Dois tempos
As flores do lençol murcharam
Cansadas de esperar
Você chegar
As velas deixaram de ser donzelas
E queimaram
Até se acabar
As caravelas que pintei de aquarela
Saíram pro mar
Procurando você
As torres da minha prisão
Cresceram, cresceram, cresceram
Até chegar aos céus
Dos olhos teus
Os bichos de pelúcia ganharam vida
E saíram pelas ruas
Perguntando de você
Sem você
Até o rádio ficou mudo
Sem ter por que cantar
E seus vestidos se rasgaram
Depois de tanto apanhar
Do tempo, do tempo, do tempo
Do tempo
Que não dá trégua
E segue como um trem
Pelos trilhos do sentimento.
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