Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 177 de 248.

Madrugada

Estrelas na calçada
Já é madrugada
A cidade dorme
Em ruas tortas
E a saudade
Ganha teu nome
Por entre lençóis
Tão sós.

Faz frio
Fazem sonhos
Enquanto
Tão sozinho
O passado
Cochila
Enrolado
Em trapos
Que ele juntou
Das dores que rasgou.

Estrelas na calçada
Já é madrugada...


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Magnífica Auxiliadora

Mãe,
Mãe de todo amor
Fonte de ardor
E perdão,
Cor do céu
Véu e coração
És linda
Como o verso...
Senhora infinda
Da canção
Do universo

Mãe,
Mãe da humanidade
Sonho e realidade
Espalha teu canto
De flores
E amores mil
E dá teu auxílio
A cada filho,
Coloca-os para ninar
Em teu olhar
De anil.

Mãe,
Mãe das nuvens
Do sol e das estrelas...
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Mágoas

A vida é uma barca
Atirada ao mar
Exposta ao vento
Os horizontes são magoas
De um marujo
Que lança seu lamento
Sem garrafa, sem carta
Lamenta as águas
Que o soberbam
E o temporal se une ao mar.

No enlace do vendaval
Amores passados
Olhos desolados
Lamentos abandonados
O futuro naufragado
O timão gira, gira
Bêbado em deriva
Louco gira gira
Não tem rumo
O mar é um túmulo
Nada dentre o lamento...
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Maia

Raia
No sol das arraias
Águia de vento
Esguicho de carnaval
Sentimento
Divino
Hormonal
Raia
E ralha
A gralha
Depois das praias
De palha
Pérola amarela
Concha de natal
O sol e a janela
Eclipse
Para-normal
Raia
Na doidice
Na maluquice
Do tempo que raia
A mulher maia
Civilização perdida
Canção esquecida
Na maré-alta
E peralta
De um vento visceral.


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Maior

Preciso conversar
Com você
Antes de eu cair
Doente...
Preciso lhe contar
O porquê de amar
Amando-lhe demais
E urgentemente...
Preciso descobrir
E realizar
Seu último sonho
Antes de eu partir...
Preciso lhe propor
Que a dor que tiver
Enquanto puder
Transforme em flor
E se essa flor tiver espinhos
Por favor,
Coloque-os em meus caminhos...
Preciso lhe fazer entender
Que o querer e o sofrer...
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Mais além

Será que você ainda
Passeia de mãos dadas
Com a última lembrança
Que lhe deixei infinda
Ou será que passa
Com outro alguém
Fingindo que não a amei.

Será que a saudade que tem
Ainda é parte do que lhe deixei
Ou será que passa ocupada
Atarantada da vida
E se esquece que foi
Namorada
Da minha despedida.

Será que você vem
Ou será
Que eu preciso ir
Ainda mais além
Do que já fugi.


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Mais um adeus

Quando a vida morre
Nasce a lembrança
Imagens guardadas
Crianças
Que não se vêem mais
Lembranças
De tantas e quantas
Esperanças
Que vão ficando no passado
Vivas quando alguém as alcança
E a saudade não se cansa
As vozes vão ficando num vinil
Um livro guarda palavras
Fotografias desbotadas
Quantos momentos, telas e tanta cor
Nos sentimentos do pintor
Que pintou a tristeza no rosto do amanhã
Que não pode mais viver perto do ontem...
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Mais-que-perfeito

Viver de amor
É deixar de viver
É quando a dor
E o sofrer
Não mais doem
Não mais corroem
Um coração.

Viver de amor
É saber que a ilusão
Nasce morre renasce
A cada instante
Feito a ilusão
De um amante.

Viver de amor
É viver de uma saudade
Gritante
É viver uma realidade
Ausente
É viver
Atrás das grades
De um de repente.

Viver de amor
É conhecer a fundo...
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Manicômio

Não há nada pior do que não saber a mulher amada
Se você a vê, ao menos de longe, sabe que ela existe,
No entanto, se ela surge só em pensamentos, eis o perigo:
A linha entre saudade e loucura é fina demais.
Ela pode estar em um penhasco ou em um apartamento
Que não faz nenhum sentido
A distância talvez seja a maior das traições
Ainda mais quando ela não deixa caminhos
E assim se faz a mulher que não se sabe
Distante e presente, ao mesmo tempo, ...
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Comentários (2)

Mãos de folia

Ai, os pares da sua mão
E um vento frio
Nasce a ilusão
Neste vazio
De ar
E solidão.

Ai, os lares da sua mão
E um deus traidor
Embaralha olhares
Na fina flor
De tantos luares
Que não se vão.

Ai, os mares da sua mão
E uma linha louca
Deslizam pelas ilhas
De tantas trilhas
Da alma rouca
De um folião.


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