Ou exibir apenas títulos iniciados por:
A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todosOrdernar por: mais novos
Encontrados 184 textos. Exibindo página 14 de 19.
Meses
Lembra da minha boca
Tempos atrás
A lhe falar
Na língua
Dos desejos?
Naquela época
O silêncio
Era um bom rapaz
Que se calava
No calor dos nossos beijos.
Não existia solidão
O amanhã era nosso refém
E a saudade
Era só mais uma estação
Nos trilhos
Do trem
Do destino.
E por falar em destino
Onde anda o nosso menino
Será que ele chora
Enquanto a gente se vai embora?...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Métrica
E lá estava eu
A poucos passos
E lá estava eu
A tantos sonhos
E lá estava eu
Sem ritmo
E lá estava eu
Ou as sobras de um eu
Que já pegou o trem
Para a próxima estação.
Seja o primeiro a comentar
Metrópole
Amanheci nublado
Num sol sem vontade
Numa chuva sem pressa
Numa gente sem saudade
Caminhando acinzentado.
Uma gente sem promessa
Ou qualquer outra certeza
Deixava a cidade
Com cara de tristeza
E roubava do dia
Que ainda mal nascia
Os traços sérios de sua beleza.
Seja o primeiro a comentar
Metrópoles
A mulher metropolitana é, antes de tudo, metrópole de si
Formada por várias cidades-sonho
Há todo um mundo girando em torno de seu umbigo
E meteoros, planetas, asteróides e astronautas que se alinham
Pelas linhas de sua beleza urbana
Que oscila entre a nobre e a suburbana
Conforme lhe convir
Para, no tardar da hora, deixar-se habitar por um instinto rural
Linda, a mulher metropolitana é sofisticada e charmosa
Capaz de provocar engarrafamentos e rush ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Meu bem
Vontade de ir pro mato
Numa casinha de varanda
E ficar lá quietinho
Pensando no meu bem.
Vontade de ir pro mato
Lá onde a cigarra pede chuva
E uma sabiá entardecida
Canta a volta do meu bem.
Vontade de ir pro mato
À sombra de uma paineira
E no chão esbranquiçado
Deitar ao lado do meu bem.
Vontade de ir pro mato
Lá onde o vento assobia
A partitura de uma dança
Que dança na dança do meu bem....
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Meu último sonho
De que vale sonhar
Se o mundo está prestes a roubar
Meu último sonho?
De que vale sonhar
Se tiver de entregar
As minhas fantasias?
E se o mundo me prender
E me torturar
E seu eu não resistir
E ele me sugar
E me deixar sem sonhos
O que vai ser de mim?
De que vale sonhar?
Eu escondi meu último sonho
Onde só eu podia achar
Mas de nada valeu,
O mundo apareceu...
De que vale sonhar
Se o mundo
Feito um corsário...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Milagre
Qual o maior milagre?
Muitos dirão: Cristo
Multiplicou peixes,
Curou doentes
Transformou água em vinho
E venceu o demônio.
Muitos outros dirão: Moisés
Que com o cajado
Abriu o mar em dois
E salvou uma civilização.
Alguns outros ainda dirão
Que o milagre maior
É a lagarta que vira borboleta
É o sol que troca de lugar com a lua
É o vaga-lume que brilha no escuro.
Outros mais pagãos dirão que é o sexo...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Mimo
Mimo é mais que uma flor
Mimo é um carinho que vem
Mimo é a trova do trovador
Mimo é um querer-bem
Mimo não chega a ser um presente
Mimo é o que faz de um dia comum um dia diferente
Mimo é surpresa
Mimo é uma criança mimada
Mimo é uma outra beleza
Mimo é uma lua na calçada
Mimo é uma mulher estrelada
Mimo é um detalhe
Mimo é o amor que vale
Mimo é o que marca
Mimo é um apreço sem preço
Mimo é coisa de monarca...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Minha
Quem não a conhece
Não pode ouvir a prece
Que emudece
O próprio corpo
E num sopro
Leva a minha vida
A minha memória
Deixando perdida
A direção do vento
Que conduz o rebento
Da minha história.
Ao relento
Do pressentimento
Tudo se vai
Tudo se esvai,
Cai
A lua
Na soleira da rua
E me consola
E me conforma
E me toma
Sem mais razão de ser.
Pelo amor
Do deus do esplendor...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
Minha amada em soneto
Ah! Se teus sonhos ainda são meus sonhos
Por favor, não vê: é hora de voltar
Se ainda acredita no que lhe proponho
Por favor, permita-se me encontrar...
E quando perto quero ser mais perto
A ponto de aquietar minha poesia
Que na tempestade do teu deserto
Na ponta dos pés, caminha arredia
Ah! Minha amada, por mais que eu repita
Não canso de pregar que o amor existe
E nos insiste que é de bem querer...
A teu lado até a tristeza hesita...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar