Daniel Campos

Texto do dia

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Encontrados 60 textos de novembro de 2013. Exibindo página 2 de 6.

25/11/2013 - Morrendo hoje

Se eu morresse hoje
Por quantos dias ainda existiria “nós”?
Por quanto tempo ainda leria meus textos?
Por quantas vezes ainda se lembraria de mim?
Se eu morresse hoje
Por quanto ainda seria apaixonada pelo que fui?
Por quantos instantes se pegaria me olhando?
Por quantas horas seria capaz de chorar?
Se eu morresse hoje
Por quantas semanas eu ainda viveria em você?
Por quanto tempo meus “eu te amo” resistiriam?
Por quantas estradas caminharia tendo eu ao seu lado?...
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25/11/2013 - Corações-bomba

O que há de sentido no amor senão a falta de sentido? Essa loucura generalizada que toma conta das vísceras, das entranhas, do íntimo mais íntimo que há. E o instinto de matar ou de morrer por amor convive com a vontade de compartilhar um sono manso, capaz de amolecer o coração mais duro que possa existir. O amor dobra joelhos, acama, tomba heróis e eleva bandidos. Ninguém fica imune às tramas desta teia confeccionadas com mistério, beleza e veneno. Sim, o amor é letal, mas e daí? Quem se importa em sofrer todos os efeitos de um sentimento que para se fazer inteiro não deixa nada inteiro em você. em mim, em nós?...
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24/11/2013 - Amor dos botos

E veio essa vontade de ficar junto
De ser, mesmo dois, um só
Conjunto
De se embaraçar como nó
Num único ser vivo
Ou num único defunto
Que importa o estado
Diante dessa vontade
De estar lado a lado
Como num misto
De emoções
Ou de assuntos
Como num misto
Quente ou frio
Mozarela e presunto
E veio essa vontade
Essa irrealidade
De ser cheio e vazio
Ao mesmo tempo
Sem medo de não acontecer...
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24/11/2013 - Em outro mundo

Ilhado. Isolado. Fadado ao esquecimento. Náufrago de um oceano sem energia, sem luz, sem eletricidade. Escrevendo saudades à luz de velas. Sem sinal de telefone, internet, fumaça. Porém, com sinais de esperança. Terra, céu, corpo e almas encharcadas. Bendita chuva que libera a fragrância das matas. Enquanto bocas descrentes reclamam dos prejuízos, pássaros cantam pelo silêncio. Sem o som da televisão, do rádio, do celular (descarregado), o som de bem-te-vis, sabiás, pássaros pretos, canários e jandaias ficam nítidos. E os relógios demoram a dar suas voltas. ...
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23/11/2013 - Se amar for

Se amar for um grito
Não haverá mais silêncio entre nós
Se amar for um erro
Quero viver errado para sempre
Se amar for um tom
Eu e você seremos tom sobre tom
Se amar for um ato
Não hei de fechar as cortinas
Se amar for um riso
Eu lhe dou a minha boca
Se amar for um pacto
Toma meu sangue e tudo mais
Se amar for um lado
É deste lado que eu quero estar
Se amar for um jogo
Eu quero apostar a felicidade...
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23/11/2013 - Princesa Iracema

Ela chega envolta de vermelho, com os cabelos longos e negros, cheirando a jardim de Mãe Iara. Princesa que não anda de coroa, mas com os pés no chão. Símbolo de humildade e amor, Iracema das águas, das águas de cheiro que perfumam o ar. Fonte daqueles que, como ela, tem sede de conhecimento. Iracema do sol que doutrina. Iracema dos enoques, das cachoeiras, das purezas. Iracema de tantas encarnações e de doces canções. Iracema decidida, de postura ímpar e séria, determinada a chegar onde quer. Iracema escrava, de espírito nobre, que lutou pra se libertar e se elevar. ...
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22/11/2013 - Sete fábulas

Uma especial e seis comuns sentimentando por meio de filosofias e teorias amoríticas. Uma fada e seis bruxinhas enfeitiçando o mundo e (des)conjurando homens dos mais diversos reinos. Uma lua e seis estrelas orbitando em torno de um mesmo tema: a felicidade, em caráter de urgência urgentíssima. Uma arqueira e seis flechas sendo disparadas aos olhos cheios, minguantes, crescentes ou novos por ali ou em lugares remotos.

Uma bela e seis risonhas falando e revelando e apontando seus sonhos, seus projetos, suas expectativas. Uma poesia e seis não escritas tentando encontrar o caminho da fantasia ilimitada. Uma anja e seis criaturas baixas espalhando milagres e pecados pela noite escura. Uma brisa e seis tempestades se movimentando espontaneamente. Uma princesa e seis plebleias bebendo suas mais preciosas experiências já ou ainda não vividas....
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22/11/2013 - À flor da lua

Pelas vielas
Do medo
Eu lhe tenho
Eu lhe guardo
Em segredo
Pelas janelas
Do arvoredo
Eu me venho
Eu me dou
Pelas sobras
Do que fui
Pelas obras
Que o tempo
Não rui
Ou dilui
Eu sou lenho
Que não cai
Sou prenho
Que se vai
De sentimento
Em sentimento
Garimpeiro
De luas
Ao relento.


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21/11/2013 - “Não vai dar tempo”

Não vai dar tempo de ir mais uma vez a Brasília. Não vai dar tempo de lhe encontrar de novo. Não vai dar tempo de voltar a sua casa. Não vai dar tempo de lhe entregar o doce de laranja que eu fiz pra você. Não vai dar tempo de lhe dar um abraço. Não vai dar tempo de sair desta cama de UTI. Não vai dar tempo de sorrir outra vez. Não vai dar tempo de arrumar tudo para o Natal. Não vai dar tempo de eu ver nada além do que vejo agora por mais uma vez. Não vai dar tempo de eu conseguir levantar, andar, viajar... ...
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21/11/2013 - Maiores que o tempo

Haverá um tempo em que vamos sorrir disso tudo
E ver como fomos bobos diante de tanto medo
Que tudo acontece da forma como tem de acontecer
Sem pressa, sem desespero, sem que precisemos
Forçar nada. Sim, não devemos nos preocupar
Nos desesperar, nos cobrar amor ou seja lá o que for
Haverá um tempo em que todas as peças serão encaixadas
E que tudo será encaminhado como deve ser
Nossas vidas estão escritas nos livros do destino
Basta que não peguemos atalhos ou forcemos caminhos...
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