Daniel Campos

Obras

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Tempus

2004 - Poesia

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Essa obra é o retrato da consolidação de uma óptica própria de Daniel, que vê o Tempo como o senhor da vida. O maior de todos os deuses. O deus do amor, dos mares, da guerra, da morte submissos... todos submissos ao deus do tempo. E como o criador que proferiu fiat lux, nesse livro é como se o poeta dissesse fiat tempus.

Os poemas Tempus e Tempo são prova dessa preocupação ou dessa tentativa de entender o tempo. Tempo de o poeta arrumar as malas e novamente ir a mundos não descobertos. Agora, o destino se chama Brasília.

A poesia pulsante de Daniel encontra o bucolismo de uma capital marcada pelo verde abundante, pelo horizonte sem limites e pelos espaços vazios. A poesia do poeta vindo do interior se defronta com as retas curvas de Niemayer, o plano de Lucio Costa e o sonho de JK.

O resultado são poesias mais reflexivas, mais angustiantes, mais preocupantes. E a busca pela mulher amada continua presente nos poemas.


Vila das Valsas

2004 - Romance

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Daniel, como um trem, quase fantasma, leva-nos a uma vila nascida entre o nada e o lugar algum. Lá, um casarão e um barão. Lá, uma mulher que se transforma com as fases da lua. Lá, um prefeito socialista. Lá, uma mulher que prevê a morte. Lá, um imperador com gado a perder de vista. Lá, um peão que conversa com os bois. Lá, um francês emudecido pelo próprio passado. Lá, uma procissão de gente, uma procissão de gato, uma procissão de lua. Lá, uma mulher que vendeu sua alma para o piano. Lá, um homem que vive entre gatos. Lá, uma velha que defende o escudo de sua escola. Lá, uma mulher que apanha e cala. Lá, em Vila das Valsas.

É nesse contexto que desembarca a personagem principal da trama, ou melhor, o fio condutor da trama. Um homem misterioso, sem endereço, sem nome, sem história e, ao mesmo tempo, com tantas histórias em si. Como um cavaleiro andante da ilusão, esse homem vai viver a fundo uma vila marcada por paixões proibidas, secretas e devassadoras. O maior desafio desse homem será não influenciar em tantos destinos. Tarde mais, o trem parou e o homem, mesmo com todos os avisos, desembarcou a procura de ilusões.

O décimo livro de Daniel Campos é um romance. Com um estilo próprio, Vila das Valas é um romance escrito em uma linguagem poética, mais íntima, psicológica, sem os tradicionais travessões. Aliás, o tempo, o espaço e a trama se perdem no campo psicológico. Depois de cinco anos de construção, o resultado é uma obra perdida entre a fantasia e a realidade, um mundo que Daniel se sente em casa.


Se eu morrer de amor

2003 - Prosa

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Infinitas às vezes em que o poeta se perguntou ? e se eu morrer de amor? Mas essa era uma pergunta poética, afinal seis anos depois de seu primeiro poema, o poeta ainda não havia morrido de amor.

Em Se eu morrer de amor, o leitor irá encontrar talvez a parte mais intensa, sentimentalmente falando, da obra de Daniel. O livro traz poesias em prosa e em linhas, como preferir, falando de amor. E de um amor maior. Aquele amor sem tempo, sem espaço, sem dimensão. Um amor urgente e que pode esperar a vida toda para que nasça em sua plenitude.

O livro conta com textos clássicos de Daniel, como o próprio Se eu Morrer de Amor, Saudosismo, Sonha... textos marcados por um estilo próprio de Daniel, que vai construindo o texto a partir de repetições poéticas.


Sentimentando

2003 - Poesia

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Eu sentimento. Tu sentimentas. Ela sentimenta. Essa parece ser a conjugação de Daniel Campos. Dia e noite, noite e dia, Daniel Campos prossegue sentimentando. Forma-se jornalista, mas o sentimento é a sua verdadeira vocação. Musas vão e vem à busca incessante pela mulher amada, ainda não encontrada por Daniel.

E nessa seara de sentimentos, o poeta se vê constantemente entre o medo e o desejo, entre o real e o abstrato, entre o sensível e o falso. Duelos constantes dentro do poeta. E o físico sofre as conseqüências causadas pelo efeito desse sentimento - as emoções. E nesse duelo entre o fora (emoção) e o dentro (sentimento), o poeta vai se nascendo e morrendo e nascendo num ciclo.

E o poeta, em versos, vai filtrando essas emoções como quem quer produzir um perfume proibido, uma essência secreta. Mais do que nunca, a cada verso o sentimento se consolida na obra de Daniel como a decisão tomada pelo espírito poético face ao mundo que dizima sonhadores.


Silva, o sobrenome do Brasil

2003 - Livro-reportagem

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As eleições 2002 desencadeiam um processo inédito na história do Brasil. O presidente (Lula), o vice-presidente (José Alencar), o ministro da Casa-Civil (José Dirceu), a ministra do meio-ambiente (Marina), a ministra da Ação Social (Benedita), o ministro do Fome Zero (Graziano) tem uma coisa em comum. O sobrenome Silva. Nunca tantos silvas estiveram no poder. E é com essa motivação que dois estudantes de jornalismo da PUC-Campinas, Daniel Campos e Francisco Domingos partem em busca de uma das mais fascinantes histórias da nossa história - a história do sobrenome Silva.

A chegada do sobrenome Silva ao poder, com os bastidores da posse de Lula; a origem e as lendas em torno da origem do sobrenome, a chegada do sobrenome ao Brasil, os Silvas históricos; os Silvas famosos; os Silvas do alto escalão do governo e os Silvas anônimos, que geram uma reflexão sobre essa história, compõe o livro.

Unindo literatura e jornalismo, ou melhor, jornalismo literário, esse livro pode ser considerado um romance da vida real. Construído sobre as bases da narrativa, o livro leva a um novo descobrimento do Brasil. O livro foi apresentado como projeto de conclusão de curso e ganhou nota 10 da banca examinadora, sendo lançado em Brasília ainda em 2003, com a presença de vários Silvas.


Sonhadeiro

2002 - Poesia

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O filósofo grego Diógenes Laércio caminhava pelas ruas de Atenas com uma lanterna acesa nas mãos em plena luz do dia na tentativa de encontrar um ser humano honesto. Filosofias à parte, o poeta Daniel Campos caminha pelas ruas com os sentimentos nus à procura da mulher amada.

Com isso, a poesia, ano a ano, passa a ser um sonho mais real na vida de Daniel Campos. Sonha amores impossíveis, amores inimagináveis, amores inatingíveis. Em suma, sonha-se o impossível. Em Sonhadeiro, acentua-se, a tendência dos poemas se tornarem mais leves.


Moinhos de Ilusão

2001 - Poesia

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Como um moinho que vai moendo e remoendo a ilusão, o poeta continua se entregando ao papel. Moinho impulsionado pelos ventos e pelas águas da ilusão. Em seu interior, as rodas do amor, da esperança, do sonho vão rodando sob o comando da ilusão.

No meio de um labirinto de paixões cegas, materiais, efêmeras e falsas, Daniel busca a saída para um amor puro. Mas quanto mais caminha e se embrenha nesse labirinto, o poeta parece se ver ainda mais perdido em face de um amor despido de qualquer interesse.


Velas e Veleiros

2000 - Poesia

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"Mil chegará, dois mil não passarás". Chegamos ao ano em que os profetas previram o final do mundo. Mas o mundo não acabou. Daniel depois de tentar trilhar um caminho na engenharia, deixa a escrita falar mais alto e ingressa na faculdade de jornalismo. Novos horizontes. Novos rumos. Novos destinos.

O poeta, como um veleiro, lança-se a mundos ainda não descobertos. Daniel, feito uma vela, vai queimando poesias a fio e velando os sentimentos do mundo. E aquela semente de inspiração que brotou de uma terra lírica, passa a ser uma semente de fogo. Uma chama poética que ateia naquele estudante de jornalismo ainda mais o fogo de sua sina. Sua sina poeta.

E as plantas crescem, dão flor, mas as plantas morrem, as flores secam, mas as sementes continuam.


Cerne do Afeto

1999 - Poesia

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As sementes dos primeiros poemas que brotaram em Sementeira, agora crescem e ganham força. Dia após dia, Daniel Campos é infestado, tomado, possuído pela poesia. E, sobretudo, a poesia lírica. Falar de amor passa a ser a sina do poeta nascido no interior de São Paulo. Tanto que se sofresse um corte longitudinal, numa espécie de autópsia, poderiam ser encontrados os cernes de um afeto que compõe um poeta que não tem vergonha de escrever o amor.

Em Cerne do Afeto, o autor dá vazão a uma poesia carregada de sentimento. Uma poesia que ama, que chora, que grita, que sofre, que dói, que se desespera. Um sentimento ainda bruto, que o poeta vai retirando do ar, como um psicógrafo. Poeta que colhe os sentimentos do universo para, veste-os de palavras e rimas, e os entrega a outros olhos. Mas no meio disso tudo o poeta vive esse sentimento. Daniel absorve esse sentimento e se doa a uma folha em branco.


Berradeiro

1998 - Poesia

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Os poemas não só brotam em Daniel Campos como uma sementeira de sentimentos, mas sussurram, murmuram, gemem, conversam, gritam, berram. Berram! Berras belezas. Berram prazeres. Berram sofreres. Berram o tempo. Berram olhos, pernas, mãos. Berram o encontro e o adeus. Enfim, berram vidas. É como se, num primeiro momento, amores, dores, paixões, incertezas, medos, vontades, sonhos berrassem a toda altura dentro do corpo do poeta e, num segundo momento, berrassem nas folhas de papel e ainda, num terceiro momento, berrassem nos olhos de quem abriga os versos.

Da esperança ao ódio, do amor ao caos, os berros berrados ecoam pela poesia. É como se a poesia sonhasse e de dor berrasse. É como se a poesia padecesse e de prazer berrasse. É como se a poesia entre pedras, espinhos e carcarás, brotasse e gritasse cada sílaba, cada palavra, cada verso. E os poemas vão nascendo e crescendo nesse caos onde mergulha o poeta.

Neste seu terceiro livro, o poeta ratifica sua doação à escrita em uma obra que berra à barbárie de sentimentos a um mundo recém descoberto. São poemas inquietos, revoltos, perturbadores. Em suma, Berradeiro é a tomada definitiva de Daniel Campos pela poesia.


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