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Encontrados 60 textos de maio de 2016. Exibindo página 3 de 6.
21/05/2016 -
Louco para amar loucamente
Louco para beijar a boca da noite. Louco para uivar aos olhos cheios de lua. Louco para fazer uma última prova de amor, pois a última é sempre a melhor. Louco para continuar com meu romantismo de vanguarda, que a faz baixar a guarda. Louco para ir além do além do além do infinito. Louco para escrever nossa história na história. Louco para ser considerado louco, pois o amor comum, o amor padrão, o amor do óbvio não me interessa. Louco para colocar em prática minha pressa de amar, pois o amor é urgente, é imediato, é inadiável. Louco para compor poesias, canções e outras fantasias reais. Louco para deixar marcas impressionistas no acervo romancista da criatura amada. Louco para perder o chão, extrapolar o teto, derrubar as paredes e amar livremente. Louco para romper a casca e ver a luz do amor no desconhecido.
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21/05/2016 -
Nunca seja nunca
Nunca se lembre de mim
Se for para me esquecer
Nunca me queira ao lado
Se me mantiver distante
Nunca me diga eu te amo
Quando não pode me amar
Nunca me fale para sempre
Se ignora o meu tempo
Nunca me grite adeus
Sem me deixar ir embora.
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20/05/2016 -
Palavras do meu interior
O que eu faço é entregar o que eu tenho de bom. O que eu faço é dar o que eu tenho por dentro de sobra – palavras, palavras, palavras. Ofereço palavras como quem oferece um bombom. Palavras de silêncio e sem som. Palavras que saem de mim como lava. E eu sou um vulcão nada adormecido, posso cochilar, mas não durmo quando o assunto é sonhar, imaginar, amar. Se palavras quiserem, palavras terão. Se palavras me derem, palavras se amarão. Palavras de amor, de saudade, de esperança, de espiritualidade, de lua, de mato, de rio, de mar, de verdade, de paz. Palavras que vem e vão mesmo quando eu não vou. Palavras de quem amou, ama e amará demais em palavras que vão se encontrando, se proliferando e brotando como casais pelo cais, pelos coqueirais, pelos milharais, pelos arraiais que existem em meu inteiro amor, em meu inteiramor, em meu interior.
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20/05/2016 -
Bumerangue
A saudade é como bumerangue
Trazendo de volta o que partiu
E nessas idas e vindas de abril,
Maio, setembro, dezembro
Eu só me lembro do bangue
Bangue porque o sangue
Ainda escorre do meu coração
Sonhador
Que mais parece um barril
Quanto mais estoca amor
Mais perde paixão, paixão
Paixão...
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19/05/2016 -
Devoto do amor demais
E foi como se o cupido com suas flechas graúdas e pontiagudas mirasse contra o meu peito querendo uma execução sumária. E, assim, alvejado pela paixão desmedida, graças a uma overdose cupidiana, fui a nocaute. Perdi o chão. Perdi a visão. Perdi o sentido, a realidade, o medo, o limite. E fui para cima dos meus princípios, derrubando um a um como peças de dominó enfileiradas. Deixei de pensar, para sentir. Mergulhei no desconhecido e amei, e amei, e amei demais. Não sei o que houve entre as flechas acertarem meu peito e o hoje. Fui tomado pelo sentimento e me entreguei ao êxtase. Ainda não sinto as dores, embora o corpo físico esteja exaurido, marcado, ferido pela avalanche da paixão que rola dia e noite. Mas o amor não dói quando o amor é maior que a dor. E seja lá qual tenha sido a motivação do cupido – se por brincadeira ou por experimento – eu agradeço, pois sou devoto do amor demais.
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19/05/2016 -
O amor é amarelo
Amo, amo ela
Amoela
Amando ela
Amandela
Amorando ela
Amorandela
O amor e ela
Amorela
Amar a ela
Amaraela
Amar ela
Amarela.
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18/05/2016 -
Já não sei mais
Meu violão já não toca. Minha vitrola não gira mais. Meu coração provoca provocado pelos casais de namorados. Minha vida já não raia e meus pés já vão longe da praia. Minhas louças não saem do armário e minhas poesias enchem as gavetas. E eu desafino quando murmuro sua letra. Eu já te acho me perdendo e tudo vai correndo para longe, para longe, para longe do que sonhei. Minha cama já não geme e anda mais arrumada do que eu. E um passarinho indiano me soprou tudo é Maya, inclusive você e eu.
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18/05/2016 -
A incerteza da certeza
Não quero paixões rasas
Mas quem me dê asas
Não quero uma casa
Mas quem me dê estrada
A minha criatura amada
Deve me levar à loucura
Ao tempo que me segura
Para não ir em definitivo à lua
Não quero falas cruas
Mas quentes, ferventes,
Curtidas, amadurecidas
Proibidas ou não
Tudo deve ser permitido
Na seara da paixão
E que a incerteza
Da certeza
Seja um tempo não nascido.
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17/05/2016 -
Árvore de poesia
Podem tirar-me do chão
Cortar minhas raízes
Serrar o meu tronco
Tombar-me no riachão
Podem abortar meus frutos
Estraçalhar minhas flores
Esconder minhas sementes
Transformar-me em pó
Eu continuarei
Dia após dia
Sendo o que sou
Árvore de poesia
Minhas raízes bailam no ar
Meu tronco é imaterial
Minhas folhas são sonhos
Meu fruto é o verso
Preste atenção, meu bem...
continuar a ler
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17/05/2016 -
Ninho vazio
Diga que terminou, pois não acredito. Venha e convença meus olhos de que o amor se foi. Sepulta o que sinto se é capaz. Se for, vá e leve o que deixou cá dentro de mim. Se ficar, aninha-se no meu coração que não se permitiu ser ocupado por mais ninguém. Venha buscar o que ainda te espera e permitir que eu descanse em paz. Mas hei de gozar essa paz em seus braços, em seu dorso, em sua boca. De que vale a amora se ela mancha? De que vale o poeta se ele não dói? De que vale a cama se ela anoitece e amanhece arrumada? Venha e me diga que terminou, pois tudo está em suspenso num amor que é ato contínuo, que o tempo não anula e que a saudade só atiça. Não seja omissa, pois você é parte integrante de tudo isso. Ninho vazio ainda é ninho.
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