Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 63 de 248.

Detrás do sol

Eu sempre acreditei
Que houvesse alguém
Detrás do sol
Alguém de Apolo
Alguém de fama
Alguém de chama
Alguém de colo
Incandescente
Uma mulher
Entre deus e a serpente
Com lábios quentes
E olhos explosivos
Alguém nocivo
Ao coração
De um sonhador
Em digressão.

Detrás do sol
Nas asas de um rouxinol
Num canto em si bemol
Há uma mulher
Freudiana de paixão
Há uma mulher
Que cala a voz...
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02/12/2015 - Deu em nada

Eu já pedi aos sete mundos
Para te levar da minha cabeça
Eu já tentei viver sem você
E morrer com você, pra você
E me acabei no fundo
Eu fui profundo
No amor que é nossa sentença
E agora me convença
Por favor
Que valeu a pena a dor
Da caminhada
Que deu em nada
Andamos
Sonhamos
Vibramos
E nos deixamos pela estrada


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18/05/2014 - Deus deus, deus dá

O que deus deu
O que deus deu
O que deus dá

Olha em volta
E nota
O amor que há

O que deus deu
O que deus deu
O que deus dá

Não desanima
Vai pra cima
Com seu orixá

O que deus deu
O que deus deu
O que deus dá

O tempo é ouro
Deixa de choro
Saia desse sofá

O que deus deu
O que deus deu
O que deus dá

Toma tempestade...
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21/10/2015 - Deus e o vento

Há lanças e crianças
Sonhos e esperanças
Fés que não cansam
Lembranças e danças
Que nos alcançam
Ao tempo do vento

Viso e preciso
De um tempo
Junto ao vento
Para entender
O que quer dizer
O deus do ar

Hei de me entregar
Ao sentimento
Que há no vento
E me colocar
A rodar, a girar
Ao voar de deus

E sem adeus
Eu vou chegar
Eu vou partir...
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30/07/2013 - Devagar e sempre

Devagar e sempre
Atravessa a rua
Entra no mar
Suba à lua
Faça do jardim sua sala de estar

Devagar e sempre
Admira com calma as vitrines
Toma impulso em direção aos pássaros de musseline
Denuncia a tristeza antes dela se instalar
Empina a alma

Devagar e sempre
Toma um barco
Bamboleia os sorrisos soltos pelo ar
Escuta o que o vento quer contar
Flexiona como um arco

Devagar e sempre...
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Devaneio

Vim só para dizer adeus
A já saudosa poesia
Roguei ao amor de Deus
Mas tudo será nostalgia.

No esforço destes versos
Que não sei se irei findar
Tudo parece disperso
Não vou mais poetar.

Adeus lua tanto cultuada
Adeus ò rosas e janelas
Adeus às ruas serestadas
Adeus minhas tantas cinderelas.

Vou calar meu coração
À minh?alma pretendida
Adeus, adeus meu violão
Adeus vida da minha vida.
...
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Deve haver

Em algum lugar
Não tão longe de mim
Deve haver alguém
Que possa entender
Como um amor assim

Assim sofrido
Maltratado
Exilado
Ainda resiste
E insiste
Lutando
Esperando
E amando

Amor que casa o coração
De um serafim
Com a menina querubim
Que atravessou céus e castelos
E desafiou para o maior dos duelos
O deus da ilusão
Que quer porque quer o nosso fim.


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Devora-me

Devora todos os sonhos teus
E vem me pedir mais vida

Ora e implora pelo deus
Que ainda não chorou
Uma despedida

E manda embora
Todo o mal do amor
Que vem de dentro
E vem de fora

Melhora sua saúde
Cardíaca
Na face mais demoníaca
Deste amor amiúde

E, por fim, chora-me
O quanto não pude.


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Devotos

Tão sós
Se vão
Os nós

Em cada nó
Um voto
Que não vira pó

Votos
De amor
Devotos
Da saudade

Votos
De amor
Devotos
Da eternidade

Vamos
Cumprir os votos
Dos sóis

Vamos
Flor de lótus
Colorir lençóis

Tão sós
Se vão
Os nós

Tão sós
Vamos
Nós.


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Dez estrofes

É a rima secreta
A última pista
A luz da ametista
E a brisa da bicicleta.

É cartão-postal
Um sonho nada modesto
Tem açúcar nos gestos
E palavras de sal.

É intenção
A reza doentia
O pós-fantasia
E o convite à solidão.

É um querer
Um desejo
E o beijo
Que mais tarde vai doer.

É falta de leste
O hino dos ladrões sem valentia
Que lhe roubam poesia
Como se roubassem suas vestes....
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