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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 180 de 248.
Menina
Menina que passa e não quer parar
Menina que não fala pra eu escutar
Finge não me ver
E segue seu caminho
Sozinha.
Ôôô menina minha
Onde pensa que vai
Sem me dizer adeus
Seu requebrado vai levando
Vai levando os olhos meus
Nos passos teus.
Menina que enfeitiça o mar
Rouba a alma de um pandeiro
Neste teu jeito de andar
Neste teu jeito de passar
Ah!!!! Menina minha
Que da beleza é obra-prima
Passa, oi, menina passa...
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Menina dos montes claros
A escuridão
Amanhece
Em toda cor
Na barriga
Da lamparina
Enquanto a menina
Briga
Por um amor
Que adoece
De paixão.
O vento
Se arreganha
Ao bote
Do destino
De uma rosa
Que frondosa
Não vê o espinho
Que feito um coiote
Abocanha
Seu sentimento.
Mal-agouro
Escorreu
Feito lume
No pavio
Da lamparina
E a menina
Deu à luz ao arrepio...
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Menina zona sul
Será que ela
Mora só no pensamento
Ou toma ar
Na sacada
De um apartamento
De frente
Para o vento
Sul
E se ela descer à rua
Será que ela vai de elevador
Ou tem medo da clausura
E rodopia nas rodas da altura
De uma escada sem cor
Será que ela conta
Seus segredos
E até alguns medos
Ou só dá linha
Para o olhar
E o deixa
Correr os céus
Será que ela se deixa...
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Menina, moça, mulher
Como você se chama?
Ainda não sei suas letras
Rondo a sua vida,
O seu mundo e só sei que é
Linda,
Indiscutivelmente, linda
Nem mesmo a poesia me confessa
A promessa que some em seu nome...
Nunca vou me esquecer
Ainda que para sempre se acabar
Sempre e sempre vou levar
Comigo o seu jeito
Inconstante de ser
Menina, moça, mulher
Esperança de bem-me-quer
Namoro de primavera
Talvez, quem me dera, me diga...
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Mensageiro
Se o vento vier buscar outro alguém
Eu não vou
Se o vento vier procurar por você
Eu não estou
Vento
Venha ventania
Venha brisa
Que eu quebro suas asas
Tomo sua direção
E ainda lhe prometo
Um outro adeus.
Se o vento vier e ainda trazer
Tempestade
Se o vento vier e ainda sofrer
Uma saudade
Eu não acredito
Não temo
Não minto
E ainda lhe prometo
Um outro adeus.
.
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Mentira
Pouca é a gente
Pouca é a vida
Pouca é a premiação
Pouca é a raia
Pouca é a estrada
Pouca é a filha
Pouca é anestesia
Pouca é a restinga
Pouca é a florada
Pouca é a cana
Pouca é a lama
Pouca é a festa
Pouca é a réstia
Pouca é a água
Pouca é a cor
Pouca é a conquista
Pouca é cidade
Pouca é a roupa
Pouca é a jura
Pouca é a procura
Pouca é a questão
Pouca é a noiva
Pouca é a arrebentação...
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Merci beaucoup
Hei de ser grato
A mulher amada
Pelas noites e dias
Oferecidos
Em conversas
Que foram conselhos
Que foram declarações
Que foram segredos
Conversas a seco
E regadas a pranto
E também a muito riso
Conversas
Que guardo comigo
Em alguma memória
Em alguma emoção
Em alguma cidade
Pitoresca de mim
Hei de ser grato
A mulher amada
Por todas as dimensões
Alcançadas pelas conversas...
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Meses
Lembra da minha boca
Tempos atrás
A lhe falar
Na língua
Dos desejos?
Naquela época
O silêncio
Era um bom rapaz
Que se calava
No calor dos nossos beijos.
Não existia solidão
O amanhã era nosso refém
E a saudade
Era só mais uma estação
Nos trilhos
Do trem
Do destino.
E por falar em destino
Onde anda o nosso menino
Será que ele chora
Enquanto a gente se vai embora?...
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Métrica
E lá estava eu
A poucos passos
E lá estava eu
A tantos sonhos
E lá estava eu
Sem ritmo
E lá estava eu
Ou as sobras de um eu
Que já pegou o trem
Para a próxima estação.
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Metrópole
Amanheci nublado
Num sol sem vontade
Numa chuva sem pressa
Numa gente sem saudade
Caminhando acinzentado.
Uma gente sem promessa
Ou qualquer outra certeza
Deixava a cidade
Com cara de tristeza
E roubava do dia
Que ainda mal nascia
Os traços sérios de sua beleza.
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livros
