Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 70 de 248.

05/01/2015 - Minha missão

Atenção, o meu compromisso
É minha missão, meu serviço
Na Lei do Auxílio, sou jaguar
Buscando amar, amar incondicionalmente
Meus iguais, meus diferentes
Estou à disposição da espiritualidade maior
E não sou melhor do que ninguém
Quero ser sempre muito pequeno
Em meio a essa força que agiganta
Pra caber no coração do pai, Pai Seta Branca
Trabalho a cura do veneno
Da desobsessão
Não faço distinção, minhas mãos estão abertas...
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04/01/2015 - Arvoredo

Deita seu corpo em meu leito
Toma minha cama, diz que ama
Até perder a noção dos limites
Aceita meu convite imperfeito
Confessando suas tragédias
Consultando minhas enciclopédias
Sobre amor e mais o que for
Deita seu corpo em meu leito
Com todo respeito e pudor
Não me conte seus segredos
Mas me entregue seus medos
Abandona chão, teto, paredes
Dependurando suas redes
Pelos meus arvoredos


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03/01/2015 - Alheio

Queimei a mão
Nos seus seios
Suspirei de aflição
Nos seus anseios
Ri da ingratidão
Dos seus devaneios
Fui seu mocinho
Seu cavalo, seu vilão
E depois jogado
Para escanteio
Queria ser futuro
Mas fui lançado
Pro seu passado
Mais escuro
Nosso amanhã não veio
Na hora de separar
O joio do trigo fui centeio
Não houve nós
Fiquei a sós, fiquei alheio


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02/01/2015 - Truco

Cartas na mesa
Do destino
O menino
Sóbrio de ópio
E cerveja
Truca
E a menina
Maluca
Até o fim
Diz sim
O jogo cai
O juízo se esvai
Ela pede seis
Ele treme
Ela geme
Tendo na mão
Dois reis
Blefando
Ela sorri, gargalha
Ele embaralha
Olhares sem luares
E sai tropeçando
Pelos naipes vermelhos
Ela mexe nos cabelos
Enquanto ele não consegue fugir...
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01/01/2015 - Boca recém-nascida

Ao beijar a boca recém-nascida
Sente-se o hálito de esperança
Vindo do moinho do meio do caminho
No fundo do mundo sem fundo
Que nos traz uma alma criança
Ao corpo cansado de despedida

Um beijo na pele macia do dia
Raiado há pouco no horizonte
Um beijo na inocente fantasia
Que nasce como sol atrás do monte

Beijos e mais beijos nos pássaros
Que cantam despertando o novo
Movendo os trens de aço
Que cortam a cidade das solidões...
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27/12/2014 - Efeitos do calor

O calor dos trópicos
Escorrendo em suas costelas
O desejo em tópicos
Fazendo beijos pelas janelas
O suor do rei do ópio
Salgando a doce vida bela
Um samurai de Tóquio
Cortando a lua amarela


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26/12/2014 - Samuca e Amora

Ele se impõe garboso
Ela tem o cabelo ruim
Ele dá uma de poderoso
Ela não tem espaço algum
Ele late forte
Como que vindo do norte
Ela se encolhe e se ignora
Assim são Samuca e Amora

Ele ganha muito carinho
Ela se contenta com o que tem
Ele, como rei, vai à frente do caminho
Ela deixa mesmo tendo seu sangue também
Ciumento, ele ganha elogios
E tudo mais com seu coração bravio
Ela o respeita e dá o fora...
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25/12/2014 - Grandioso sol

O sol alaranjado
Tremulou como bandeira
No alto do céu
Aos olhos do sem eira nem beira
Deixado de lado
Pela vida sem véu

O sol esculachado
Gargalhou como hiena
No salão nobre
Aos olhos do sem cobre
Que vive abandonado
Pelo amor do poema

O sol desnaturado
Escarrou sua luz no mundo
Como um deus
Aos olhos descrentes já ateus
Que de alados
Rastejam pro fundo do fundo...
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24/12/2014 - Giros de Chico Buarque

No canto da sala de estar
Chico Buarque gira na vitrola
Sem parar
Voltas e mais voltas
De arte
Num tempo que não volta
Sentimento que não solta
São lembranças
Do meu eu criança
Que cresceu
Na esperança
De encontrar por perto
O mundo secreto
Entre a Terra, a lua e Marte
De Chico Buarque
No canto da sala de estar
Sem parar de girar, de girar
As mulheres buarquianas
As cidades buarquianas...
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23/12/2014 - O meu canto só

O meu canto é canto de homem só
De homem só disposto a ser mais
Mais do que o bíblico e cíclico pó
O meu canto ecoa pra além nuvem
E vence do tempo a pior ferrugem
Sem ser de menos ou ainda demais
O meu canto é canto de ponto certeiro
Coisa de quem um dia já foi mateiro
Sabendo a penugem da ave por seu canto
O meu canto é canto de curió
Canto de dar pena, de dar tristeza, de dar dó
O meu canto é canto de pintagol
Que se desconstrói na falta de sol...
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