Daniel Campos

Poesias

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26/07/2013 - Mineirinha

Pelas ruas de pedra das gerais
Por entre canários que cantam uai
Pelos quitutes e temperos
Por entre catedrais e palmeiras
Pelos clubes da esquina
Por entre Milton e Lô Borges
Pelas rezas e trovas
Por entre Guimarães e Drummond
Pelas ruas de estrelas
Por entre fornadas de biscoito
Pelos diamantes e montes
Por entre casas coloniais
Pelos trilhos da maria que é de fumaça
Por entre ramalhetes de beija flores...
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Comentários (1)

25/07/2013 - Azulitude

A lua turquesa
Pelo céu azul europeu
Enchia as pupilas opalinas
Das meninas
Que brincavam de deus
Pelo asfalto de cobalto
Criando e recriando
Tons de azuis
Entre chegadas e adeus
De corpos nus
À luz dos azuis

Azuis da força aérea
Azuis de Alice no País das Maravilhas
Azuis das seleções italiana e argentina
Azuis de blues
Azuis de pássaros cianos
Azuis de adereços ciganos
Azuis claros e escuros...
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24/07/2013 - Venha

Venha
Sem perguntas
Nem pouca
Nem muita
Feliz e infeliz
E sempre louca
Como quem assunta
O que diz
Uma estrela para outra

Venha
Solta
À Solta
Sem perguntar por que
Sem esperar buquês
Na ponta dos pés
Feito bailarina
Meio mulher meio menina
Vestida como os ipês

Venha
Sem tempo pra preguiça
Com olhos de cortiça
Sacados ainda úmidos de vinho...
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23/07/2013 - De arder os olhos

Antes de se deitar
Faça o favor de colocar
Um bocadinho do seu cheiro
De pimenta de cheiro
No meu travesseiro
Para eu ter sonhos ardentes
Picantes e quentes
Com o seu jeito de ser
E de andar e de viver

Coloca sua essência
De pimenta malagueta
De mulher ciumenta
De boca que esquenta
De beijo que dá dormência
De paixão de labareda
No meu travesseiro
Passando seu corpo inteiro
...
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22/07/2013 - O que leva em tuas mãos, mulher?

O que leva em tuas mãos, mulher?
Leva restos de aceno, de chegada e de adeus
Leva beijos não lavados jurados pra sempre
Leva poemas pelas linhas tortas do destino
Leva o que conseguiu apanhar de uma canção solta no ar

O que leva em tuas mãos, mulher?
Leva o rascunho de um abraço
Leva o tato (e o mundo tátil) de uma vida inteira
Leva pedaços de onda, de uma dança, de uma reza
Leva a terra que cavou para uma flor ou para um morto...
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21/07/2013 - Cheiro de chuva

Cheiro de chuva
Abre as narinas
Escancara a garganta
Afina as cordas vocais
Enche os pulmões
Marina os olhos
Embala lembranças
Invade a corrente sanguínea
Agiganta o coração
Desperta desejos
Sensibiliza o paladar
Dá margem a gritos e danças
Renasce o gostar
Lava os maus pensamentos
Quebra as pedras da alma
Cria esperança
E faz chover eu te amos

E de repente,
A voz é de chuva...
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20/07/2013 - Olhos de fogo

Seus olhos como que nascidos
De ovos de dragão
Ungidos
Num fogo virgem e bravio
Sem comparação

Seus olhos flamejantes
Inocentes e ardentes
Rubros
E correntes como um rio
Brilhante

E olhos nos olhos
Com você
Sem mais porquê
Sou tomado por um querer
Tão Mágico quão Pirofágico.


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19/07/2013 - Luzes que voam

Uauás
Caga-fogos
Luze-luzes
Lampírides
Lampiros
Cudelumes
Luzecus
Lumeeiras
Lumeeiros
Moscas-de-fogo
Noctiluzes
Piríforas
Salta-martins
Pirilampos
Vaga-lumes...

Insetos estelares
Brilhando pelos ares
De noites sem lua
Paixões luminescentes
Sonhos fosforescentes
Movidos a explosões
De oxigênio nuclear
Reações químicas
Em tons de âmbar...
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18/07/2013 - Não acorde

Por favor, não acorde, por favor,
Não acorde pro mundo lá fora
Que quer lhe pegar e devorar
Seus sonhos e fantasias
Não, não acorde para o pavor
Que quer lhe levar embora
Que quer lhe falar: chora!
Que quer transformar suas noites
De sono em dias de trevas e açoites
Pernoite no mundo da imaginação
Pelo tempo que puder
Mulher, não acorde, por favor,
Pegue o primeiro cavalo alado
E fuja dos soldados da realidade...
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17/07/2013 - Castelo de areia

Sou como castelo de areia
Que se desmancha
Um pouco mais
A cada onda
Fugaz
Que ronda e deslancha
Sobre minhas torres
Minhas muralhas
E meus aposentos reais
Com os cristais
Do sal das sereias
Que ao passar me dizem
Que não tem jeito
Pois sou feito para ser desfeito.


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