Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Meses

Lembra da minha boca
Tempos atrás
A lhe falar
Na língua
Dos desejos?

Naquela época
O silêncio
Era um bom rapaz
Que se calava
No calor dos nossos beijos.

Não existia solidão
O amanhã era nosso refém
E a saudade
Era só mais uma estação
Nos trilhos
Do trem
Do destino.

E por falar em destino
Onde anda o nosso menino
Será que ele chora
Enquanto a gente se vai embora?

Ou será
Que ele vive sorrindo
Todo seguro
De si?

Achando que nós
Os românticos
Somos bobos
Que não sabem
Que a felicidade
É só questão de futuro
E o futuro é logo ali

Lembra da minha boca?

Creia que ela está por perto
Numa espera que já se torna
Tão pouca


Lembra que a minha boca é feto
E não é morte
Lembra
Que a distância existe
Mas a esperança
É mais forte

Lembra
Que a poesia insiste
Que a poesia resiste
Que a poesia avança

Ah! Lembra
Lembra da minha boca...


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar