Daniel Campos

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13/04/2014 - Desesquecimento

Não, não me esqueça, por favor, não me esqueça do meu amor, não se esqueça do meu valor, não se esqueça de que o beija-flor pode amar feito um condor, não se esqueça do pecador que confessa agora e toda hora seu amor demais, não se esqueça, por favor, de tanto calor já sentido, de jogar fora todo pavor e se lembrar de cada gemido, não se esqueça, por favor, da mudança de cor quando em meu corpo, não se esqueça do fulgor do sopro desse sentimento, não se esqueça, não, não, não se esqueça do dissabor que é nossa distância, não se esqueça do vigor do que segue aqui dentro, não se esqueça da esperança de nós dois, não, por favor, não se esqueça que a saudade não é indolor e que o castor só ama rio acima, não se esqueça, por favor, do suor do nosso clima, não se esqueça de que o amor do furor é também o amor que mima, não se esqueça, não se esqueça, de que o coração é o maior tutor da menina, não se esqueça, por favor, não se esqueça do que nos destina.


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