Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 171 de 248.

Poeminha sem jeito

Sorria
Na encosta à beira-mar
Pedia
Sem ondas, areias, âmbar.

Sozinha
Na sacada enluarada
Vinha
Triste, saudade, calada.


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Poesia ao domingo

Domingo
Dia em que deus se levantou
Terminado seu descanso,
Dia de missa, macarrão
Televisão e futebol.
Domingo,
Dia que quase todos querem sol,
Mas
Se a chuva cai
Sem dúvida
O domingo é o dia ideal
Para os dorminhocos
Colocarem em prática sua arte.
Domingo,
Dia da preguiça
E que ninguém lembre
Ou ouse lembrar
Que amanhã é segunda-feira

Com chuva ou sol
Preguiça ou não
Aqui estou...
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Poesia da morte

Melhor não pensar na morte
Posto que possamos ser vítimas
De seu desejo a qualquer instante.
Quando a morte com seu vestido
Cheirando a guardado
Chegar
Como quem chega sem perguntar
Se a quero ou não
E colocar sua mão fria
Sobre meu sonho mais quente
Quero estar ao lado
Da bem amada.

Quero morrer na armadura de seu abraço
Quero morrer num último beijo
Quero morrer no refúgio de seu colo
E diante dela, da morte,...
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Poesia da rosa

A minha amada
Tem
A beleza
O perfume
A delicadeza,
Enfim
O encanto de uma rosa,
Uma rosa que meus olhos
Não cansam de admirar
E adorar.

Mas ela é quase
Quase
Quase uma rosa.

A rosa
Dos canteiros
Murcha
Seca
Cai
Perde a beleza
Perde o encanto
Em uma perda
Sem volta.

A amada
A qual pertence meus dias
Mesmo que o tempo aja em seu corpo
Não se perdera da beleza...
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Poesia da saudade

Pode já ter ouvido falar de saudade
Em rodas de conversa
Pode já ter lido a saudade
No dicionário
E pode até ter escrevinhado
Suas sete letras em seu diário
Se é que tem diário
E pode até mesmo ter balbuciado
Seu gosto frio
Mas você sabe o que é a saudade
Do beijo que nunca lhe dei
Do seu rosto que nunca acariciei
Do seu colo que nunca cheirei
Do seu corpo que nunca toquei
Do seu carinho que nunca possui
Das suas mãos que nunca mordi...
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Poesia da solidão

Manhã de sábado
O sol não está a brilhar
E aqui estou eu

Em um canto da casa,
Ouço vozes
Mas as palavras
Não são para mim,
Ouço barulhos
Que estão em todos os lugares
Menos aqui.

Aqui é um lugar que não há
Aqui impera a solidão
A solidão de alguém
Que já pode estar
Do lado
De lá.


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Poesia das tentativas nunca tentadas

E se eu não quisesse amar?
E se eu quisesse jogar tudo pro alto?
E esquecer de uma vez por todas essa história de se ter um grande amor?
E se eu resolvesse
Rasgar sua memória
Descumprir todo e qualquer ritual
E brigar com a minha própria inspiração
Ao deixar de lhe confessar meus pecados.
E se eu quisesse romper com os rótulos
De ridículo, patético, apaixonado?
E se eu me traísse?
Porque negar esse amor
É me negar
É me trair...
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Poeta que sou

Que me perdoem
Os parnasianos e os clássicos
Que me perdoem Bilac e Camões
Perdoem-me os métricos
E todos os filósofos da poesia
Mas eu sou poeta de sentimento
Poeta que não tem medida
Nem qualquer definição explicativa
Poeta que se entrega ao papel
Em um sentimento
Que tem ritmo próprio
Ou não tem ritmo e esse é meu ritmo
E se ele desafinar
E se ele atravessar
E se ele virar
Quem é que pode contestá-lo?...
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05/12/2013 - Poética das mãos

Mãos dançando no ar
Cada unha, uma bailarina única
Rosa, vinho, vermelha
Ou nuas de cor e esmalte
Mãos de dedos suspensos
Como cometas paralelos
Carpo e metacarpo
Trabalhando em conjunto
Costas e palmas
Como um poema
De dupla face
Perfumado
E corado
E suado
Mãos que se dão
E se entregam
E se enlaçam
E acenam
E encenam
Chegando e partindo
Com signos
E significados...
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Poetiza

Poetiza,
Me conta
Se é feita de brisa,
De contos-de-fada
Ou se diariamente
E incessantemente
Nasce feito poesia
E suaviza
O dia...

Poetiza,
Me conta
Por que as estrelas
Voam tontas
Ao percebê-la,
Será que as hipnotiza
Com tamanha beleza
E as exorciza
De toda a tristeza...

Poetiza,
Me conta
O seu calendário,
O seu diário,
O seu destino
E assim, minimiza ...
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