Daniel Campos

Poesias

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24/09/2015 - Vamos cair

Se eu não deixar cair
Você não me segura

Se eu não me sucumbir
Dá-me sua loucura

Se eu não achar abrigo
Guarda-me na boca

Se eu cair no seu perigo
Não ligo se você for oca

E se você for sem fundo
E ainda não me segurar?

Em que lugar do seu mundo
Interior vou lhe encontrar?

Você pode e deve ser oca
Só não precisa ser pouca

Perdido na sua falta de fundo...
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Comentários (1)

31/01/2015 - Vamos para Nova Iorque

Vamos para Nova Iorque
Levando nossa caipirice
Toda a reboque
Vamos falar inglês
Com o nosso sotaque
Caboclo português
Vamos fazer do Central Park
Nossa roça
De palhoça tupiniquim
Vamos para a Wall Street
Esquecendo-se do dinheiro,
Do violeiro, da artrite
Vamos para terra do Tio Sam
Pulando pra lá e pra cá
Feito rã de manhã
Vamos rezar, fazer promessa
Contra o trabalho escravo
Aos pés da Estátua da Liberdade...
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Varanda

Em mim
Há essas células
Essa poesia
Esses ossos
E essa falta
Que me faz fechar as asas
Se dependurar na varanda
E ficar com o olhar longe
Com medo de cair
Num vôo solitário.


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Varandas

Escuto ecos longínquos
A casa branca com janelas enormes
Uma imensa varanda cheia de luminárias
Uma rede balançando sozinha ao fundo
A piscina refletindo a lua
Nas luzes dos postes do jardim suspenso.
Uma figueira, um jatobazeiro, um angico
Algumas roseiras
E a grama verde que engole o terreno
Ao longe, perdendo-nos de vista.
Uma touceira de bambuíra indicava o vento
A casa branca e as portas envernizadas
Janelas de madeira...
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13/11/2016 - Veio e basta

Não importa de que caminhos veio
Por quais estradas passou
Quantos amores você realizou...

Importa apenas que você veio
Achou a minha estrada e passou
Por tantos amores que realizou

Buscando-te em tantos veios
Semeio no meio que não passou
O amor que ainda não realizou


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12/11/2015 - Veja quem é

Oi, estou de volta
Vê se não me solta
Desta vez e nunca
Jogo aos seus pés
Meu eu mulher
Beijo a sua nuca
Boto-a maluca
Colo sua fé
No meu santo
Dou meu manto
E todo meu café
Beba-me tanto
O quanto puder
Oi, abra a porta
Veja quem que é
Estou de volta
De volta, mulher.


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28/11/2016 - Veja, veja quem é

Quem é que tem asas?
Quem encanta toda a casa?
Quem, mesmo dormindo, arrasa?
Quem pisa em brasas?
Quem a paixão em passos extravasa?
Quem é que está além da Nasa?

É a bailarina
Que mina toda lindeza que há
Mina beleza, mina delicadeza
Mina proeza, mina realeza
Mina a menina que relampeja

Veja, veja, veja... quem é?
É a bailarina
na ponta do pé!


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Vela-me

Quatro velas ardem ao meu lado
Quatro velas amareladas pelo tempo
E minha pele esbranquiçada
Arde minha falta de tempo
E o que é mesmo o tempo?
Ah! Deixa isso pra lá...
Minhas mãos
Que sempre andaram separadas
Seja pela distância anatômica
Seja pela distância ideológica
Direita e esquerda
Seja pelo ódio e pelo desejo
De serem tão iguais
Minhas... Minhas mãos nunca... Nunca!
Nunca estiveram tão unidas...
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Velador de sonhos

O quanto quiser durma
Sob pedras ou penas
Apenas
Não suma.
Durma
E sonha no tom das patativas
Cativantes de ilusões
Que adejam aos corações
E se alojam após tentativas
De ódio e perdão.
Como anjos efêmeros, durma
Durma enquanto a velo
E aos poetas apelo
Uma benção de poesia
Àquela que tentei não me dar
E me dei no verbo amar.
Ah! Se a vida quisesse merecer
Este que te vela por poeta
Defender-lhe-ia do sofrer...
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Velas ao mar

Copos na mesa do canto
Mãos que não são minhas
E a vontade de acariciar
O que é mais vazio
Do que um copo amanhecido
Do que o aceno da separação.

Beber o silêncio de um copo
Ou beijar o adeus de outra mão?

E no fundo do copo
E na palma da mão
A saudade é a mesma vela
Que escorre
Em gotas frias e secas

E na palma do copo
E no fundo da mão
A saudade é a mesma tela
Que nos emoldura
Na mesma separação.


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