Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 148 de 248.

Coração em rugidos

Ò minha fêmea de leão
Coração em rugidos
Ruge em meus ouvidos
Afia tuas garras
Em minhas taras
E morde minha nuca
Me machuca
Me devorando e me amando
Como fera maluca
Fugida do hospício de mim

Por fim,
Me prende
Em teus pelos
Me rende
Em teus cabelos
Me faz tua caça
Felina mortífera
E passa
Como leão passarinho
Pela minha víscera
A procura de teu ninho...


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Corações guardados

Quantos corações você ainda guarda?
Corações em versos
Que pulsam no papel, no ar
E no olhar de quem os lê...
Corações em brincos
Que ficam tão bem em você,
Corações vindos dos céus
E dos mares,
Corações em colares,
Em desenhos de giz
Que eu espalhei por aí
Só para lhe ver feliz,
Corações em cartões,
Em bichos de pelúcia,
Corações que se enroscam
Nas linhas telefônicas,
Corações em chocolate,
Corações em pétalas,...
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Cordão de ilusão

Sonhei que a vida podia ser melhor
Mas o sonho é um trapo de fantasia
Que o final já conheço décor,
O melhor é continuar assim
Vivendo a possível alegria
Na fantasia de cada dia
Guardando sonhos dentro de mim.
Podia haver mais sorrisos nesta gente
Que caminha esperando
Ser mais contente,
Então formaríamos um cordão
Cantando em coro pela cidade
Enchendo o peito de vontade
De não ser mais triste não.
Milhões de compositores...
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Cores da escravidão

Negros, negros, negros
Somos todos negros
Negros, todos somos
Brancos de tão negros
Negros de tão brancos
Brancos negros brancos
Negros brancos negros.

Nega negro o cotidiano
E com medo corre negro
E com medo morre negro
Nas ruas da senzala ao léu
Num lamento mudo
Aos arranhas céus.

Brancos negros dos guetos
Humilhados por sonetos
Escondem o samba
Negro da macumba da favela
Não pode tocar seu berimbau...
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Corpo de chuva

Ausente
E tão ausente
De gritos
Gemidos
Sussurros
Meu corpo
Se entrega
À chuva
Que cai
Feito faca
E escorre
Feito sangue
Por todo meu corpo
Que ora é de pedra
Ora é de papel.

Meu corpo
Resiste
E se devasta
Numa entrega bruta
Onde a chuva
O possui
Com olhos de tempestade
E o exorciza
Com olhos de saudade.


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Corpo fechado

Rapidamente
Vá se vestir
E pedir
Proteção
Aos orixás
E mesmo
Que não vá
Venha
Para eu desejar
Que não volte.

Que não volte
Sem me trazer
A qualquer custo
O meu pedido
De lhe ter
Tão logo
Lhe esquecer.


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Corpo Negro

Passos tortos e solitários
Tentam se enganar
No medo e na vontade do encontro
Desespero, surpresa, sábado...

O corpo negro debruçado ao chão
O corpo negro e mais nada
Não guarda a calma dos que dormem
Apenas o silêncio dos que não dizem adeus...

O dia se faz negro mesmo azul
A mão não desliza em seu rosto como antes
O corpo estático e frio
A vida em movimento se perde na lembrança
Estampada num borrão negro na paisagem......
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Corpus christi

Uma imagem
Que não se imagina mais
Uma tatuagem
Que o tempo não desfaz
Uma miragem
Que já não se delira demais
Uma bobagem
Que me roubara a paz
Uma paisagem
Que ficara pra trás
Uma linguagem
Carente de ais.


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Corre

Corre
Corre sem direção
Corre na contramão
Corre sem parar
Corre sem olhar
Olhar para trás.

Corre
Corre sem alardes
Corre antes que seja tarde
Corre que o dia já chegou
Corre que o mundo já cansou
Já cansou demais.

Corre
Corre sem rumo
Corre sem prumo
Corre em tempestade
Corre em saudade
Saudade que me desfaz

Corre.


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Corsário

Eu bem que tentei
Dizer o contrário
Do que eu queria fazer,
Mas eu amei
E como um corsário
Me insinuei
E adentrei
E cortei
Seus mares.

Sem você perceber
De tantos jeitos
De tantas maneiras
De tantos medos
Eu tentei
Eu amei
E se errei
Eu não sei
Nem dizer.

Só sei
Que a esperança
Anda e dança
Na prancha
Do seu galeão
Entre um amor pirata
E os dentes de lata...
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