Daniel Campos

Prosas

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09/01/2014 - Calvin

Calvin precisa de afago. Calvin precisa de colo. Calvin precisa de ar. Calvin está triste. Calvin está preocupado. Calvin está sem rumo. Calvin precisa se alimentar. Calvin precisa sonhar. Calvin precisa acreditar. Calvin está sem força. Calvin está sem sono. Calvin está sem cor. Calvin precisa lutar. Calvin precisa de beijo. Calvin precisa de amor. Calvin está sem lugar. Calvin está de luto. Calvin está doendo. Calvin precisa imaginar. Calvin precisa viajar. Calvin precisa seguir. Calvin está sem riso. Calvin está sem voz. Calvin está sem querer. Calvin precisa de paz. Calvin precisa sentir. Calvin precisa confiar. ...
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08/01/2014 - Irradiação

Irradia amor por todos os plexos. Irradia o mistério do universo. Irradia o que ninguém pode contar. Irradia o segredo do espaço. Irradia o místico, o mágico, o sublime. Irradia o que ainda não conhece. Irradia para além da sua compreensão. Irradia forças de origens diferentes. Irradia uma ancestralidade rica e única. Irradia matas, mares, pedreiras... Irradia para além dos campos da ciência. Irradia energias iniciáticas. Irradia o contato com outros planos. Irradia raios nativos. Irradia o que é bendito. Irradia para curar, para libertar, para desintegrar e reintegrar. Irradia para o bem do outro que você sabe ou não quem é. Irradia toda pureza do seu íntimo. Irradia sendo instrumento e parte de um trabalho maior. Irradia em feitio de prece, de prece viva. Irradia se entregando. Irradia indo longe sem sair do lugar. Irradia por paz, felicidade, perdão... Irradia por harmonia, sintonia, elevação... Irradia seguindo um ritual coletivo ou particular. Irradia transformando o negativo em positivo. Irradia sem pensar ou querer mais nada, sendo, por inteiro, um núcleo de irradiação.


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07/01/2014 - E quando tudo

E quando tudo se assumiu, e quando tudo se resumiu, e quando tudo caiu, e quando tudo ruiu, e quando tudo faliu, e quando tudo frio, e quando tudo explodiu, e quando tudo partiu, e quando tudo cuspiu, e quando tudo latiu, e quando tudo sumiu, e quando tudo e quando tudo atingiu, e quando tudo fugiu, e quando tudo partiu, e quando tudo feriu, e quando tudo compeliu, e quando tudo mentiu, e quando tudo dormiu, e quando tudo coloriu, e quando tudo sucumbiu, e quando tudo sentiu, e quando tudo saiu, e quando tudo se viu, e quando tudo sombrio, e quando tudo proibiu, e quando tudo pediu, e quando tudo frigiu, e quando tudo pariu, e quando tudo descobriu, e quando tudo vazio, e quando tudo proferiu, e quando tudo fingiu, e quando tudo se viu, e quando tudo navio, e quando tudo desferiu, e quando tudo se despediu, e quando tudo existiu, e quando tudo arrepio, tudo, tudo, tudo sorriu, sorriu, sorriu, ou, ao menos, deveria ser (ter sido) assim...


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06/01/2014 - Teoria prática

Difícil compreender o que não foi feito para ser compreendido, mas vivido. Teorias são lindíssimas, mas só existem quando praticadas. Raso e profundo se encontram de modo que o conceito de dimensão é facilmente perdido. E a grandeza de tudo é maior ainda quando tal prática se dá na loucura. Sim, havemos de ser loucos para sermos felizes. Pois a felicidade está na loucura. É preciso casar, encaixar, misturar céu e terra, sol e chuva, lua e sonho, num mundo mágico, que existe para além do nosso aquém, para que tudo isso seja compreendido da forma como se deve compreender o impossível do possível.


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05/01/2014 - Ensinamentos do interior

Um velho bruxo do interior me ensinou a ler a lua e prever chuvas e estiagem. Tempo de plantio, de colheita, de espera. Tempo de amor no canto do passaredo. Tempestade e saudade. Invernada e geada no rastro dos insetos. Fartura e loucura nas cores da paisagem. Mostrou-me como é viver de relento e com todo alento. Ensinou-me a prever quantos vagões tem o próximo trem mesmo quando os trilhos estão vazios. Encantou-me com a magia do verde e me soprou como fazer quem é do branco ou do rosa amar o verde. Levou-me a alimentar o fogo sem ser preciso colocar mais palha ou lenha na fogueira. Falou-me sobre os sinais de mudança e de esperança na dança das cores das folhas. Ensinou-me a entender a língua do vento, das estrelas e da terra, seja ela de lama ou pó, a ponto de saber o que vai nascer, morrer e renascer mais cedo ou mais tarde.


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04/01/2014 - Bem assim mesmo

Sou de outro planeta. De outro tempo. De outra realidade. Sou o avesso do avesso. Sou extraterrestre. Sou virado de ponta cabeça. Sou o que não tem bula. Minha época já passou ou ainda não veio. Eu subo quando devia descer, e viro à esquerda quando devia seguir pela direita. Meu relógio gira ao contrário. Sou de um lirismo atípico, de um romantismo inútil para esta era. Sou a contracapa, o lado b, o que está entre a cara e a coroa. Sou coração que voa. E voa alto. Sou o amor de fato. Um apaixonado do primeiro ao último ato. ...
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03/01/2014 - Quarta de terra

Queria uma quarta de terra para lavorar as plantas do mato. Queria uma quarta de terra para morar numa casinha pequenina. Queria uma quarta de terra para criar ovelhas. Queria uma quarta de terra para capinar o que não é para estar ali. Queria uma quarta de terra para sentir o cheiro de chuva em todos os cantos. Queria uma quarta de terra onde a passarada não se fizesse de rogada. Queria uma quarta de terra com alguns pés de fruta. Queria uma quarta de terra para ter um pedaço do mundo pra mim. Queria ter uma quarta de terra para ter o mínimo de sossego. Queria ter uma quarta de terra para amarrar cachorro com linguiça. Queria uma quarta de terra para colher sereno. Queria uma quarta de terra para tomar de conta da ventania. Queria uma quarta de terra para assoviar pro nada. Queria uma quarta de terra para plantar estrelas. Queria uma quarta de terra para replantar meu eu.


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02/01/2014 - Meus, minhas

Minha morada tem telhado estrelado. Minha cama tem mola de sabiá. Meu sapato tem calço de brasa. Minha janela tem vista pro lado de lá. Meu forno tem pão de sonho. Meu tempo tem corda. Meu cachorro vive no mundo da lua. Minha estrada tem pé de solidão. Meu riacho tem peixe de lã. Minha história tem linhas de macramê. Meus roseirais têm espinhos furta-cores. Meus pomares têm enxovais. Meus olhos têm aquários d’alma. Meu corpo tem cometas por todo lado. Minha cabeça tem porta giratória. Meus pensamentos têm essências do mato. Minha prosa é almoço de domingo. Minha poesia é jantar a dois.


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01/01/2014 - A força da estrela

Há de haver uma estrela para ser seguida mesmo nas horas mais difíceis. Uma estrela capaz de guiar, orientar, acalentar. Há uma estrela que protege mesmo com dia claro. Uma estrela colorida com o poder de atuar em todos os chacras. Há de haver uma estrela de cinco mil pontas. Pontas de mar. Pontas de lápis. Pontas de bailarina. Há uma estrela capaz de iluminar a noite mais escura. Uma estrela guardiã, um ponto de luz que esclarece até o sofredor. Uma estrela de força. Uma estrela que dissipa o pesadelo. Uma estrela que surge todos os dias, mas sempre com algo novo a brilhar. Uma estrela que alivia a dor dos que caminham sob o céu. Uma estrela com a missão de curar os males dos abismos negros da incompreensão. Uma estrela nascida com você, para lhe dar o caminho. Uma estrela que sublima por natureza. Uma estrela que queima como vela dentro de quem acredita em sua chama.


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29/12/2013 - Eu ainda...

Eu ainda estou aqui, onde você deixou. Eu ainda vivo, conforme te prometi. Eu ainda sigo a estrela dos seus olhos, que vaga pelo meu céu como vagalume, surgindo e sumindo. Eu ainda estou disposto a levar tudo isso adiante, bem adiante. Eu ainda batalho. Eu ainda luto. Eu ainda resisto. Eu ainda consigo sorrir porque não há motivo algum para negar a felicidade. Eu ainda pulso como um enorme coração com braços, pernas, boca. Eu ainda acredito e, devo dizer, que cada vez mais. Eu ainda busco, mas já tenho em mim todas as respostas. Eu ainda quero tudo o que foi imaginado. Eu ainda deito e me levanto com um objetivo maior. Eu ainda sou forte o suficiente para suportar o que o tempo me oferece. Eu ainda me inspiro e sei que vale à pena continuar bebendo desta fonte que me faz melhor. Eu ainda escrevo o que sou e o que sinto. Eu ainda estou de pé e nada nem ninguém me tomba. Eu ainda valho alguns sonhos. Eu ainda sou todo este sentimento. Eu ainda sou o poeta que quer se casar com sua poesia. Eu ainda sou amor e amor demais, e pretendo continuar sendo assim ao longo de toda minha eternidade.


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