Daniel Campos

Poesias

Ou exibir apenas títulos iniciados por:

A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todos

Ordernar por: mais novos  

Encontrados 2480 textos. Exibindo página 204 de 248.

Plexo solar

Perplexo
Ao seu reflexo
O mundo gira
Revira e a lira
Ganha nexo
E se alinha
Na órbita estelar
Do seu plexo solar

Podem me capturar
Podem me torturar
Podem até me matar
Mas eu não digo
Mendigo, mas não digo
Que todo o amar
E o mar de amar
E o enamorar
Nascem do seu umbigo.


Comentar Seja o primeiro a comentar

Plurais de vida

Já que não sei cantar
Como cantam caetanos...
Já que minhas palavras
Não são escritas em drumonds...
Já que o meu pranto
Não chora como choram pixinguinhas...
Já que não tenho a perfeição
Alcançada por alguns joões...
Perdoem-me os moraes
Já que insisto nos versos banais...

Já que a vida não tem limites
Sem alguém os propor...
Já que a lua não tem razão
Se não esperar o sol se por...
Já que os poetas podem falar mentiras...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Poça de sorrisos

Chovia, escorria no molhado
Sorria e se via
Ao meu lado em abraços
Gotejava na cadeira
Pingava na quarta-feira
Cinzas beijando a água
Eu, você, afogando nossos mágoas
E chovia, chuvisqueiro
Nós dois sob o coqueiro
Sob os respingos que umedeciam
A sua boca louca
E a chuva que entardecia
Essa tardinha rouca e pouca.

Sua boca chovia, chovia.
O céu de cinzas sorria, sorria.
Sorria, chovia, sorria.


Comentar Seja o primeiro a comentar

Podas

Tentei te avisar
Que um dia a vida ia chegar
Sem fantasia,
Mas tive medo
Dos medos que iria te causar.

Tentei te proteger
E criar uma fortaleza
Dos sonhos que eram para sempre,
Mas não deu tempo
Das flores se darem em sementes.

Tentei te amar
Mais do que era possível
No seu imaginário,
Mas podaste minhas asas
E me deixaste no escuro.


Comentar Seja o primeiro a comentar

Poema autobiográfico

Olha-me
Olhos nos olhos
Unja-te
Nos óleos
Verdes
Dos meus olhos
E serdes
Em mim
Tua sede
Sem fim.

Que meus poemas
Te velem
Como velas soltas ao mar
Que meus poemas
Revelem
O que vieste buscar.

Olha-te
Olha-me
Numa visão profética
Numa ilusão poética.

E numa dialética
Sem fim
Olha-te
Em mim.


Comentários (4)

Poema da conciliação

Não,
Não me alarde
Ainda não.
Não,
Não é tarde
Demais
Para soltar os ais
Do seu porão.
Não,
A sua obsessão
Não se cansa
Não?
Ah, a esperança
Me alcança
E dança no salão
Da minha solidão,
Dança sozinha
Só minha
Feito abelha rainha
Que quanto mais ama
Mais chama
Para longe seu zangão.

Não,
Pelo amor de Deus
Do deus dos hebreus...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Poema da incompreensão

Fiz por você
O que dificilmente outro alguém irá fazer
Ou até mesmo pensar em fazer.

Fiz tantas noites de vigília
Uma vigília cega
Onde o psíquico e o físico
Fizeram o duelo da distância.

Fiz poemas a perder de vista
Fiz uma conta quase perpétua
Na florista.

Fiz do seu existir um culto
E acreditei em você
Como um fiel peregrino
Que jejua prega comunga
Por um amor
Ininterrupto.

Fiz do seu retrato um caminho...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Poema da mulher reclusa

A mulher reclusa
Foge dos atos do sol
Esconde-se em fumaças
E não ouve mais os grilos
Que se abraçam com pernas
De violino.

A mulher reclusa
Não ouve o estralar do canário
Nem a chuva caindo nas telhas
Ouve só um mesmo som
O som de um desespero
Em dó maior.

A mulher reclusa
Não anda descalça pela terra
Úmida
E ao olhar pela janela
Não vê muito além de alguns palmos
À frente
Do grão do chão da ilusão....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Poema das canções de um rei

Eu te amo tanto
Em tantos detalhes
Em tantas canções
Que são nossas canções
Te amo
Nas jovens tardes de domingo
E embora passem os domingos
Elas continuam, em mim, sempre jovens
Te amo
Em tantos sonhos
Que na verdade é um só sonho
Um sonho lindo
Te amo, te amo, te amo
Num café da manhã
Numa música suave
Num amor antigo
Te amo
Falando sério
Te amo por entre os botões
De uma proposta
Como um amante à moda antiga...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Poema de conjectura

Tão longe
Mas tão perto
Eis a irracionalidade
Que nos move
Amor - ruptura da lógica
Amor - anti-raciocínio
Amor - retrô e pós num mesmo corpo
O corpo pode caminhar
Dias e milhas sentido longe
Mas as marcas ardem a cada passo
Seja o passo literal, físico, pé ante pé
Seja o passo curvilíneo dos ponteiros do tempo
Mas, atenção, o relevante
É a síntese de tudo isso amor
As marcas ardem
E de nada vale o novo...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Primeira   Anterior   202  203  204  205  206   Seguinte   Ultima