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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 61 de 248.
Desculpa
Desculpa
Pede a minha boca
Mesmo não tendo culpa
Do que diz que eu fiz,
Meu coração poeta
Tem uma batida inquieta
Feito um tamborim
Ôô tem pena de mim
Não fiz nada para você ficar assim,
Ando por ai à toa
A vida é tão boa
O que hei de fazer
Se a minha boca
Fala sem querer falar
O que você não quer escutar.
A minha boca é louca
Não sabe o que diz
Juro que eu não quis
Falar a jura que ela falou...
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13/10/2013 -
Desdiz
Quem diz
Não é
Quem trai
Cai
Quem quer
Já quis
Quem vai
Nem vem
Quem sai
Vê além
Da parida
Da despedida
Da cicatriz
Do tempo
Que se diz
Sentimento.
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Desejo ao vinho
Ai, amor
Amor da minha vida
Sangue da minha ferida
Adeus da minha despedida
Eu lhe entrego os meus dias
Para vivê-los como lhe convir
Eu me rendo as suas fantasias
De amor, e me vendo ao sorrir
Do seu sorriso em minha boca
Num pacto labial
Sujeito a soluços e ao sal
Do pranto
Que a ti levanto
Ai, amada
Eu lhe dou a minha estrada
Para abrir o meu norte e o meu leste
Rumo ao seu infinito...
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Desejo e solidão
Minha boca
Tatuada
De desejo
E solidão
Meu coração
Naquela fisgada
De lhe ver tão perto
E tão pouca
Meus braços
Feito carrossel
Girando
E voltando
Por um triz
Meus passos
Passando
Amando e chorando
Num chão de papel
Jornal
E você vem e me diz
Que tudo é normal.
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09/05/2015 -
Desejo nas alturas
Sua maquiagem borrou
Quando o sol sussurrou
Que podia viver sem lua
Deixou coroa e foi nua
Pelo asfalto sem salto
E o dia sequer clareou
A vida entrou em cheque
A lua o chamou: moleque
E o duro sol se fez pierrô
A noite sem fim serenou
Não veio a luminosidade
Entre sol e lua, saudade
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Desencontro
Por que tem de ser assim?
Tudo na hora errada
Eu, adiantado
Você, atrasada
Paixões em tempos diferentes
O meu amor adormecendo
Seu amor germinando
E agora, meu amor renascido
Vencedor e vencido.
Por que tem de ser assim?
Não sei como está você
Não tenho notícias
Como se algum bruxo
Conspirasse em um imenso caldeirão
Para que nosso amor
Fosse como lagarta e borboleta
Tão perto
Quão desencontro.
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21/12/2014 -
Desenhos do sono
A mulher que amo
Dorme fazendo desenhos
Com o próprio corpo
Pela cama
Ora é um número, uma letra,
Ora é uma flor, uma chave
Para um mundo secreto
De sonho e prazer
Seus braços e pernas
Sua coluna e mãos e pés
Seu rosto e seu cabelo
Vão se combinando em formas
Definidas ou não
Que trazem graça, mistério e desejo
Aos olhos que se espicham
Sobre seu corpo em sono
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12/02/2015 -
Desenhos na janela
O vento como menino atrevido
Vai desenhando sabe-se lá como
Rabiscos de mensagens pelo vidro
Envolvendo os olhos num domo
De mistérios ainda não revelados
Seriam vozes do futuro ou passado?
Como o vento escreve tais palavras?
Não seriam aves, aranhas ou larvas?
Há opiniões, canções, senões, direções...
É claro que tudo muito rudimentar
Como esboços de rabiscos de insinuações
Mas para todo espanto é de se admirar
Que tais sinais cobertos de sentido...
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Desequilíbrios
Nessas idas e vindas
Olhares ocupam espaços iguais
E a vida se desequilibra
E a realidade desaparece
E o mundo se esquece
De tentar esquecer
Gestos tão surreais.
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09/02/2015 -
Desesperança
A porta
Rangeu
Como dentes
Aos pés da cama
O sino
Gemeu
Tão ausente
Tal quem não ama
A moça
Ardeu
Assim penitente
Na própria chama
O vento
Perdeu
A última semente
Do amor em rama
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