Daniel Campos

Texto do dia

Se você gosta de textos inéditos, veio ao lugar certo.

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Encontrados 58 textos de dezembro de 2013. Exibindo página 6 de 6.

04/12/2013 - Poeta-pâtissier

Se eu fosse um poeta-pâtissier muitos, muitos amores de chocolate eu haveria de fazer. Seriam beijos puros de cacau e, nos momentos mais doces, banhados ao leite. Nada de sorrisos meio-amargos, mas recheados de licor e de sabor e de calor. E assim teria vontade de comer (se lambuzando) meus poemas sem qualquer pudor, e com todo apetite. Seria um imenso prazer transformar seus olhos (que me olham como barras de chocolate) em bombons finos, preservando assim sua elegância e composição. Ah, manteria o perfume natural sem necessidade de utilizar quaisquer aromatizantes. ...
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04/12/2013 - (Nem tão) Longe daqui

Há de haver um outro tempo, um outro espaço
Um outro universo possível de existir, de fato,
Com todo amor que há para ser vivido sem
Ser vencido pelo cansaço. Eu aposto! Não passo
A oportunidade de arriscar que há de flutuar
Por esta galáxia um planeta que nem complique
Tanto assim necessidade básica de ser feliz
Para além dessa sobrevivência por um triz
Um planeta que não estrague tudo por nada
E o relógio não marque sempre a hora errada...
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03/12/2013 - Disputa

Eu te amo
Eu te amo mais
Eu te amo
Mais e mais
Eu te amo
Infinitamente
Eu te amo
Perdidamente
Eu te amo
Daqui às estrelas
Eu te amo
Aqui, ali, acolá
Eu te amo
Com tinta vermelha
Eu te amo
Em caixa-alta
Eu te amo
Como amaram os piratas
Eu te amo
Transatlânticamente
Eu te amo
Paralelepipidamente
Eu te amo
Para sempre
Eu te amo
Eternamente...
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03/12/2013 - O abraço do dia

Hoje, mais do que nos outros dias, você vai sentir falta de abraços. Abraços que se foram. Abraços que se desmancharam. Abraços que se acabaram. Vai esperar alguém tocar a campainha, chamar no portão, tirar o telefone do estado de silêncio. Por diversas vezes, numa confusão entre lembrança e realidade, vai escutar vozes, ouvir passos, sentir mãos em suas mãos. Mas não vai conseguir falar, seguir, tocar ninguém. São somente retratos do passado, memórias de um tempo tão recente quão distante ao mesmo instante. ...
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02/12/2013 - Só isso

Sou só isso
Exatamente isso
E mais nada
Sou o fim da estrada
A quebra do feitiço
O final feliz postiço
Não tenho mais o que oferecer
Não tenho mais o que (re)dizer
Só sei fazer e refazer o sofrer
Sou o que tira o viço
O louco e o omisso
Por mais que eu fantasie
Que eu crie e recrie
Sou o que existe
E assim, tudo o que toco
Vira ou fica triste
Tudo o que faço é pouco
Eu não provoco...
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02/12/2013 - A Bahia me chamou

A Bahia me procurou, me ligou, me chamou para viver mais ela, num cenário de novela. Viver com muita pimenta e dendê, meu deus o que eu vou fazer se é lá que eu quero morrer? Pra que lado fica o caminho do pelourinho? Que as águas mornas da Bahia, carregadas de sal, curem as feridas da fantasia. Que tudo seja um recomeço e que a dor do “não” não encontre meu endereço. O mundo de cá não cabe no mundo de lá. Então, é preciso coragem para se deixar. Há sempre um amor para carregar e outro para abandonar num bom lugar, saravá! ...
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01/12/2013 - Encontro em três atos (3)

As cortinas se abrem. Música de funeral. A luz foca no Sentimenteiro, que está deitado. A fala da Estrela foi tão doída que o matou. Morreu de amor não correspondido. De tristeza, as estrelas que estavam penduradas, caem todas, como se o céu perdesse o brilho.Então, a Estrela, iluminada por um naco de luz, dá um grito não entendível aos ouvidos humanos. Então, ela se ilumina por completo e se joga da janela, e fica pendurada por um cabo. Dali, ela joga brilho sobre o Sentimenteiro, como dando sua vida para ele. Uma luz brilha dela para ele. E ele desperta. A música muda, ganhando um ritmo delicado. Começa então, um dueto poético marcado por certezas incertas e pela continuidade da espera, enquanto a Estrela desce até ele num ritmo bastante lento:...
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01/12/2013 - Sereia do Amanhecer

A minha sereia, se é que eu posso chamar de minha, tem olhos grandes e fundos como o oceano no qual habita. Olhos cristalinos, de um azul de uma infinidade de tons que se movem pra lá e pra cá como as ondas do mar. A minha sereia, chamando-a assim com todo respeito, surge de forma mansa, mas sempre provocando impacto com sua chegada, trazendo transformações e encantamentos em tudo o que está dentro e fora de mim. Por mais que eu já a tenha encontrado em outras oportunidades, diante dela há sempre o sabor de primeira vez. ...
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