Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 191 de 248.

O canto do mundo

As folhas da bananeira
Foram picadas
Pelo vento
Meio ligeiro
Que trouxe consigo
Uma porção
De lamentos
Amigos
Que ninguém mais
Quis ouvir.

As folhas da bananeira
Foram misturadas
Ao verde do mato
Que cobriu o barco
Que um dia
Ficou ancorado
Amarrado
Laçado
Às portas
Do nosso porta-retrato.

As folhas da bananeira
Foram sacudidas
Pelo boi bravo
Do tempo...
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O centro do mundo

Seus passos
São os pilares da terra
Fazem o amor
E a guerra

No ópio dos sonhos
Ao ódio mais profundo
Seus passos
Marcam o mundo

E eu sou seu passo
Rasto do seu rastro
Teu pecado mais casto.


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O choro das pedras

Vira o destino ao avesso
Num pau de vira-tripa
Muda o rumo dos cometas
Corta a mais linda pipa
Na navalha de cerol
Dos teus lábios...
Abra a porta dos monastérios
Derruba o último dos impérios
Viola os cemitérios
Do teu eu mais fundo...
Sufoca o canto das sereias
Excomunga o silêncio
Que me anseias
Seduza o mundo
Feito isca feito anzol...
Entrega-se às platéias
Ofereça-se às boléias
Perca-se nas tuas melhores idéias ...
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O cisne e duas crianças

Hoje eu queria um cisne, um cisne imenso e branco,
Um cisne como aqueles que povoam lagoas do interior
E como um gondoleiro do amor, veneziano por natureza,
Levar-lhe-ia pelos canais da cidade chuvosa
Que nos acordou pela manhã

Nós dois pedalando e se beijando e se molhando
E se amando e se dando no grande cisne branco
De olhos azuis e bico alaranjado
Querendo descobrir outros mundos
Aventurar-nos-íamos pela metrópole d´água...
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O debute

Quem é ela que murmura ao vento
E se veste de recordações
Enquanto oculta as desilusões
Que nasceram de um sentimento.

Sentimento combatido com ardor
Na lâmina de palavras que são lanças
Empunhadas em face da esperança
De desnudarmos dias sem dor.

Quem é ela que vive como amante
De si mesma e de outros eus
Ela é julieta e eu sou romeu

Quem é ela que me faz errante
Neste caminho de destempero
Ela é a paz e eu o desespero.


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O destino das estrelas

Olha,
As estrelas ainda no céu
Cada qual tem uma cor
E um destino mais cruel.

Olha,
Como elas brilham
Cada uma no seu passo
Sozinhas no espaço.

Olha,
Como as estrelas provocam
E tantos sonhos invocam
Mas não podem se tocar.

Olha,
Como elas dão duro
Brilham demais
E no mais, morrem no escuro.


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O destino do mundo

Antes que me perguntem
Os inquisidores,
Antes que relutem
Os pagãos,
Confesso que faria tudo
De tudo
E de um tudo
Pela mulher amada.

Mudaria o caminho do mundo
Desafiaria o destino
Convenceria o dia
A amanhecer um pouco depois
Só para ficar mais tempo com ela
Nos lençóis negros da noite
Que nos invade.

Eu faria a primavera chegar mais cedo
Acreditaria no que quer que fosse
Escreveria um livro por dia...
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O encontro

A noite fria
Fiava
Uma fina garoa
Que aos poucos
Umedecia a esperança,
A esperança de ela vir
Ao meu encontro.
A rua deserta
Em seu ventre vazio
Dá à luz seguidas vezes
Ao mesmo silêncio,
Para cada novo silêncio
Um novo desespero,
A hora marcada
Já ficara para trás
E a luz da esperança
Já se perdia nas trevas
Nas trevas de mim
Nas trevas da rua
Nas trevas da noite
Que passava sem fim....
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O epicentro da paixão

Por detrás
Das rosas
Por detrás
Dos versos
E de todas as prosas
Por detrás
Da saudade
E dos caminhos dispersos
Há do verbo haver
Há de muito querer
Há de se achar e perder
O epicentro de paixão.

Lá os abraços são demais
Lá os desejos são demais
Lá os beijos são demais
E os sonhos sonham demais
Para um só coração
Ah! O epicentro da paixão
No encantamento
Das polaridades...
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O frio e o vento

Lábios de silêncio
Somente o vento entre nós
O vento que acalenta o frio
O vento que sussurra a sós
Nos pensamentos vazios.

O vento nos inebria
Escorre pelos nossos braços
Abandona o frio em nossos passos
Numa cortante hemorragia.

O frio e o vento
Dançando a solidão tamanha
Que abriga insana
Os larápios
Que o vento vai deixando
Ao relento dos seus lábios.


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