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Encontrados 142 textos. Exibindo página 13 de 15.
Esquecimentos
Só esquece
Quem não ama,
Quem ama
Proclama
Em nome do que quer que seja.
Quem esquece
Fenece
E finge a própria dor,
Quem ama
Engana
A si mesmo ao achar que esquece.
Quem esquece
Tece
Esconderijos e diz que não ama,
Ama e se esquece
Esqueça-se e ame.
Por favor
Peça para não amar
Só não peça para esquecer,
Só esquece
Quem não ama
Só não ama
Quem se esquece
De amar o esquecimento.
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Esquina
Cortinas de sombras
Escondem seu rosto
Quando lhe cerco em olhares
E capuzes recaem sobre os traços
Que constroem sua face.
Alguns nascem à luz
E logo se acabam
Na sola dos passos
Da solidão.
Tira os lenços do rosto
E cruza seus dramas
Com minhas tramas
Na esquina
Da "não me olhes assim"
Com a "ainda que tarde".
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Essa gente
Ai, essa gente
Machuca o poente
Com seu passar
Tão descontente
Ai, essa gente
Passa naufragando
Sob o sétimo mar
Ai, essa gente
Passa deslizando
Sob o sétimo ar...
Ai, essa gente
Passa em nuvens brancas
Sobre a rua
Sob os seios da mulher de Sirilanka
Que carrega em suas trancas
Uma dor pungente
E urgente
E penitente
E tão somente
Sua...
Ai, essa gente...
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Estação do amor
Qual será a estação do amor?
Será o verão do sol e do mar?
Será melhor amar no calor?
Ou será a primavera
A estação florida
Do pólen e do beija-flor
Que deixam paixão mais colorida?
Será ainda o outono e sua ventania?
Será melhor ou pior será
Amar entre e dentre as folhas
Só para em algum colo
Encontrar a calmaria?
Será o inverno
Estação congelante
A estação do amante?
Qual será a estação do amor?
Verão?...
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Estação vermelha
Oh primavera vá embora
Finja que ninguém a chora
Leva suas flores
Mas pelo amor
Não se esqueça de zelar
Pelo amor dos meus amores.
Ah! Pode ir
Vá florir
Outros meridianos
Mas não abandone meus planos
De me entranhar
Nas pétalas de um coração
Que já pulsou
Tão perto
Tão perto
Dos meus ouvidos
Que hoje andam feridos
Pelo silêncio
Que o amor semeou
Fora de estação.
Ó primavera pode rumar...
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Estrada avermelhada
Toada,
Enluarada
De estrada
Azulada
Fadada
Apaixonada
Contada
Marcada
Pela cavalgada
Da amada
Em madrugada.
Toada,
Caminhada
Atordoada
Cansada
Não remediada
Nessa estrada
Avermelhada
Atoalhada
Desarvorada
Inacabada
De pássaro e passarada.
Toada,
Não perdoada
Bem-beijada
E molhada
De chuvarada
Nessa estrada...
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Estrada de ferro
Os trilhos
Se põem
Desertos
Como dois
Braços
Estendidos
Rendidos
Esquecidos
De adeus.
Uma brisa
Se agita,
Uma sensação
Palpita
E começa a ventar
Uma tristeza
Bonita.
Como se não houvesse
Mais nada
Nessa estrada
De ferro e pedra,
O trem vem
De longe e apita.
Pouco a pouco,
O mundo vai nascendo
Da trouxa
Levada nas costas...
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Estrada de sim e de não
Calma
As minhas mãos
Agora são
Duas almas
Separadas
De mim
Que vão
Pela estrada ensolarada
Dia sim
Enluarada
Dia não.
As minhas mãos
Onde estão
As linhas
Da poesia
De um coração
Que pedia
Para ela voltar
Pela estrada de sim e de não
E ela sem querer amar
Fingia
Não escutar
E cantava
Enquanto as mãos
Acenavam
A canção...
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Estranheza
Estranho é pensar que não somos estranhos
Estranho é viver o mesmo em outro tempo
Estranho é sofrer diante de tantas alegrias
Estranho é se expor e se esconder do mundo
Estranho é não se ver estranho
Estranho é não se ter estranho
Estranho é não se bendizer estranho
Em um mundo onde o normal virou regra
Estética, genética e até gramatical.
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Estrela escuridão
A noite escura
Brota como um grão
Uma semente
De angústia
Que a gente não quer que vingue
Mas vinga
E cresce feito um rojão
Que se alonga
À procura do beijo
Da estrela escuridão.
Estrela escuridão
Que brilha e assombra
Estrela escuridão
Que trilha e tomba
Estrela escuridão
Que se encilha
Nas pontas de um pentágono
E sai voando
Gritando
E amando
À milhas e milhas
Do clarão...
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