Ou exibir apenas títulos iniciados por:
A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todosOrdernar por: mais novos
Encontrados 3193 textos. Exibindo página 141 de 320.
26/12/2012 -
A minha estrada
A minha estrada está marcada com símbolos que desconheço. A minha estrada está professada nas cartas da cigana. A minha estrada está traçada no rastro dos cometas. A minha estrada está entrelaçada nos beijos dos poetas. A minha estrada está tomada por paisagens ainda não decifradas. A minha estrada está ponteada como viola. A minha estrada está tombada aos pés da santa.
A minha estrada está dobrada feito origami. A minha estrada está alongada de acordo com a minha imaginação. A minha estrada está cantada em preto e branco. A minha estada está curvada aos desejos sobre-humanos. A minha estrada está avermelhada de uma lua que não se vê por aqui. A minha estrada está cortejada por pássaros do estibordo. A minha estrada está forjada nas asas de um serafim. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
25/12/2012 -
Um Natal sob a luz do amanhecer
Salve Deus! Que Obatalá nos leve a um Natal encantado, com muita luz e vibrações de paz. Que por meio das forças de Obatalá, o Natal não seja só um dia, mas um tempo de espiritualização. Que Simiromba, do grande oriente de Oxalá, nos ilumine. Que os Himalaias nos tragam pureza e sabedoria. Que Jesus nos liberte de toda negatividade dando-nos a força do Jaguar. Que as energias emanadas de Obatalá alimentem nossa alma e curem nossas desilusões, trazendo-nos um Natal de humildade e caridade.
...
continuar a ler
Comentários (1)
24/12/2012 -
Minha rainha
Rainha dos meus dias, remédio das minhas agonias, conteúdo das minhas horas vazias. Rainha das mudanças, farol da esperança, senhora de todas as crianças. Rainha sem manto e dos pés descalços, de encantos e divinos laços. Rainha das minhas estradas, noite enluarada, mulher com ares de fada. Rainha das videiras, das amoreiras, das fogueiras. Rainha do sagrado, do futuro, presente e passado, que passa sempre ao lado.
Rainha de conquistas, bem-quista, que enche a vista. Rainha das luzes brilhantes, que segue avante, pequena e gigante. Rainha sem riqueza, de rara beleza, de indiscutível pureza. Rainha conhecedora dos meus sentimentos, dos meus lamentos, dos meus arrependimentos. Rainha do alecrim, do começo, do meio e do fim, do querubim. Rainha dos céus azulados, dos enamorados, dos néctares perfumados. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
23/12/2012 -
Pra pensar
Galinha caipira sempre comeu de um tudo, não tendo necessidade de fazer dieta. Porco toma banho de lama antes de a madame dizer que isso faz bem pra pele. Caldo de cana não vem na versão diet. Não importa quantas calorias, mas quantos estalos um torresmo dá na boca. A vaca para ser saborosa não pode ser exercitar, portanto, academia não é sinônimo de gostosura. Não há nada mais deselegante do que falar em colesterol enquanto a gema do ovo sangra vermelha no prato. Não se há preconceito de idade em relação a vinho ou cachaça. Quanto mais fizer chorar, melhor a cebola. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
22/12/2012 -
Ou, ou, ou
O gato miou. O bolo queimou. A mágoa inflamou. A boca provou. O garoto beijou. A menina amou. O coração capotou. A morte levou. O galo cocoricou. O tempo fechou. A lua raiou. O sol minguou. O ponta-esquerda amarelou. O santo titubeou. O pintassilgo assoviou. A realidade atropelou. A estrela dançou. O velho travou. A guerra acabou. O romance rasgou. A vida pecou. O mundo pesou. O desejo chamou. O vento virou. O perdão apagou. O mar vazou. A paixão estreou. A poesia despetalou. O medo desafiou. O laço arrebentou. A febre piorou. O começo recomeçou....
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
21/12/2012 -
Posologia
Uma garrafa de Black Label para curar as inflamações da alma. Horas e horas de Tom Jobim para se libertar de todos os males. Colheradas de romantismo. Chuva mansa para fechar a tarde. Pílulas de quero mais. Doses extras daquela paixão que arde em feitio de pimenta. Uma pitada de ineditismo em tudo o que se dispor a fazer. Um frasco de sublimação. Um punhado bem generoso de lembranças de que a vida valeu à pena até então. Um bocadinho de saudade e quilos de esperança. Gotas de ilusão e dois compridos de fantasia são fundamentais. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
20/12/2012 -
Divania e Sofia
Com o mesmo nome das princesas de Walt Disney e da Grécia, da capital da Bulgária e de uma região de Madagascar, a pequena Sofia reina nos braços de Divania. Sofia espreguiça, estica, encolhe, esgarça, revira seu corpo pequenino com toda graça no colo da mãe. Recém-nascida, recém-sonhada, recém-descoberta, porém despertadora de um amor milenar. Sofia dos olhos azulados que tentam vencer a claridade de um céu não menos azul. Sofia, miniatura da branca de neve, tão clara, tão doce, tão mágica, tão feliz para sempre como nos finais dos contos de fada. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
19/12/2012 -
Roda vida roda
O destino é escrito em círculo. A vida roda, roda, roda e fica sempre no mesmo lugar. O que há no futuro? Passado! Nem sempre ao seguir em frente se segue adiante. Nascemos para ser peão, para girar, girar, girar e cair sempre no mesmo ponto. O mundo é uma roda gigante, ora embaixo ora em cima, mas sempre em torno do mesmo eixo. Até no globo da morte, os motoqueiros arriscam suas vidas dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum.
É preciso romper com essa roda-viva. É preciso acabar de uma vez todas com esse falso movimento. É preciso descobrir um meio de a mudança ser pra valer. O campeão das corridas automobilísticas é aquele que chega em primeiro no mesmo lugar depois de voltas e voltas. Não dá mais para cair na ilusão de que basta caminhar para tudo acontecer. Chega de alimentar mentiras. Somos hamsters rodando em engenhocas dentro de uma gaiola. Há alguém nos observando e rindo de tudo isso. ...
continuar a ler
Comentários (1)
18/12/2012 -
Cadê Nanã?
Cadê Nanã? Cadê Nanã e toda a riqueza que ela proporciona? Cadê Nanã, já passou dia e noite, já é de manhã e Nanã não deu o ar de sua graça? Cadê Nanã, dona da criação? Cadê Nanã, cujo barro deu origem à civilização? Cadê Nanã? Já fui à lagoa da garça e à ponta do mar, já pisei a lama da estrada, subi a ladeira da praça, bebi da água parada e rodei na saia engomada e nada de Nanã encontrar. Nanã, cadê Nanã? Onde será que Nanã foi parar? Já procurei em tudo que é baobá? Cadê Nanã, a senhora dos ibás? ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
17/12/2012 -
Maria Penélope Charmosa Cecília
Eu não a vi nascer, mas é como se tivesse visto, pois nos meus sonhos, desde criança, sempre fui pai de uma menina vinda de um reino encantado. Eu não a carreguei no colo, nem embalei seu sono, mas é como se eu tivesse a levado comigo por esse tempo todo, contando histórias de ninar, cantando cantigas de roda. Eu não escolhi seu nome, mas é como se ele fizesse parte da minha memória auditiva.
Eu não testemunhei momentos que marcaram o início da sua vida, como as primeiras palavras, a boneca preferida, o som de sua gargalhada quando bebê; também não a vi arrastar pelo chão, não engatinhei com ela, não a ajudei a andar de bicicleta, porém, de um modo ou de outro, eu tenho essas imagens todos imersas no meu inconsciente. De alguma forma ainda não explicável, participei desses e de outros instantes......
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar