Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 45 de 248.

Coliseu

Quem um dia desaparece
Quem um dia some no ar
É porque um dia se esquece
Ou porque não tem nada mais a dar.

Um dia, as faltas serão percebidas
Um dia, o perdão cansará de existir
Um dia, as desculpas ficarão ainda mais frias.

Um dia, depois de tantos, irá falar de despedidas
Um dia, os sonhos cansados irão dormir
Um dia, irá notar que existem outros
Outros dias.

Quem um dia abandona
Quem um dia cria pretextos...
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Colombina

O céu quase azul
Sem nuvens
Sem vento.
A rua quase vazia
Sem blocos
Sem confetes.
A folia quase triste
Sem lança-perfume
Sem fantasias
Sem máscaras.
A paquera quase só
Sem carnaval
Sem gritos
Sem alegrias.
Você quase colombina
Com saltos
Com quartas-feiras
Com sonhos
De cinzas.


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Colombina dançarina bailarina

A dançarina
Tem passos
E sonhos
Mais reais
Que a bailarina
E uma tristeza
A menos
Do que a colombina.
Mas só a dançarina
Já dançou como bailarina
E se vestiu
De colombina
Para além do carnaval.
A dançarina
Já sonhou
Bailarina
Já chorou
Colombina
Diante de uma crise
Conjugal.


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11/03/2016 - Com malícia

Entre sentimentos
E cruzamentos
Me aperta
Suando-me
Colocando-me
Por inteiro na sua boca
Finja-se de louca
Vem deserta
E cheia de malícia
Espanta a minha preguiça
Espicha o meu corpo
E num sopro cálido
Cora o meu eu mais pálido


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28/10/2015 - Combinação

Ramas de hortelã
Beijos de cortesã
Roupas pelo chão
Palavras na mão
Riso de bonina
Juízo de menina
Adeus malandro
Olhos de meandro
Caligrafia torta
Fé detrás da porta
Passos ao meio
Gritos de reio
Meias verdades
Loucas saudades
Canto da manhã
Sorte de romã
Fim sem começo
Amor sem preço
Peito vazio
Olhar de rio
Leito que vaza
Par de arrepios


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Comboio coração

Lá vem o comboio
Do coração
Vem pela cidade
Das pedras
Trilhando
Trilhos
Em faíscas
Elétricas
Mordiscando
A ilusão
Que rasteja
Aos nossos pés.

Ôo saudade
Que chega
E apeia
Ao revés
Da própria
Vontade.
São reis e rainhas
E são cavaleiros
E são donzelas
Disputadas em duelo
E são conselheiros
E são bobos e bruxos
Da corte
E são plebeus...
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06/02/2016 - Começando pelo fim do carnaval

Carnaval
Não me leve a mal
Mas eu quero silêncio

Carnaval
Estou bem propenso
À completa quietude

Carnaval
Eu não quero folia
Paz é a minha verdade

Carnaval
Sem confete e serpentina
Livros, filmes e poesia

Carnaval
Esses dias minha sina
É começar pelo seu final

Carnaval
Nada de fazer clima
Mas eu quero brisa e cinza


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09/03/2016 - Comigo ninguém poede

Faço uma ode
De fé
Aos que me guardam
E firmo
Comigo ninguém pode

Não tardam
Tentam e atentam
E não me aguentam
Eu sigo de pé
E limo

De saia ou bigode
Me juram e torturam
E no final
Etcetera e tal
Comigo ninguém pode

Não ando só
Nó não me prende
Veneno não me dobra
Cobra que mexe comigo
Logo se arrepende

Nada me medra
Sacode não me dá queda...
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03/05/2015 - Como a lua para Jorge

Eu nasci pra ser sua
Tenho tatuada a sua lua
Rosa de céu azul turquesa
Eu cresci na sua
Delicadeza
Como se eu fosse sua
Jurada ao seu amor
Como prosa ao trovador
Eu tenho sinais
E até as suas digitais
Espalhadas por meu corpo
Eu sou sua
Invariavelmente sua
Desde que deus lhe fez num sopro
Ou desde que eu lhe pus tão louco
Eu sou o cais
Pro seus veleiros
E sei me achar e ainda me perder...
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11/09/2015 - Como o pescador

Eu amava como sonhava
O pescador
Que ia para o mar e rezava
Para voltar pro seu amor
E quanto mais
O barquinho chacoalhava
Pelas ondas ainda mais
O pescador se apegava
Na lembrança da sua iaiá
Que ficou do lado de lá
Iaiá não tirava os pés da areia
Era feita de terra, de solo firme,
Já ioiô, o pescador, vivia de caso
Com alguma sereia num filme
Do acaso entre a doce iaiá
E o mar salgado
...
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