Daniel Campos

Poesias

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06/07/2013 - Deixames

Deixa de malícia. Deixa de preguiça.
Deixa de horror.

Deixa de disse me disse. Deixa de tolice.
Deixa de rancor.

Deixa de lelelê. Deixa de trelelê.
Deixa de dissabor.

Deixa de nhenhenhém. Deixa de vai e vem.
Deixa de batedor.

Deixa de esquisitice. Deixa de maluquice.
Deixa de mau-humor.

Deixa de frescura. Deixa de loucura.
Deixa de pudor.

Deixa de careta. Deixa de falseta....
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05/07/2013 - Suplanta a dor

Canta, canta, canta o amor
E se acalanta e se alevanta
Sem pavor
E se agiganta e se transplanta
Para o interior
E se imanta e se espanta e se adianta
Feito condor
E se abrilhanta de cor
E se decanta flor a flor
E canta, canta, canta
E se encanta e se faz de santa
Sem nenhum pudor.


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04/07/2013 - O chão que me falta

Se o chão me falta
É porque meus pés
Depois de tanto chutar lata
Viraram asas
Que me levam por aí

Se o chão me falta
É porque estou de ponta cabeça
Ao léu
De pernas para o céu
Fazendo piruetas por aí

Se o chão me falta
É porque subi numa árvore
Para fugir do proselitismo
Da realidade
Que me faz saudade por aí

Se o chão me falta
É porque num gesto egoísta
Pulei num abismo...
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03/07/2013 - Pode ser

Saiba que a hora de sair de cena
Pode ser antes do fim do poema
Ou até dias depois da cantilena

Saiba que a hora de abrir a porteira
E correr de braços abertos à ladeira
Pode ser domingo ou segunda-feira

Saiba que a hora de jogar a toalha
E cortar os pulsos de navalha
Pode ser antes ou depois da batalha

Saiba que a hora do grande final
Com direito ao aplauso da geral
Pode ser já no choro do pré-natal ...
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02/07/2013 - Deixitudes

Deixa-me ser o seu fantoche
O seu broche
O seu chiclete

Deixa-me ser a sua tosse
O seu arrepio pelo cóccix
O seu pivete

Deixa que eu lhe coce
Deixa que eu lhe roce
E lhe alfinete

Deixa que eu lhe almoce
Deixa que eu lhe endosse
E seja seu joguete.


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01/07/2013 - De Oxóssi

Que Oxóssi me dê
O que é da minha fé,
De fato e direito também,
Nada além, nada aquém.

Que Oxóssi me guie
Pelas trilhas do axé
Na mira do que se é
E que arqueiro me crie.

Que Oxóssi me dispare
Feito flecha sem volta
Rumando pelos hectares
Do verde que me escolta.


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30/06/2013 - Nem sempre

Não há ternura que não se perca
Nem paraíso que não se infernize
Não há loucura que dure para sempre
Nem juízo que não desapareça

Nem todo uso cai em desuso
Nem todo mal é contra o bem
Nem todo parafuso é confuso
Nem todo astral é o que convém

Há sempre um quê de trágico
No mágico que precisa surpreender
Há sempre um quê de fantástico
No elástico que precisa ceder e ceder

Há sempre um quê de beleza...
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29/06/2013 - Isso nisso

Solta seus bichos
Explora meus nichos
Revira meu lixo

Faz reboliço
Feitiço e até enguiço
No ouriço-coração

Dá desserviço
E sumiço com capricho
Ao maciço-coração

Deixa de cochicho
Desça do crucifico
E siga o tempo cavalariço

Gruda feito carrapicho
E diga o que eu picho
No quebradiço-coração


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28/06/2013 - Apará, Apará

Apará, Apará
Nossa Senhora da Conceição Apará
Aparai
Pelo amor de deus
Este filho seu
Que não cai graças à fé

Apará, Apará
Por Olorum
Aparai
Na força de Oxum
Este filho que vai
Com as ondas da maré

Apará, Apará
Nossa Senhora da Conceição Apará
Toma o que há ao redor
E também no interior
Deste filho porque tudo é teu
Como as ondas são de Iemanjá.


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27/06/2013 - Braços do tempo

Se seus braços são o tempo
A correr e a se estender
Eu preciso ser urgentemente
Atemporalizado
Me entregado
Sem futuro sem passado
Ao tempo dos abraços
Apertados e escandalizados
De sentimento

De um sentimento
Esperado, temido e cultuado
Como temporal
O deus que nos fez igual
Na chegada e no adeus

Dá-me os braços seus
Em abraços que me adentram
E me avizinham
Içando o tempo das suas linhas...
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