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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 155 de 248.
Dobrar de um sino
Eu era um menino
A entoar de um hino
Andando entre as canções
De mil corações
Daí veio destino
E me fez malino
E em cada emoção
Fui herói e vilão
E o sonho pequenino
Cresceu no dobrar de um sino
Onde o som da solidão
Silenciou na sua boca de leão
E o meu deus trino
Se levantou maestrino
E repartiu a paixão
Foi então
Que ao som de um violino
Eu menino
Bebi teu vinho e comi teu pão.
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Doidice
Estranho é querer-te perto
E quando perto,
Sentir saudade
Mais tarde
Daqueles olhos
Que já iam longe
Dos que me viram
Segundos atrás.
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Dois tempos
As flores do lençol murcharam
Cansadas de esperar
Você chegar
As velas deixaram de ser donzelas
E queimaram
Até se acabar
As caravelas que pintei de aquarela
Saíram pro mar
Procurando você
As torres da minha prisão
Cresceram, cresceram, cresceram
Até chegar aos céus
Dos olhos teus
Os bichos de pelúcia ganharam vida
E saíram pelas ruas
Perguntando de você
...
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Dominante
Ela chega mansa e calma
Num silêncio arrebatador
E entre um eu lhe amo
E outra frase de amor
Ela lhe hipnotiza
Rende-lhe e lhe prende
E entre uma pisa de beijos
E outros andejos
Ela lhe rouba a alma
E tudo é fantástico
Tudo é apaixonante
Tudo é bonito de viver
E ela lhe domina
E lhe dizima
E lhe doutrina
E é só uma menina
De amor e de paixões
Que ama ri e chora
E lhe devora...
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Domingos tão longe de mim
Há de chegar o dia
Em que eu não precise
Velar
O finzinho dos domingos
Em uma varanda
Ao lado
De um disco
De um copo
De um amontoado
De pensamentos
Que voam longe
E tão longe de mim...
As varandas ao meu redor
São vidros entreabertos
São vasos de flores
São varais de roupas
São brilhos de televisão
São pedaços de outros laços...
As varandas ao meu redor
São vidros trincados...
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Dona
Dona
Dona de mim
Dona dos meus dias
E dos meus atos
Dona das sementes poesias
Dos fatos e dos gatos
Que arranha o carmim
Das noites traiçoeiras
E dos gemidos das cabeceiras
Das camas
E dos dramas
Das corujas
Que moram em mim.
Dona
Dona do começo
Do avesso
Do fim
Que não tem preço
E de toda a réstia
Que me invade
E me arde
E molesta
Meus sonhos...
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Donzelas coloniais
Quando me vi diante dela, nada mais vi.
Comecei a vagar por histórias, tempos que ficaram
Suspensos no ar.
Quando a vi, de toda ela,
Pensei nas donzelas coloniais
E na solidão que compartilhavam com seus espartilhos.
Mulheres que sonhavam com contos de fada
Tempos em que para ser mulher era preciso saber servir,
Servir aos homens.
Quanta solidão, quanto pecado mal contado
A mulher que foi feita de um pedaço do homem
Tem-se a impressão que não existe mais....
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Dor, dor, dor
Que dor é essa que dói
E não descansa
De doer a coisa amada
Que dor é essa que dói
Que rói
Carne, osso e esperança
Que dor é essa
Dor que castiga
Velho, moça e criança
Que dor é essa
Dor que não cansa
De doer
Que dor é essa
Dor que fisga
E não dá liga
Que dor é essa
Dor que ninguém pode
Que ninguém agarra
Que dor é essa que morde...
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Dorme
Dorme,
Dorme que eu lhe acordo
Quando a casa estiver bonita
Quando os cabides estiverem no lugar
Quando a sacada der para o mar...
Dorme,
Dorme que eu lhe acordo
Quando aquela visita chegar
Quando as louças estiverem na mesa
Quando o medo sair detrás da porta...
Dorme,
Dorme que eu lhe acordo
Quando eu for condecorado herói
Quando as vitrines perguntarem por você
Quando o amor deixar os livros...
...
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Dos olhos da menina
Pela estrada
Tão sozinho
Vai meu coração
Feito pergaminho
De sina em sina
Feito a morada
Dos olhos da menina,
De amor, calada.
Ah! Coração
Vai sem parada
Vai a verso e toada
E só pára na estação
Da boca pequenina
Dos olhos da menina,
De amor, fadada.
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