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Encontrados 231 textos. Exibindo página 17 de 24.
Acácias
A rua escura tem mais luz do que aparenta
Nas bocas das pessoas que não sabem o que dizer
A rua escura tem a noite que adentra
Andando, andando, andando sem saber
A rua escura pode ser
As mãos que não se encontram
Os olhos que não se encontram
As bocas que não se encontram
Na forma clara, clara, clara
Que não tem cara
A rua pode ser um vão
Uma curva, uma esquina
Um mar, um chapadão
Algo além dessa messalina escuridão
A rua escura pode ser o não...
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Açoite
Entre lagos
Árvores e pedras
Ela se contorce
E se esconde.
Os cães
Alguma conversa
A grama fresca
Um silêncio inquieto
A constante ansiedade
Um tiro ao longe
E suas roupas
Nos galhos dependurados.
Aflições
Passos e mais passos
O desejo de não voltar
Poucas lágrimas
Seus soluços entardecendo
Seus cabelos molhados
A água nas costas nuas
O desespero previsto
E goles secos de angústia....
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Açúcar
A mulher amada
É abelha que se afoga no mel
É cana moída
É flor de cacharrel...
A mulher amada é doce
E deve ser tomada a colheradas
Refinada, a mulher amada
É o chocolate
E o chantilly dos contos de fada...
A mulher amada
Tem uma alegria de cristal
Um amor mascavo
E uma lágrima sem sal...
A mulher amada
Ora se faz sutil
Como gota de adoçante
Ora escorre abundante
Como calda de açúcar queimado......
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Affair
Quanto de éter
Quanto de urânio
Há no beijo da mulher vulcânica?
Será que veste
Seus lábios de suéter
Ou se reveste
Entre a sede balsâmica
E a fome de titânio?
Quantas camadas
Terá a armadura
Que leva bocas pela estrada
Em flertes de caminhadura?
Será que tem uma plantação
De perfume
De estrelas em seus lábios
Ou será que os astrolábios
Se curvam e ainda turvam
Quando avistam o cume do ciúme...
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Agarta
Tu que nasceu do caos, do sopro no barro e da costela de um adão que andava nu
Ah! Tu que é filha de uma explosão nucelar, da divisão do átomo indivisível da paixão,
Diga-me o que há depois desse teu olhar tão cru.
Tu que surgiu de um enlace angelical, de um capricho divino, de uma onda gravitacional, me diga o teu beijo astral.
Tu que é a fecundação do pólen de estrela, brilho de cometa, lava e mar,
Diga-me o teu reino, o teu reino, agarta.
Tu, mulher capital, Shambalah, vasto império escondido nas profundezas...
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Agnóstico
Amar é coisa dos sem deuses
Amar é criar deuses
Cultuar a pessoa amada de tal forma
E se preciso for colocá-la num altar
Sem medir ou poupar esforços.
Um altar que não seja símbolo de sagrado
Mas de sacrilégios.
Um altar onde não se roga orações prontas
Mas palavras de momento
Um altar onde se canta e se chora
Diante de uma imagem
Que lhe acolhe nos braços,
Braços que são lembranças
Braços que são promessas...
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Agüenta
Agüenta
Mas agüenta forte
Os cavaleiros do tempo
Já estão fechando os portões
Que dão pro templo
Da morte
Agüenta
Finca as unhas no colchão
Rasga os lençóis da cama
Enfrenta a tentação
Da morte que se passa por dama
Mas é mais um a cair na cama
Dos sem sorte
Agüenta, agüenta a morte
E apaga, apaga a chama
Da vela que já te acenderam
Agüenta enfrenta e chama
Pelo deus
Da luz e do breu...
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Ah mar
Se eu sonho demais
É porque ela me faz
Assim
Eu não tenho hora
Pra chamar a fantasia
Até mim
O meu amanhã é agora
E tudo mais é poesia
E fim.
Ah! Dê-me a mão
Vamos voar
É só tirar os pés do chão
E subir, e subir e subir
E para não cair
É só não acordar
Do sonho
Que eu lhe proponho
Ah mar.
Ah! Dê-me a mão
Esqueça
O que vão pensar
E vamos pela cidade
Para qualquer lugar...
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Ai, olha o céu
Pela falta de abraço
Pela falta de adeus
Pela sobra do laço
Que me envolve
Nos teus
Sonhos
Eu, eu lhe proponho
Que olhe o céu
Ai, olha o arranha-céu
Da saudade
Ai, olha o céu
Vergando um botão vermelho
Refletindo de norte a sul
A cidade
Da minha solidão
No espelho
Da tua mais doce ilusão.
Ai, olha o céu
Chora a falta de uma nuvem
E deixa ao léu
As palavras que se quer esquecer...
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Ainda é cedo
Ainda é cedo
As marcas ainda ardem
Os gritos ainda murmuram
Por mais que se queira
O contrário,
Ainda é cedo
O sono ainda não é inteiro
Os lugares ainda são habitados
Ainda é uma questão de costume
E ainda é cedo
Para tentar conjugar
A primeira pessoa
De o verbo esquecer,
Ainda é cedo
E sempre vai ser cedo
Pra eu ceder
Ao tempo
Que rege o sentimento
Do não querer.
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