Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 75 de 248.

06/05/2015 - Ensinaria

Toda cobra deixa rastro
A fome precisa de pasto
E a dor segue de arrasto
Ave que não voa morre
Quem tem medo corre
O triste do zóio escorre
A nuvem se desmancha
Saudade não se alcança
O tempo não faz aliança
Com ninguém, nem vem
Não, não bole com o além
Que a tua vida fica aquém
A fundura do buraco engana
A santidade feita é profana
Ai da vida que não tem gana
Tem mais verdade na fera
Que devora do que na berra...
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19/08/2014 - Ensurdecedor

Eu tenho falado demais
Talvez para não escutar
Os ecos no meu peito
Debatendo-se em ais
Sem ter como escapar
Do tempo mais-perfeito
Que não vai (volta) mais


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Entardeceu

Nas lentes
De uma câmera
No fundo
De um copo
No revés
De um quadro
Ficaram
Tantas tardes
Que eu tentei
Esquecer.

Tardes
Que caminhavam
Tarde.
Tardes
Que sorriam
Tarde.
Tardes
Que se gostavam
Tarde.

E entardeceu
À tarde
Que tardou
O alarde
Do que ficou
Você e eu.


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04/03/2016 - Entardecimento

O sol, bêbado, já não aguenta mais ficar de pé
E, trôpego, vai caindo por entre os prédios
Que já arranham o céu mais escuro da tarde
Insólita. A lua mulher, como só ela, no tédio
Da hora ausente, ainda se arruma e já arde
Na expectativa da noite que já há aguarda
A guarda-real do sol caiu e o reino está vazio


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20/03/2016 - Entra no trem

Vem, entra no trem
Que vai dar no mar
Num tanto de lugar
Nos montes laranjas
Nas curvas e esquinas
No colo das meninas
De mistérios e franjas

Vem, entra no trem
Que vai subindo alto
Como se fosse pássaro
De lata, coração de aço,
Por entre nuvem e mato
Destino sobre a mesa
Frigi a fornalha acesa

Vem, entra no trem
Que vai apitando azul
Cortando norte e sul
Faiscando os trilhos ...
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22/03/2016 - Entre asas e presas

E do caos veio a loucura
Agonia, vazio e tédio
Uma fome sem remédio
A incompletude sem cura.
E da dor nasceu o medo
Que fez crescer a presa
Do segredo que há entre
A tristeza e a alegria.
E da beleza fez-se a ilusão
De que o lado de fora
É o lado real, verdadeiro,
Mas até a linda e forte
Serpente chora sua solidão.
E por não viver por inteiro
Ela treme diante da morte
E não sabendo ou podendo...
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05/07/2016 - Entre nós

Entre o sim
E o não
Há um universo
De possibilidades

Porém, entre eu
E você
A única probabilidade
É a certeza do amor.


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Entre o céu e o mar

Por todo o céu
Não cabê-la,
A estrela
Definha
E equilibra
Suas pontas
Ainda tontas
Em uma linha
De néon
Que algum querubim
Esqueceu de guardar,
E assim
Meio amarrada,
Meio dependurada,
Ela desce
Se esquece
Enrosca
Suas pernas
Quase se enforca
E ama
E grita
E cai
Do infinito
Num ar tão bonito
E ao acordar
Vê-se nas bordas de uma praia
Sob os olhares de inveja...
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Entre o sol e o mar

Sou do tempo
Em que os românticos
Falavam a língua dos jobins
Amar era bossa
E uma bossa nova
O amor, o sorriso e a flor
Era um lema
E tudo mais
Era uma saudade que chegava
Num barquinho
Feito de papel poema
Deslizando
Entre o sol e o mar
Aliás,
Amar era um ato ensolarado
As meninas tinham corpo dourado
Andavam de bicicleta
E o lobo mau flertava
Uma chapeuzinho de maio.
...
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28/10/2016 - Entre pintagóis e rouxinóis

Jogo-me no rio
Dos pintagóis
E assovio
A rouxinóis
Buscando a fio
O coração
De desdém
De quem
Feito navio
Vai além
Da imaginação
Possibilidades
E saudades
Caem nas redes
Dos meus verdes
Olhos de anzóis
Que ao som
Dos pintagóis
Ou rouxinóis
Morrem sós...


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