Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 3 de 248.

22/11/2013 - À flor da lua

Pelas vielas
Do medo
Eu lhe tenho
Eu lhe guardo
Em segredo
Pelas janelas
Do arvoredo
Eu me venho
Eu me dou
Pelas sobras
Do que fui
Pelas obras
Que o tempo
Não rui
Ou dilui
Eu sou lenho
Que não cai
Sou prenho
Que se vai
De sentimento
Em sentimento
Garimpeiro
De luas
Ao relento.


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18/05/2016 - A incerteza da certeza

Não quero paixões rasas
Mas quem me dê asas
Não quero uma casa
Mas quem me dê estrada
A minha criatura amada
Deve me levar à loucura
Ao tempo que me segura
Para não ir em definitivo à lua
Não quero falas cruas
Mas quentes, ferventes,
Curtidas, amadurecidas
Proibidas ou não
Tudo deve ser permitido
Na seara da paixão
E que a incerteza
Da certeza
Seja um tempo não nascido.


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05/03/2016 - A jararaca está viva

Eis que a jararaca está viva
E ainda sibila altiva e forte
Enrolando a própria morte
Serpenteia pelo engodo
Da sua cruel existência,
Escamoteia de tudo e todos
Como se estivesse além
De qualquer penitência.

Vem jararacando impunidade
E raspa seus crimes no chão
Corrompendo a realidade
Que há entre o herói e o vilão,
Abarca os seus pares e prega
Que enfim trocou de casca
Quando só voltou à original....
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15/07/2014 - A lança do destino

E eis então
Que uma princesa
De mãos pequeninas
E unhas bem feitas
Que beijei indefeso
Cravou a lança
Do destino
Que ela escolheu
Pra mim
Em meu peito.
Uma lança fria
E dolorosa
Que queima
E causa gritos
Silenciosos
E uma pane
Interior.
Uma lança negra
Como o esmalte
Que nunca usara
Nas mãos
Que se encaixavam
Perfeitamente
Nas minhas ...
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12/03/2016 - A lenda da cobra alada

Com asas e presas
Voava e serpenteava
Espantando, cobiçando
E levando à loucura
A hipócrita realeza.

A estranha criatura
Mulher, ave e cobra
Num esqueleto só
Tinha veneno de sobra
E uma vida de dar dó.

Se picava, se furava,
E se auto-flagelava,
Por prazer e deleite
E amava e desejava
Um corpo esgotado
De tanto querer.

E ela abusou
E se entregou
À própria sorte...
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26/05/2015 - A lua do sertão

A lua do sertão
Se veste de xote
E tem por mote
Ser noiva de João

A lua do sertão
Tem um xaxado
E um véu bordado
Nem toca o chão

A lua do sertão
Pula sete fogueiras
E tem assanhação
De sinhá faceira

A lua do sertão
Quebra-queixo
Nos tira do eixo
Não sabe dizê não


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09/10/2014 - A lua revelará

Um dia quando eu já não estiver mais aqui
A lua lhe contará tudo o que eu fiz por você
Até lá ela tem um pacto de silêncio comigo
Mas depois poderá romancear o que eu fui
Todas as loucuras ainda desconhecidas
Todo sentimento guardado em segredo
Tudo um dia será revelado a fundo
E então saberá até onde cheguei por você


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A mão e a poesia

A mão escreve a poesia
A noite se encarrega da inspiração
Os violões vão compondo a melodia
E o povo vai cantando a canção.
A alma captura sentimentos
Correndo no sangue da paisagem
Amores, histórias e lamentos
Se fundem numa só imagem.
De repente vai surgindo o refrão
Dos pensamentos
No ritmo do coração
De quem se atira aos ventos
E pede perdão
Para agradecer
A nossa missão
De cantar para viver
De viver para sofrer...
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A mão que afaga a solidão

Se eu chorar
Quero uma mão para estancar-me
Quero que me deixem sozinho
Nos ritos
De um choro solene.

Chorando
Ficarei nu comigo mesmo
Despindo-me de mim
E do que me fugiu
Ao longo do tempo.

Quero chorar
Na inocência criança
E no desespero de amar
Quero deixar o choro me tomar
Num sentimento solitário
Mas diferente
Por não ser de todo ausente.

Se eu chorar
Quero um colo para me submergir...
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A menina

Viro
Rodo
Giro
Danço
E não me alcanço
A rua acaba ali
Mas daqui
A lua é um balanço
Tão distante
Quão o amante
Que me segue tão logo avance
As páginas de um romance
Que o tempo não terminou.

Sou feita do pólen de uma flor carnívora
Sou feita dos caídos do céu
Sou feita dos venenos da víbora
Sou feita do sabor de um mel que hiberna
Sou feita das voltas e voltas de um carrossel
Que volteia ao redor da minha perna...
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