Daniel Campos

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Mágoas

A vida é uma barca
Atirada ao mar
Exposta ao vento
Os horizontes são magoas
De um marujo
Que lança seu lamento
Sem garrafa, sem carta
Lamenta as águas
Que o soberbam
E o temporal se une ao mar.

No enlace do vendaval
Amores passados
Olhos desolados
Lamentos abandonados
O futuro naufragado
O timão gira, gira
Bêbado em deriva
Louco gira gira
Não tem rumo
O mar é um túmulo
Nada dentre o lamento
Resta.

A lembrança se vai
Com as ondas
Cicatrizando ao sal
De outros lamentos
Que jazem no mar
E só resta
Águas
Ao vento
M?águas
No mar
Do lamento.


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