Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 27 de 248.

25/03/2016 - Nosso pacto

Minha doce amada, minha flor de cactos
Perfume que o vento me trouxe, meu rapto
De amor predileto, meu desassossego
Meu afeto. Minha falta de chão, de teto
Meu último abrigo, meu dourado trigo
Meu segredo, meu céu de arvoredo
Todo esverdeado e azulado pela estação
Onde a lua é locomotiva e o sol um vagão
Atrás de outro vagão obedecendo ao ritmo
Da lua em seu mais que completo labirinto.
Infinito balançar marítimo que ainda sinto ...
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24/03/2016 - Aguas de ontem, hoje e amanhã

O rio não corre para trás
Mas as águas de ontem
Podem se encontrar
Com as do amanhã
Se não ficarem paradas

Portanto, avie
Erga-se, flua,
Vaze e extravase
Rumo ao adiante
O hoje morre ontem
E (re)nasce amanhã


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23/03/2016 - Nasci, vim, rompi

Hoje
Ao raiar do tempo
Nasci
Especialmente
Para te ver
Sorrir
De alma ao vento

Hoje
Ao frigir das horas
Eu vim
Decididamente
Para tecer
O fim
Do que ainda chora

Hoje
Ao quiproquó do dia
Rompi
Inesperadamente
Para viver
Do que
Vai além da fantasia.


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22/03/2016 - Entre asas e presas

E do caos veio a loucura
Agonia, vazio e tédio
Uma fome sem remédio
A incompletude sem cura.
E da dor nasceu o medo
Que fez crescer a presa
Do segredo que há entre
A tristeza e a alegria.
E da beleza fez-se a ilusão
De que o lado de fora
É o lado real, verdadeiro,
Mas até a linda e forte
Serpente chora sua solidão.
E por não viver por inteiro
Ela treme diante da morte
E não sabendo ou podendo...
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21/03/2016 - Belazul

Minha menina azul
Blue como o blues
Intensa, pequena
E imensa em mim
Linda, bela, belazul
Beautiful do início
Ao fim do fim do fim
Eu conheço tua alma
Como a palma
Da minha mão cigana
Eu conheço teu cume
Tua maior depressão
O que ama e chama
E do que tem ciúme
Eu sei do azul que há
Em tudo isso que é ocê
Mulher azulada, azulinda,
Azuleia, azulante, azulá,
Flor de azulê que me azula ...
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20/03/2016 - Entra no trem

Vem, entra no trem
Que vai dar no mar
Num tanto de lugar
Nos montes laranjas
Nas curvas e esquinas
No colo das meninas
De mistérios e franjas

Vem, entra no trem
Que vai subindo alto
Como se fosse pássaro
De lata, coração de aço,
Por entre nuvem e mato
Destino sobre a mesa
Frigi a fornalha acesa

Vem, entra no trem
Que vai apitando azul
Cortando norte e sul
Faiscando os trilhos ...
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19/03/2016 - Cê tem sua hora

Você tem a sua hora
E todas as minhas
Horas
Sozinhas ou não...
Ora,
Cê está dentro
E fora
Da imaginação...
Cê, sentimento
Que não se ignora,
Zóio que chora
A tristeza da beleza
De se fazer mulher...
Cê que chega
Se aprochega
Se aconchega
Como bem quer
E nunca que sai
Que vai embora
Porque não quero
Que cê vá,
E te espero
Como ninho vazio...
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18/03/2016 - Clareia, meu pai

Clareia, meu pai, clareia minha estrada
Afasta as sombras e aquele que zomba
Da minha escolha, que tomba pedras
Só para atrapalhar a minha caminhada
Meu pai, clareia como noite enluarada
A passada deste que contigo não medra
Louva-a-deus, estrelas e pirilampos
Coloca a luz no meu carreiro de dentro
Cortas as sombras com seus relâmpagos
E me leva cada vez mais mata adentro
À mata-virgem, meu pai, da sua morada
Onde as árvores alumiam que cintilam. ...
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17/03/2016 - Dois sanhaços

E então
Num fim de tarde
No chão
Que o céu invade
Nasci
Com corpo de homem
E alma de pássaro
Vivi
Como fome de voar
E braços de aço
Tão incríveis
E impossíveis
De me levantar

E então
Você chegou
Arrebatadora
E me amou
Avassaladora
Erguendo casas
Dos meus escombros
Tirando asas
Dos meus ombros
Você se aninhou
Nos meus braços ...
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16/03/2016 - Sem freio

Querendo ou não eu vou com tudo
Sem freio, surdo aos seus apelos,
Adentrando pelo seu mundo de pelos
Curvas, relevos, agravos, perfumes,
Avançando pelas suas depressões,
Pelos seus cumes, e descobrindo,
Indo e vindo, seus muitos corações,
Vou pelas suas brechas, deixas,
Queixas e comemorações de sim
E de não, pois o talvez não existe
É ou não é, é assim que se faz
Mulher, entre a guerra e a paz
De um ser intrínseco, belo e fatal...
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