Daniel Campos

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Encontrados 372 textos. Exibindo página 15 de 38.

11/05/2013 - A vida sem você

A vida não tem graça sem você. A vida não tem sentido sem você. A vida não tem gosto sem você. A vida não tem perfume sem você. A vida não tem gozo sem você. A vida não tem desfecho sem você. A vida não tem autoridade sem você. A vida não tem sobrevida sem você. A vida não tem escapatória sem você. A vida não tem brilho sem você. A vida não tem idade sem você. A vida não tem festa sem você. A vida não tem credibilidade sem você. A vida não tem traquejo sem você. A vida não tem cura sem você. A vida não tem torcida sem você. A vida não tem molejo sem você. ...
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31/07/2008 - A vida seria blue

Concentre-se. Elimene de sua cabeça o desnecessário. Todas aquelas informações que você assistiu no último telejornal, todas as pendências do trabalho, todas as dívidas ativas ou inativas, todos os medos que lhe assombraram na última noite... Jogue tudo fora. Deixe sua mente vazia. Sinta seu coração pulsando por todo seu corpo. Não se preocupe em contar as batidas, apenas sinta-as. E vá se entregando aos sons e cheiros do espaço sideral.

Agora, imagine-se entrando em uma nave. Seu assento é confortável, o banco reclina e permite até um cochilo. O barulho do lançamento e aquela fumaça toda ficaram para trás assim como o aceno daquela pessoa especial, que você tanto gosta. Tire o cinto e note que a gravidade começa a faltar. Faça cambalhotas pelo ar. Respire fundo e olhe para o lado de fora. Ao alcance de seus olhos, meteoritos, poeira espacial e filhotes de estrela chorando luz. O azul do céu ficou negro como o infinito. O sol está mais próximo. Sinta o calor e tome uma daquelas pílulas sabor churrasco. ...
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28/11/2012 - A vida tem que ser assim

A vida é bruta para quem sonha e por seus sonhos vai à luta. A vida é uma loucura para quem ama e completamente maluca para quem tenta manter acesa a chama. A vida é um risco, que o diga o pássaro arisco. A vida é aventura para os que buscam um remédio para o tédio. A vida passa num corisco, numa volta da agulha riscando o disco. Aliás, a vida tem que ser mais, mais, mais do que isto, mais do que o já visto. Moço, a vida tem que ser o que há entre o roxo e o lilás. Moça, a vida tem que ir além de um tanto faz. ...
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03/08/2016 - A vitória da guerreira

Parabéns. Você provou não só para mim, não só para os outros, mas para si mesma que é guerreira. Sou testemunha do quanto foi difícil, de quantos sapos teve que engolir, de quantos leões teve de enfrentar, das tantas provações teve de passar. E você, quando quis, foi imbatível. Não teve ninguém melhor que você. E eu vibrei a cada virada sua, a cada premiação sua, a cada dia em que você terminava de cabeça em pé. A alma ganhou marcas, como eu disse, não foi fácil. Mas tudo isso te fortaleceu, te amadureceu, te cresceu enquanto profissional e pessoa. Sou testemunha dos choros, dos desabafos, das injustiças e também das vitórias; vitórias pessoais, conquistadas por você que jamais desistiu. Quantas as que ficaram pelo caminho? Quantas as que não suportaram? Quantas as que não deram conta do que você deu? Há muito o que celebrar. Há muito o que colocar para fora como emoção, satisfação, comemoração. Para mim tal desfecho não é surpresa alguma. Sempre acreditei que você fosse mais forte que eles, capaz de superar qualquer desafio, de fazer das tripas coração para seguir em frente. E agora, minha guerreira, é hora de seguir em frente. De cabeça em pé, com o coração honrado e com um brilho de conquista nos olhos que hoje não só estão coloridos de esperança, mas da certeza de que é possível vencer com as suas próprias forças. Eu te admiro, eu te aplaudo, eu te rendo as minhas homenagens com a propriedade de quem acompanhou bem de perto o nascimento dessa mulher que eu já conhecia de dentro de você. Parabéns.


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06/04/2016 - A zebra, a girafa e o leão

Era uma zebra, uma girafa e um leão pelas montanhas do Quintilhão. A zebra listrava por onde passava. A girafa espiava por cima das nuvens o mundo que a rodeava. E quando leão urrava nada ficava como estava.

A zebra aprontava e ria como se fosse hiena. A girafa era sentimental e gostava de poema. O leão, leonino como só, achava a vastidão de Quintilhão pequena e queria conquistar outras cenas.

A zebra só comia besteira. A girafa não ficava de bobeira. E o leão dava uma canseira. A zebra não levava nada a sério. A girafa era de outro império. E o leão, queria um grande cemitério. A zebra chorava de rir, a girava meditava antes de dormir e o leão devorava aqui e ali....
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10/01/2014 - Ááá passará

Tem pássaro no abacatá, vem ver, vem ver que ele já vai vua. Tem menino carregando emborná, o que será, o que será que tem lá? Oiá que o tempo é touro bravo que corre barranco pra lá e pra cá, eita já vai desbarrancar. É céu de jequitibá. É gente de abadá. É abelha juá. É manga uba. Vamos derrubar! Eba! Eba! Quem vai falar? Quem vai ficar? É um gostinho de maracujá vindo para acalmar. São olhos de sabará vindos de acolá. Vamos bailar? E esse doce açucarará quando a gente mesmo esperar. O tempo nos mói em suas pedras fazendo fubá dos nossos dias. Tem dança no congá da rosa chá. O vento sacode o jequitibá. Ama quem é de amar, pois o amor nunca fica gagá. Chega quem é de chegar, que o tempo já vai vua. ...
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Abacateiro

Lá no sítio, no terreiro da primeira casa de um recém-casal, um abacateiro é testemunha do casamento que completa hoje cinqüenta anos. Há 50 anos, um casal chegava de mãos dadas naquela terra vermelha, onde casariam seus destinos, suas lutas, suas vidas. Nesses 50 anos, quantos galos cantaram pra eles a chegada de um novo dia. Quantas valsas seus corpos rodopiaram ao longo desses 50 anos. Quantas roupas foram colocadas pra quarar. Quantos almoços foram feitos em plena madrugada. Quanto de suor foi derramado por esses rostos. Ao longo desses 50 anos, quantas vezes esses lábios choraram e esses olhos sorriram. Quantos sonhos queimaram à luz de um lampião. Quantas vezes a égua Faísca os levou pela estrada afora. Quantas plantas, quantos animais, quantas pessoas fizeram parte de suas vidas ao longo desses 50 anos. Quantos foram os encontros e quantas foram as despedidas. Quantas dificuldades, quantas saudades, quantas vontades se misturaram ao longo desses 50 anos. Quantas vidas germinaram dessas mãos no decorrer desses 10, 20, 30, 40, 50 anos. A cada novo ano completado, uma nova semeadura, uma nova floração, uma nova colheita. Quantos dias nasceram, lado a lado, por entre o ubre das vacas. Quantos dias anoiteceram, lado a lado, na brasa do fogão. Quanta fé, quanta devoção, quanta reza ao longo desses 50 anos. Assim como o tronco daquele abacateiro, as mãos que agora recebem as alianças de bodas de ouro guardam marcas que o tempo não conseguiu esquecer. Mãos de Liberato e Adélia. Mãos de seu Líbio e dona Délia. Mãos de trabalhadores que cuidam da roça e cuidam da casa. Mãos de vencedores que cuidam dos filhos, dos netos e agora, de um bisneto. Mãos de sonhadores que cuidam um do outro, num amor à moda deles. 50 anos depois, mesmo com os galhos mais retorcidos e com as folhas mais desbotadas, aquele abacateiro oferece seu tronco para que a vida escreva ali mais uma página da história de ouro de um casal feito de terra, de esperança e de amor.


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20/02/2010 - Abacateiros

Depois de uma estrada alongada, entre o horizonte e o nada, desfralda-se um pomar de abacates. São milhares de árvores tão gigantes quão os titãs temidos pelos gregos. Além da altura que causa vertigem, suas copas são rodadas como os vestidos de antigamente. Tudo é verde. Mas não existe um só tom, há diversas tonalidades verdejando por aquela terra que por pecado de Deus é vermelha como os lábios dos anjos caídos. Ah! Quanto prazer posto no beijo dos pés com aquela terra.

Ali tudo é infinito. Não há som senão o dos abacateiros. E como eles contam histórias. O vento roça suas galhas e lendas vão caindo ao chão como pássaros sem ninho. As árvores dão idéia de proteção. Uma verdadeira fortaleza viva. Um labirinto onde habitam faunos e outras criaturas mágicas. Há uma leveza ali difícil de explicar. Às vezes se tem a impressão de que há uma crônica falta de gravidade. Há uma tendência ao vôo. Vôo livro. ...
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06/01/2015 - Abandono do abandonado

Asa de mosquito. Casca de barata. Antena de borboleta. Couraça de besouro. Fóssil de pernilongo. Tudo pelo chão acusando a falta de cuidado, a falta de habitação, as garras da solidão. Cama desarrumada. Poeira pelos cantos. Teias de aranha. Livros empilhados. Janelas fechadas. Portas emperradas. Panelas vazias. Rascunhos jogados. Vida embolorada. Ciscos trazidos por um vento invisível. Silencio e pó. Heróis e mocinhas esquecidos nas páginas amareladas dos romances que caíram da estante. Sonhos rasgados. Esperanças desbotadas. Velas queimadas, palitos de fósforo quebrados. Provas de abandono por quem abandonado foi.


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09/05/2015 - Abelha das uvas

As mãos tingidas bolinando pelos parreirais. A pele branca, da menina em feitio de santa, manchada de bordo. Nas pernas de lua, nas costas de algodão, nos lábios de cera, o tinto escorrendo doce. Brindes ao aroma cítrico e adocicado se fundindo pelas dobras frutadas que vão se abrindo pelo relevo de um beijo. Os parreirais constroem e descontroem e reconstroem casais. Os pés angelicais pisando as uvas, tirando o sangue das cascas turvas. O corpo da mulher-tinta se oferecendo à boca alheia como um cálice de vinho. Delicada e poderosa como as uvas que a enfeitam e deleitam ela vai embriagando os olhos que vão flertando com seus sabores oculares, olfativos, táteis... Parte dos parreirais, folha e fruto se cobrindo e se despindo dos sulcos e sucos das uvas que são verdes, rosas, roxas, vermelhas como sua pele camaleoa que vai sem véu brilhando ao sol e às estrelas como abelha que faz do vinho seu mel.


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