Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 44 de 248.

Clave de sol

São dois amores
Tão conturbados
Tão exacerbados
Bifurcados
Em desencontros
Que se encontram
Lado a lado
Em uma mesma nota
De uma só nota
O aço e o pinho
O marfim e o jacarandá
O doce (sopro) e a flauta
E um jeito todo musical de amar
Dois amores
Duas almas
Dois mistérios
E um mesmo corpo
Numa afinação
Numa harmonia
Numa cantoria
De silêncio e som
E entre orquestras em sinfonia...
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Clito e posídon

Mulher Atlantis
Mulher de Atlântida
Quebra as pedras
Do meu chão
E atiça minha imaginação
Com suas lendas
Proibidas
E me encilha em uma ilha
Nos vestígios da sua civilização
Perdida
Como uma oferenda
Aos náufragos da ilusão.

Deixa-me ser teu Posidon
E seja a minha Clito
E vamos nos amar
Pela terra pelo mar
Em muralhas
E fossos
Ah! Mulher aqüífera
De carne e osso...
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Closet

Dentro de um quadro
Um falso espelho
Ela olha
Como quem olha e não diz
Nem segredos
Nem medos
Nem se é possível ser feliz.

Entre olhares
Se angustia
Se refugia
Se guia
Como quem se esconde
Com olhos de onde
Onde estou?

Nessas idas e vindas
Olhares ocupam espaços iguais
A vida se desequilibra
A realidade desaparece
E o mundo se esquece
De tentar esquecer
Gestos tão surreais.


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10/09/2015 - Coaxo de sapo

Sapo coaxou no pé da minha janela
O alto céu escureceu e o sol correu
Pra debaixo da cama, acendeu vela,
E a bicharada se atacou. Lobo uivou,
Morcego voou, coruja se arregalou,
Pirilume piscou e o violeiro cantou
Quando a noite caiu antes da hora
Jogando seu manto negro e pesado
No dia de ontem mandando embora
O nosso presente tecendo o passado
Num dia inacabado no rastro do sapato
Trazendo dor e medo no coaxo do sapo...
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Coisas da saudade

Entristece
Como quem faz uma prece
E sabe que deus
É o deus do adeus
Das sinagogas
E dos breus.
Somos solitários
De além mar
Onde pescadores
Vivem as dores
De se separar.

Fenece
Diante da prece
Ao deus
Que divide caminhos
E sorri das despedidas
Porque ele
Se divorciou da vida
Para ficar sozinho.

Esquece
Diante da prece
Ao deus
Que sente ciúme
E fica mal humorado...
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01/02/2016 - Coisas de rio

Eu dei em amanhã
Naufragando agora
Morri ontem
E pela manhã
Risquei espora
No anteontem
E vi que choro
Evapora
Como besouro
Em dia frio
Hoje só sei
Que todo rio
Sabe o ouro
De correr
Sempre em frente

Tenha isso em mente
Basta de tanto sofrer!


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17/11/2016 - Colados

Cola seu
coração
no meu...
Esqueça
o medo
do adeus...
Clareia
de amor
o breu...
Junta
o que for
de deus...


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Cólera e morfina

A mulher que me habita
Tem olhos de passas ao rum
Um decote geométrico
E linhas saídas de uma prancheta...

A mulher que me habita
Está nos versos de um poema
Está nas dobras de um lençol
Está num copo que vê a tarde cair...

A mulher que me habita
É mais do que uma lembrança
Ela sabe que mora em mim
E me possui como bem quer...

A mulher que me habita
É uma invasão permitida
Prevista
E quiçá propositada......
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Colheita

Sua presença me acolhe
Semeia crença
Em minha alma jardineira
E colhe
Uma fé imensa
E altaneira
Que cura a doença
Da insígnia solidão
Que sutura
A maligna ilusão
Que nos devora
E apavora
O coração.

Presença de mãe
Derrota
Ofensa e mágoas
Multiplica os pães
Do amor
E brota
O trigo em cor
No deserto e no mangue
E aos anjos voa
E abençoa a água...
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06/11/2013 - Colheradas de amor

O amor deve ser receitado e aplicado em colheradas
Colheres de café, de sopa e até de pedreiro
Devem ser levadas à boca da criatura amada
Diariamente
Em doses e overdoses
Que criem seus próprios horários
Que o ser-amor jamais se esqueça de alimentar
A criatura amada
E se alimentar nos lábios dela
Que essas colheradas carreguem a dose necessária
De imaginação, de sentimento, de sedução
Colheres e mais colheres levando sonhos e motivação...
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