Daniel Campos

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21/12/2012 - Posologia

Uma garrafa de Black Label para curar as inflamações da alma. Horas e horas de Tom Jobim para se libertar de todos os males. Colheradas de romantismo. Chuva mansa para fechar a tarde. Pílulas de quero mais. Doses extras daquela paixão que arde em feitio de pimenta. Uma pitada de ineditismo em tudo o que se dispor a fazer. Um frasco de sublimação. Um punhado bem generoso de lembranças de que a vida valeu à pena até então. Um bocadinho de saudade e quilos de esperança. Gotas de ilusão e dois compridos de fantasia são fundamentais.

Sonhos em cápsulas. Poesia efervescente. Saches variados de expectativa. Uma boa pedida de movimento de modo que tenha pouco de dança em tudo. Uma cartela de planos mirabolantes. Injeções de ânimo. Pedaços à mão de prazer e satisfação. Uma caixinha de finais felizes para ser utilizada sem moderação. Xarope de sentimento. Quatro ou cinco litros de puro êxtase. Prazer destilado e fermentado. Uma rodada de Clara Nunes para quebrar tudo de ruim que fora mandado. Uma coletânea de Vinicius de Moraes para fechar o corpo.


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