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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 193 de 248.
O que eu faço?
O que eu faço
Com esse nó
Que me sufoca?
O que eu faço
Com esse dia
Que me provoca?
O que eu faço
Com esse pó
Que não passa?
O que eu faço
Com esse dia
Que me caça?
O que eu faço
Com essa dó
Que me corrói?
O que eu faço
Com esse dia
Que me dói?
O que eu faço
Com esse ?só?
Que me ata?
O que eu faço
Com esse dia
Que me falta?
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O que há, amor?
Amor estranho
Posto diante de todas provas
Diante de todas as trovas
De que existe
De um jeito sobre-humano
Foge
De um modo tão triste
Como se fosse um ledo engano.
O que há, amor?
O que há?
Há de ser medo?
O que há de segredo
E o que há de cedo
Nesse estranho amor?
O que há?
Não dá pra fingir
Que nada aconteceu
Não dá pra mentir
Que não há você e eu
Não dá pra esconder...
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O que não teve começo
Se eu pudesse mandar
No rumo do sentimento
No prumo do tempo
E principalmente em mim
Eu recomeçaria
Do fim
O que não teve começo.
Na nossa fantasia
Ficamos presos num casulo
Ficamos barrados num aborto
Ficamos num quase...
Se eu pudesse controlar
E reger as minhas escolhas
E entrar numa grande bolha
De ar
Quem sabe
Assim e só assim
Eu insistisse mais
Eu apostasse mais...
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O que será?
Será de louça
Será delírio
Será tão bela
Ou será mentira?
Será de música
Será o recomeço
Será criatura
Ou criadora de ilusão?
Será de promessa
Será eterna
Será sobre-humana
Ou finge que existe?
Será de cinema
Será que perdoa
Será que acontece
Ou se faz esquecer?
Será de céu
Será que arde
Será mistério
Ou não sabe quem é?
Será de carne
Será que tarda...
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O que vai ser
O que vai ser
Do seu sorriso
Que de tão tímido
Já se escondia
Por detrás
Dos seus olhos
De areia.
Areia morena de noite
Areia revirada pelo vento
Areia sufocada pelo mar.
O que vai ser do seu sorriso
Se a noite não vier
Se o vento não soprar
Se o mar não se dar
Na areia
Dos seus olhos.
Será que o sorriso
Vai sorrir
Ou vai fugir
Até não se querer mais.
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O reino da mulher amada
O reino da mulher amada
É procurado pelos conquistadores
Que como bárbaros
Querem possuí-lo
E aprisioná-lo
E devastá-lo.
O reino da mulher amada
É uma terra rica
E fantástica
São construções
E ruas inteiras
Feitas de ouro maciço
E prata puríssima.
O reino da mulher amada
É o mito
De uma terra ilimitada
De sonhos e solidão
Uma pátria cheia de tesouros ocultos
A espera de quem os encontre...
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O sal e o sol
Nenhum
Nenhum de nós
É timoneiro
Desse mar de ilusão.
Nenhum de nós
Pode pegar as linhas
Dos trópicos
E imaginar
Que vão dar
Em algum lugar.
Nenhum de nós
Pode deixar
De ascender velas
E jogá-las a algum santo
Que descenda do mar.
Nenhum de nós
Sabe dos mistérios
Que rondam
Os faróis
As estrelas
E as sereias.
Nenhum de nós
Pode içar velas...
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O senhor do tempo
Hoje é o último dia
De tantos dias
Que ainda serão últimos
Hoje o dia nasce
Como um ultimato
Nasce como uma edição
Uma montagem barata
De tantos outros dias
Que não foram últimos
E quiçá primeiros
Hoje, e só hoje, violam-se as regras
E o ar carrega na dose
De licença poética
Hoje o tempo é verbo
E verbo subjetivo
Hoje eu nasço
Simplesmente passado
Vivo um presente do pretérito...
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O sol e a vela
A chama do sol
Aos poucos
Derrete a vela
Da espera.
Ando sem destino
Vago lentamente
Por não sei onde.
Ainda dorme?
Sonha com quem?
Sonhos, sonhos seus.
A separação
Iça o encontro
É momento
De ancorar no adeus.
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O sono da mulher amada
Não deve haver beleza maior que vê-la dormindo.
Seu corpo frágil sobre a cama.
A pele confundida com os lençóis nas cores pálidas de um anjo abajur.
Pernas dobradas como se abraçadas a um mundo qualquer.
A respiração tranqüila.
Algum pesadelo seria capaz de incomodar aquela cena?
Não, nenhum pesadelo seria tão insensível.
Os cabelos quietos no travesseiro.
Os olhos cerrados.
Os lábios como que desmaiados.
Podia ficar horas tentando decifrar seus sonhos. ...
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