06/11/2013 - Colheradas de amor
O amor deve ser receitado e aplicado em colheradas
Colheres de café, de sopa e até de pedreiro
Devem ser levadas à boca da criatura amada
Diariamente
Em doses e overdoses
Que criem seus próprios horários
Que o ser-amor jamais se esqueça de alimentar
A criatura amada
E se alimentar nos lábios dela
Que essas colheradas carreguem a dose necessária
De imaginação, de sentimento, de sedução
Colheres e mais colheres levando sonhos e motivação
Ao corpo que é, na verdade, o sopro
Que atiça e reboliça suas velas rumo ao desconhecido
Porque o amor, por mais descoberto que seja,
É sempre mistério e segredo e risco e aventura
Porém, essa odisséia deve ser vivida com romantismo
Colheres recheadas de cor e sabor e calor
Sendo vistas como esperanças aladas
Carinhos maduros, emoções temperadas
Colheres defendidas, feitas sob medida e tidas
Como tudo de bom, de melhor, de excelência
A ser oferecido sem pedir nada em troca
A quem se ama
Atenção:
Se de repente não tiver mais notícias minhas
É porque peguei carona em uma colher
Com destino à boca da mulher amada
E agora navego pelos seus interiores
No ritmo do coração mais doce já confeitado.
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