Ou exibir apenas títulos iniciados por:
A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todosOrdernar por: mais novos
Encontrados 3193 textos. Exibindo página 93 de 320.
22/04/2014 -
Regência íntima
O amor me rege da primeira à última hora do dia. Sou do signo da paixão. Meu mapa astral é nascido do ventre da lua cheia. Falo a língua das estrelas. As ciganas se emocionam quando nas minhas linhas do coração. Minhas previsões são líricas. Meu ascendente é a fantasia que oscila do carnal ao astral numa simbiose perfeita. Um anjo me confessou que a minha sinastria amorosa com minha bem amada é fora do normal. Minha posição astronômica ideal é quando estou imerso nos braços de quem amo. Recebo meu horóscopo da boca que me leva ao espaço. Meus aspectos planetários ficam à flor da pele quando perto da pele que traz tatuagens subcutâneas do cosmos que me forma. E querendo ou não o universo conflui para a conjunção do poeta e da poesia.
Seja o primeiro a comentar
21/04/2014 -
Mulher de Brasília
Eu amo a mulher de Brasília com suas curvas à moda Niemayer, que desafiam a arquitetura da anatomia com doses de surrealismo concreto e anticoncreto numa só poesia. Eu amo a mulher de Brasília que abre os braços como asas, norte e sul. Eu amo a mulher de Brasília que carrega o Cruzeiro no céu de sua boca, com direito a luares e previsões zodiacais. Eu amo a mulher de Brasília com seus olhares bucólicos, que me fazem questionar a dimensão de tudo o que há no mundo. Eu amo a mulher de Brasília com seus arrojos geométricos, com seus traços abstratos e simétricos. Eu amo a mulher de Brasília ensolarada por si só. Eu amo a mulher de Brasília que é chique, pós-moderna e jovem em sua essência. Eu amo a mulher de Brasília com lábios suspensos como os jardins de Burle Marx. Eu amo a mulher de Brasília com suas áreas verdes, com seu ar puro, com sua capacidade atlética. Eu amo a mulher de Brasília, mulher capital, metropolitana, política e diplomática. Eu amo a mulher de Brasília que é feita de quadras e superquadras, de conjuntos e pilotis, de ipês e palácios, de eixos que se cruzam e desafiam a gravidade ao longo de seu corpo cidade ou de sua cidade corpo. Eu amo a mulher de Brasília que tatua sua pele numa harmonia ao estilo Athos Bulcão. Eu amo a mulher de Brasília que tem o sotaque das cruzas do Brasil. Eu amo a mulher de Brasília que não tem esquinas porque é uma continuação perfeita, cujos ângulos são obtusos ou agudos, jamais retos. Eu amo a mulher de Brasília que diante dos olhos que a contemplam para no ar, paranoar, Paranoá. Eu amo a mulher de Brasília com suas chuvas e estiagens, com seu horizonte tombado, com sua beleza sendo patrimônio imaterial da humanidade.
Comentários (2)
20/04/2014 -
Renovamento
Que hoje tudo seja renovado. Que tudo hoje de ruim fica para trás dando brechas a um novo começo. Que hoje seja o reencontro do encontro. Que tudo hoje de triste chore e implore para ser feliz. Que hoje tudo volte a ser como sempre quisemos que fosse. Que tudo hoje conspire ao nosso favor, do universo aos nossos átomos. Que hoje tudo comece a acontecer como planejamos, sonhamos, desejamos. Que tudo hoje seja reinaugurado. Que hoje tudo vibre a partir do nosso amor. Que tudo hoje conflua pra nossa felicidade seja como for. Que hoje tudo se encaixe como sempre se encaixou para nunca mais separar. Que tudo hoje seja o renascimento do que nunca morreu.
Comentários (1)
19/04/2014 -
Só eu sou capaz
Muitos podem lhe prometer a lua, mas só eu sou capaz de levá-la até ela numa viagem sem escalas e sem precisão de malas e lhe namorar por aquelas crateras, como duas feras apaixonadas, numa falta de gravidade fazendo estrelas em alta saírem de seus poros e ao mesmo tempo lhe protegendo das chuvaras de meteoros.
Muitos podem lhe prometer o mar, mas eu só eu sou capaz de chorar oceanos de saudade de você, colocando meus barcos do destino em seus olhos profundos e ao mesmo tempo me atirando como flecha disparada do arco de um menino em direção ao seu mundo deixando todo pranto pra trás em nome da felicidade que me traz. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
18/04/2014 -
O findar das dores
Sexta das dores. Das dores da distância. Das dores do tempo. Das dores da saudade. Das dores do coração. Das dores da lembrança. Das dores da falta. Das dores da vontade. Das dores da carne. Das dores do beijo que não beija.
Sexta das dores. Das dores dos suplícios. Das dores das implorações. Das dores dos martírios. Das dores dos choros. Das dores das introspecções. Das dores dos silêncios. Das dores dos desejos. Das dores dos braços que não abraçam.
Que todas as dores sejam quebradas nesta sexta. Que todas as dores sejam expulsas nesta sexta. Que todas as dores sejam destronadas nesta sexta. Que todas as dores sejam curadas nesta sexta. E que das dores venha à luz o amor, o amor, o amor...
Seja o primeiro a comentar
17/04/2014 -
Covarde?
Quem me chama de covarde não sabe nada da minha caminhada. Se covardia é amar até perder a noção das horas, até esquecer o que existe lá fora, até seu coração pedir pra ir embora eu não sei o que é coragem. A covardia não pari a poesia, não dá à luz aos sonhos que dou e nem jurou romper a eternidade em nome do que acredita e tampouco é bonita. Covarde algum arde o que ardo por dentro. Covarde algum aguenta tanto sentimento. Covarde é quem nunca vai se entregar de corpo, alma e espírito como eu; é quem jamais vai trocar sua vida por outra vida por mais proibida que seja; é quem não sabe a força que há na delicadeza do amor. Covardia não encara fantasia. Covardia não dá conta de ser grande amor todo dia. Covardia não suporta um destino de taquicardia. Covardes são compadres da superficialidade das emoções e eu me jogo profundamente no que há de mais profundo do amor de olhos feridos, cegados, furados pelas setas dos cupidos que corajosamente me sagram alado. No dia que um covarde voar na altura que voo em relação ao verbo amar eu entrego as minhas asas e lanço poema por poema às brasas.
Seja o primeiro a comentar
16/04/2014 -
Se não for pedir demais
Se não for pedir demais, quero andar de mãos dadas por uma estrada de lua cheia. Se não for pedir demais, quero brincar de namorar no parque como se a poesia fosse criança. Se não for pedir demais, quero carregar quem amo como quem leva uma estrela caída, na sua concepção cadente de desejo, realizando eu os desejos dela.
Se não for pedir demais, quero estar sempre no ponto mais alto da roda gigante onde a dimensão que divide sonho e realidade no tocante ao beijo deixa de existir. Se não for pedir demais, quero, quando com a criatura amada, que os relógios sejam extintos e que o tempo pare de correr, de rodar, de passar, seja lá o que for seu movimento. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
15/04/2014 -
Quem ama
Quem ama, não desanima. Quem ama, anda pra cima. Quem ama, chama por seu amor. Quem ama, abre o cantador. Quem ama, sorri do nada. Quem ama, abre qualquer estrada. Quem ama, vai de encontro. Quem ama, está sempre pronto. Quem ama, dança por dentro. Quem ama, cria asas ao vento. Quem ama, enxerga cometas. Quem ama, pulsa letras. Quem ama, vai de improviso. Quem ama, balança o juízo. Quem ama, se dá em sensações. Quem ama, inventa outros refrões. Quem ama, faz amor até mais tarde. Quem ama, arde. Quem ama, vive todo dia o que nunca aconteceu. Quem ama, tem a cada batida um novo apogeu. Quem ama, segue seguro. Quem ama, respira o puro. Quem ama, é feliz na tristeza. Quem ama, faz tanta proeza. Quem ama, vai de lua. Quem ama, assovia pela rua. Quem ama, procura e acha. Quem ama, jamais passa.
Seja o primeiro a comentar
14/04/2014 -
Amar, amar, amar
Quando nasci me disseram em alto e bom som: ame. O amor habita todas as minhas células, os meus planos, os meus caminhos. Eu vivo para amar. Se não for para viver o amor em sua intensidade, em sua espontaneidade, em sua verdade prefiro, sem demagogia, a morte. Sou poeta para falar de amor. Não adianta tentar mudar a minha essência – sou forjado no amor. E isso ninguém arranca de mim. Minha missão é amar, é me dar, é fazer bem, é cuidar, é levar felicidade por meio do amor. Sou todo coração e não me arrependo de ser assim. A emoção me toma e eu não coloco esforço algum para que isso aconteça. Por mais que não me compreendam, eu continuo seguindo amor. E não qualquer amor, mas um amor poético, lírico, romântico, louco, sem medida, sobre-humano... Sou assim: apaixonado do princípio ao fim. Queiram ou não, esse sou eu e só me realizo assim. Não é questão de onde, quando ou como, pois amo independentemente de tempo, espaço e circunstância. Amor para mim é prioridade absoluta. Nada vem antes ou está acima do amor que sinto. E com amor não brinco. Hei de amar e de ser amor por todos os meus dias. Respeito a fantasia e me deito com a poesia e faço amor como destino. Sou criança. Sou menino. Sou homem. E do amor me alimento e de amor tenho fome. Meu nome? Não importa meu nome. Importa o meu verbo, e meu verbo é amar, é amar, amar...
Seja o primeiro a comentar
13/04/2014 -
Desesquecimento
Não, não me esqueça, por favor, não me esqueça do meu amor, não se esqueça do meu valor, não se esqueça de que o beija-flor pode amar feito um condor, não se esqueça do pecador que confessa agora e toda hora seu amor demais, não se esqueça, por favor, de tanto calor já sentido, de jogar fora todo pavor e se lembrar de cada gemido, não se esqueça, por favor, da mudança de cor quando em meu corpo, não se esqueça do fulgor do sopro desse sentimento, não se esqueça, não, não, não se esqueça do dissabor que é nossa distância, não se esqueça do vigor do que segue aqui dentro, não se esqueça da esperança de nós dois, não, por favor, não se esqueça que a saudade não é indolor e que o castor só ama rio acima, não se esqueça, por favor, do suor do nosso clima, não se esqueça de que o amor do furor é também o amor que mima, não se esqueça, não se esqueça, de que o coração é o maior tutor da menina, não se esqueça, por favor, não se esqueça do que nos destina.
Seja o primeiro a comentar