Daniel Campos

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03/05/2015 - Como a lua para Jorge

Eu nasci pra ser sua
Tenho tatuada a sua lua
Rosa de céu azul turquesa
Eu cresci na sua
Delicadeza
Como se eu fosse sua
Jurada ao seu amor
Como prosa ao trovador
Eu tenho sinais
E até as suas digitais
Espalhadas por meu corpo
Eu sou sua
Invariavelmente sua
Desde que deus lhe fez num sopro
Ou desde que eu lhe pus tão louco
Eu sou o cais
Pro seus veleiros
E sei me achar e ainda me perder
Pelo seu corpo inteiro
Eu entoo cada um dos seus versos
E me doo frente e verso
Não me importando de ser só mais uma
Apenas uma
Estrela para o seu universo
Eu chego quando quer
E vou-me embora com sorriso
E sem juízo só por ser
Por alguns segundos
Fecundos
A sua mulher
Somos eternos no tempo do meu mundo
Pois o meu corpo
Ainda abrasa o seu último sonho
Que fora de mim já é dado como morto
Fora de mim tudo se finda
Mirra, murcha, soluça...
Sou o pouso da sua fantasia
Onde você encolhe as asas
Esquece-se de casa e ainda
Recupera o fôlego e a graça
Para uma nova poesia
Que vem e tão logo não passa
Sou sina a qual não foge
Eu nasci para se sua
Como a lua para Jorge


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