminhos. É parir, escrever e plantar...

Amar é conversar com deus ou com deusas. É enciumar da lua só porque ela não apareceu inteira pra você. É dividir suas coisas, suas falas, seus lábios com outro alguém. É se perder nas nuvens. É se esquecer do óbvio. É escutar repetidas vezes a mesma música. É fazer comidinhas e outras carícias numa plena e pública demonstração de afeto. É desejar bons sonhos e torcer para estar neles. É pedir mais por alguém do que por você. É sorrir, sofrer e dançar......
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