Daniel Campos

Texto do dia

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Encontrados 60 textos de abril de 2014. Exibindo página 2 de 6.

25/04/2014 - Fé na mulher que amo

Eu tenho fé na mulher que amo. Uma fé incorruptível que não me faz dobrar os joelhos a não ser que isso seja um pedido especial dela. Uma fé que me faz acreditar não só nela, no que diz ou faz, mas em tudo que a envolve. Por essas e outras, não acredito no impossível, tampouco desisto de coisa alguma. E como a fé é feita de mistério estou sempre submerso no oceano de mistérios que é a mulher amada. Tudo, por mais mundano e profano envolvendo o nome dessa criatura, torna-se sagrado e deve ser tratado como tal por mim ou por quem quer que seja. Eu rogo, suplico, imploro, faço promessa e procissão de desejos com destino à mulher que me faz amor. ...
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25/04/2014 - Uma mulher chamada vida

Caminha por aí
Por entre os atos desse cotidiano mesquinho
Consciente de sua surpreendente beleza
Uma mulher chamada vida

Caminha como colibri
Que abdica das asas
Para andar e amar por entre os humanos
Utilizando dos sonhos para voltar aos céus

Caminha por aí
Soberana em sua condição apaixonante
Na natureza que alinhava o querer e o querer mais
Pela vida que lhe declama mulher

Caminha sem mimimi ...
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24/04/2014 - Bem-feitinha

Valha-me Deus
Que loucura é essa?
Você chega toda
Toda bem-feitinha
Corte delicado
A régua e compasso
Quisera eu
Que fosse louca por mim
Louca de pedra
Louca varrida
Louca de saudade
A ponto de me deixar
Escrever meus versos
Pelo seu corpo
Para sempre regresso.


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24/04/2014 - Do que mais?

Do que mais precisa um homem do que uma mulher para amar? Amar livremente, loucamente, ininterruptamente, com altos e baixos, mas com a mesma fulgurante intensidade. Amar fazendo do corpo da mulher amada seu mar aberto e seu cais ao mesmo instante. E que as velas sejam içadas e as ancoradas jogadas ao longo dessa mulher-mar que é onda, farol, sereia, pérola, coral, gaivota...

Do que mais precisa um homem do que uma mulher para amar? Amar sem perder tempo abstraindo o firmamento, extraindo seiva do vento, contraindo uma epidemia de sentimento ao abrir do coração entre um pulso e outro. Hipnotizando, delirando, prazerando, vibrando, amando. Que o sentimento seja posto em gerúndio num quê que não cessa, não tem fundo, não tem lugar senão o tempo amar. ...
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23/04/2014 - Voz interior

Quando eu não estiver por perto
Quando não conseguir me achar
Quando doer de saudade e chorar
Fecha os olhos, suspire e vá fundo
Embrenhando-se na sua alma
E então uma voz virá lhe guiar
Uma voz surgirá a lhe acalmar
Uma voz acalentará seus soluços
E lhe dará o impulso necessário
Será a voz de um anjo? De um falsário?
De um poeta? De um vagabundo?
De um sonhador? De um corsário?
Siga essa voz, entrega-se a essa voz...
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23/04/2014 - Não e sim

Não me agradeça e sim me enlouqueça. Não se despeça e sim me peça no café, no almoço, no jantar, nas horas vazias e nas horas de fé. Não me vire às costas e sim se dê em postas. Não me diga nunca e sim me deixe dizer à sua nuca. Não invente desculpa e sim me culpa pela sina desse amor que lhe domina. Não me ature e sim me torture com suas delícias e malícias.

Não se abstenha de mim e sim peque de mim, pra mim, em mim. Não me deixe pra trás e sim me leve atrás. Não me zombe e sim me tombe em seus passos ou em seus braços ou em seus traços. Não me negue e sim me carregue. Não me aflija e sim me atinja. Não suma e sim durma diante das minhas vistas como a flor dorme nas mãos do florista. Não se vá e sim me toma lá dá cá. ...
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22/04/2014 - Regência íntima

O amor me rege da primeira à última hora do dia. Sou do signo da paixão. Meu mapa astral é nascido do ventre da lua cheia. Falo a língua das estrelas. As ciganas se emocionam quando nas minhas linhas do coração. Minhas previsões são líricas. Meu ascendente é a fantasia que oscila do carnal ao astral numa simbiose perfeita. Um anjo me confessou que a minha sinastria amorosa com minha bem amada é fora do normal. Minha posição astronômica ideal é quando estou imerso nos braços de quem amo. Recebo meu horóscopo da boca que me leva ao espaço. Meus aspectos planetários ficam à flor da pele quando perto da pele que traz tatuagens subcutâneas do cosmos que me forma. E querendo ou não o universo conflui para a conjunção do poeta e da poesia.


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22/04/2014 - Olha pra mim

Olha pra mim
E festeja
Como nos bailes
Que embalam a realeza

Olha pra mim
E deseja
Como demônio
Querendo casar na igreja

Olha pra mim
E beija
Seu corpo de rainha
Como se sua boca fosse a minha


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21/04/2014 - Você escolhe

Você escolhe, semeia e planta suas escolhas
Do champanhe quer ser as bolhas ou as rolhas
Que estouram diferentemente? Você escolhe
Se quer ser amada ou muito mais amada
Se quer uma vida à toa ou uma vida boa
Se quer ser feita de parada ou de estrada
Se quer ser mulher dia-a-dia ou mulher fantasia
Se quer ser dominante ou dominada
Se quer ser apaixonante ou apaixonada
Se quer fazer sofrer ou bem-viver seu amor
Se quer levar ao delírio ou ao martírio...
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21/04/2014 - Mulher de Brasília

Eu amo a mulher de Brasília com suas curvas à moda Niemayer, que desafiam a arquitetura da anatomia com doses de surrealismo concreto e anticoncreto numa só poesia. Eu amo a mulher de Brasília que abre os braços como asas, norte e sul. Eu amo a mulher de Brasília que carrega o Cruzeiro no céu de sua boca, com direito a luares e previsões zodiacais. Eu amo a mulher de Brasília com seus olhares bucólicos, que me fazem questionar a dimensão de tudo o que há no mundo. Eu amo a mulher de Brasília com seus arrojos geométricos, com seus traços abstratos e simétricos. Eu amo a mulher de Brasília ensolarada por si só. Eu amo a mulher de Brasília que é chique, pós-moderna e jovem em sua essência. Eu amo a mulher de Brasília com lábios suspensos como os jardins de Burle Marx. Eu amo a mulher de Brasília com suas áreas verdes, com seu ar puro, com sua capacidade atlética. Eu amo a mulher de Brasília, mulher capital, metropolitana, política e diplomática. Eu amo a mulher de Brasília que é feita de quadras e superquadras, de conjuntos e pilotis, de ipês e palácios, de eixos que se cruzam e desafiam a gravidade ao longo de seu corpo cidade ou de sua cidade corpo. Eu amo a mulher de Brasília que tatua sua pele numa harmonia ao estilo Athos Bulcão. Eu amo a mulher de Brasília que tem o sotaque das cruzas do Brasil. Eu amo a mulher de Brasília que não tem esquinas porque é uma continuação perfeita, cujos ângulos são obtusos ou agudos, jamais retos. Eu amo a mulher de Brasília que diante dos olhos que a contemplam para no ar, paranoar, Paranoá. Eu amo a mulher de Brasília com suas chuvas e estiagens, com seu horizonte tombado, com sua beleza sendo patrimônio imaterial da humanidade.


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