O choro das pedras
Vira o destino ao avesso
Num pau de vira-tripa
Muda o rumo dos cometas
Corta a mais linda pipa
Na navalha de cerol
Dos teus lábios...
Abra a porta dos monastérios
Derruba o último dos impérios
Viola os cemitérios
Do teu eu mais fundo...
Sufoca o canto das sereias
Excomunga o silêncio
Que me anseias
Seduza o mundo
Feito isca feito anzol...
Entrega-se às platéias
Ofereça-se às boléias
Perca-se nas tuas melhores idéias
Derruba o maior número de estrelas
Arremessando palavras
E mais palavras de pedra...
Quebra a perna dos anjos
Que tentarem te guardar
E medra
Na passarela da miss
No tablado da atriz
No rito sagrado dos oitis...
E não satisfeita
Com toda essa receita
Envia-te uma carta sem remetente
Com um texto todo ausente
Onde diga o quanto é feliz.
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