Daniel Campos

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22/12/2012 - Ou, ou, ou

O gato miou. O bolo queimou. A mágoa inflamou. A boca provou. O garoto beijou. A menina amou. O coração capotou. A morte levou. O galo cocoricou. O tempo fechou. A lua raiou. O sol minguou. O ponta-esquerda amarelou. O santo titubeou. O pintassilgo assoviou. A realidade atropelou. A estrela dançou. O velho travou. A guerra acabou. O romance rasgou. A vida pecou. O mundo pesou. O desejo chamou. O vento virou. O perdão apagou. O mar vazou. A paixão estreou. A poesia despetalou. O medo desafiou. O laço arrebentou. A febre piorou. O começo recomeçou.

O amor caetaneou. Deus trovejou. A sanidade pirou. O vaga-lume iluminou. O café torrou. A mulher cheirou. A cigana entrelaçou. O seio desabotoou. A gana relampejou. A ilusão serenou. O destino traçou. O cabelo trançou. O bruxo encantou. A cara enganou. A dor calou. A bailarina atravessou. O profeta avisou. A cinderela sambou. A autopsia revelou. O riso chorou. A história mudou. O silêncio cochilou. O rei não reinou. A fantasia sangrou. A saudade matou. A saída entrou. O tédio reprisou. O segredo confessou. O gato miou, arranhou, pulou, ronronou...


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