Daniel Campos

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12/02/2015 - Desenhos na janela

O vento como menino atrevido
Vai desenhando sabe-se lá como
Rabiscos de mensagens pelo vidro
Envolvendo os olhos num domo
De mistérios ainda não revelados
Seriam vozes do futuro ou passado?
Como o vento escreve tais palavras?
Não seriam aves, aranhas ou larvas?
Há opiniões, canções, senões, direções...
É claro que tudo muito rudimentar
Como esboços de rabiscos de insinuações
Mas para todo espanto é de se admirar
Que tais sinais cobertos de sentido
Apareçam naquelas janelas de repente
O vento escreve ali sem um gemido
Ou deus resolveu brincar de ser gente


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