Minha
Quem não a conhece
Não pode ouvir a prece
Que emudece
O próprio corpo
E num sopro
Leva a minha vida
A minha memória
Deixando perdida
A direção do vento
Que conduz o rebento
Da minha história.
Ao relento
Do pressentimento
Tudo se vai
Tudo se esvai,
Cai
A lua
Na soleira da rua
E me consola
E me conforma
E me toma
Sem mais razão de ser.
Pelo amor
Do deus do esplendor
Entenda a prece
De quem fenece
E esmorece
Nessas levas
Nessas trevas
Longe de quem
Feito zangão
Ora e chora
Por alguém
Que na colméia do coração
É abelha-rainha
Que entre o céu e o mel
Se porta e se comporta
Na ilusão de ser minha
Mas é de ninguém.
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