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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 144 de 248.
O epicentro da paixão
Por detrás
Das rosas
Por detrás
Dos versos
E de todas as prosas
Por detrás
Da saudade
E dos caminhos dispersos
Há do verbo haver
Há de muito querer
Há de se achar e perder
O epicentro de paixão.
Lá os abraços são demais
Lá os desejos são demais
Lá os beijos são demais
E os sonhos sonham demais
Para um só coração
Ah! O epicentro da paixão
No encantamento
Das polaridades...
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01/08/2014 -
O eu surpreendente
Eu sou forjado no surpreendente
Quando deixar de ser sinônimo de surpresa
Morri
Pode ter certeza
Pois lhe surpreender é me fazer acontecer
Não há maior beleza
Do que ver seus olhos serem surpreendidos
Trema
Balance
Perca a fala
Core
Palpite
Tenha vontade de chorar
E sem segurar sorria
É a causa
De toda e qualquer surpresa
É merecedora
De quebras de rotina e expectativa...
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O frio e o vento
Lábios de silêncio
Somente o vento entre nós
O vento que acalenta o frio
O vento que sussurra a sós
Nos pensamentos vazios.
O vento nos inebria
Escorre pelos nossos braços
Abandona o frio em nossos passos
Numa cortante hemorragia.
O frio e o vento
Dançando a solidão tamanha
Que abriga insana
Os larápios
Que o vento vai deixando
Ao relento dos seus lábios.
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O futuro
E agora, o futuro?
O que será do futuro?
Ao menos do futuro que eu imaginei
Eu e você
Sozinhos no futuro
Agora,
Eu não sou ninguém
E você foi além
Da minha imaginação.
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O galo já cantou
Vamos cantar
A madrugada já vem vindo
O galo vai exaltar
O dia que está surgindo
Faça a cuíca roncar
O cavaquinho chorar
Vamos sambar na calçada
O dia já nos aguarda
O sereno vai sumindo
A bebida acabando
A lua está dormindo
O samba ... chorando
O pão está assando
O pandeiro no ar rodando
Embriagado pela alegria
Ah! Vem chegando o dia
Vamos recolher as cadeiras
As luzes vão adormecendo...
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12/12/2014 -
O grande cacique
O grande cacique
É da tribo das nuvens
Não é de fazer piquenique
Nem ter medo do que ruge
O grande cacique
Tem sangue de mato
Não cai em sobressalto
E ainda aposta no amor
Sem precisar de alambique
O grande cacique
É do tempo que não havia tempo
Tem olhos de condor
E coração de pau-a-pique
O grande cacique
Conhece a sua caça e os seus caçadores
Entende dos amores de cachoeiras...
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18/01/2015 -
O lastro do tempo
Por onde passo, eu, o tempo, deixo um rastro
Do que podia ter sido e não foi
Entre o que fica e o que segue há um lastro
Muito tênue entre as dimensões
Temporais repletas de senões
Eu não tenho começo, meio ou fim
Mas tudo o que toco, provoco
Um temporal inteiro ou um lapso
Na vida, no sonho, na luta
De uma Iolanda ou de um Serafim
Por onde passo
Entorto até corações de aço
Transformo vinganças em festim
Dou enjoos, ânsias até nos marinheiros...
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16/04/2014 -
O lírico nas estações
Amor de verão é pra mais de uma estação
Amor de primavera dura por toda uma era
Amor de inverno tem tudo para ser eterno
Amor de outono nunca perde o trono
A mulher de outono é a avessa ao abandono
A mulher de verão é onda na arrebentação
A mulher da primavera é flor que flor gera
A mulher de inverno é pela qual hiberno
Amor de inverno é quente como o inferno
Amor de outono tem o infinito como dono
Amor de verão é mais do que simples curtição...
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30/12/2015 -
O mato que não mato
Oiá a viola chora no meio do mato
A terra vermelha corre do asfalto
Tudo cala mais fundo no interior
Como a chuva mansa que alcança
A nascente, o veio do rio, o seio
Do mundo que ninguém vê
E onde toda gente quer se aninhar
E esperar pelo que a vida dá
Goiaba do campo tem mais cor
Pintassilgo canta alto no ingá
Quaresmeira roxeia o sol, o céu,
A lua que é por todos nós
A bicharada faz festa e silencia
Tudo a sua hora em respeito...
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O mesmo do mesmo
Novamente, as desculpas
O medo do encontro
Tanto traçara o desencontro
Que não restou mais caminho
Senão o próprio encontro.
Novamente, os horários
Os lugares, os afazeres
Se manhã ou amanhã
Se noite ou anteontem
Haveria de estar ocupada
Com suas desculpas.
Novamente, as promessas
Quem sabe um dia
Que poderia existir
E que de tão perto
Teria passado.
Novamente, as lembranças.
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