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Encontrados 86 textos. Exibindo página 4 de 9.
22/04/2016 -
Reluz
Se tudo é troca
Pra você receber
Vai ter que dar
Se me provoca
O que vai poder
Enfim ganhar?
Se quer amor
Me ama
Primeiro
Se quer calor
Me chama
Num cheiro
Se quer afeto
Avizinha
Redefina o teto
Se quer luz
Aninha
Faça jus, reluz.
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Remasterização
Mesmo que as cartas tenham medo de falar
Ainda que o futuro custe um pouco mais
Raia o sol da primavera
Insinuando
Que vai se pôr
No calor de uma lua
Furta-cor...
Ah! Tempo tão sonhado
Eleva meu pensamento
Longe
E tão longe
Namora e chora
Nos olhos
Rasantes de um condor...
Só, náufraga de calendário,
Ice os sonhos
Levante e acenda
Velas
E chama pelo vento
Inter-tropical...
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18/08/2014 -
Remediado
Nem pode haver
Maior remédio
Para o tédio
A amanhecer
Nos seus lábios
Com sua fronte
Em meu peito
Já dizia um sábio
De respeito
Que amar
É derrubar pontes
Para casar
Dois horizontes
E eu amanheço
E eu compareço
Na sua boca
Todo santo dia
E ainda falando
De amor... Amor
Nem que for
De forma rouca
Beijando
Sua fantasia
Deitando
Com sua alma...
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Remorso
Pela falta de abraço
Pela falta de adeus
Pela sobra de laço
Que aos seus
Sonhos
Corro e proponho
Que a gente
Olhe o céu
Daqui do chão
Olhe o céu azul
Vergando um botão vermelho
Sobre o seu cabelo.
Ai, o arranha céu
Da saudade
Reflete de norte a sul
A cidade
Da minha solidão
No espelho
Doce
Da ilusão
Que o caixeiro
Viajante
Me trouxe.
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Renascer da dor
Tinha de fazer uma canção
Mas eu preciso morrer
Para em um vazio coração
Poder de a dor nascer.
Basta de tanto sofrimento
De amar com lágrimas
O passado são páginas
Perdidas ao vento lento.
Pescador, olho para o mar
Despeço-me da solidão
E parto a remar a remar
A remar a ilha da ilusão.
Morrer é o que necessito
Quero um céu de luto
Raios e trovões e um grito
E um suspiro curto.
Morrer em despedida...
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21/08/2015 -
Rendeira
Sinhá rendeira
Me enreda no seu oiá
Deixa eu admirar
Seu ponteio de cá a acolá
Sinhá rendeira
Renda-me de tanto amar
Nas suas rendas me faz voar
Assovia pro seu sabiá
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Renúncia
Ai, meu poeta
Eu queria tanto
Viver no seu mundo
Mas, no entanto,
Eu não consigo
Seguir sua trilha
Tão dileta
Então eu sigo e trilho
Feito uma ilha
De um mar vagabundo.
Eu queria
Me arder no seu sol
Mas eu não consigo fazer
O que faria
Em sonhos
Pra não lhe perder
Então eu sigo e me ponho
Feito um rouxinol
Que para se criar
Precisa se esconder
Que para cantar...
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Repetições
Acabou a fantasia
Mais uma vez...
E se foi outro dia
E a trama
Do drama
Da dama
Outra vez
Não foi feita
Sequer eleita.
É momento de fugir
Novamente...
Olhar adiante e desistir
Fielmente
Do que não se sabe
Do que não nos cabe
Infelizmente.
Começar a esquecer
O que não existe...
Deixar o amanhecer
Que insiste
Que sofreu
Mais do que eu
E se crê triste.
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Repetições em 78 rotações
Novamente, as desculpas
E o medo do encontro.
Tanto traçara o desencontro
Que não restou mais caminho
Senão o encontro.
Novamente, os horários
Os lugares e os afazeres.
Se manhã ou amanhã
Se noite ou anteontem
Haveria de estar ocupada
Com suas desculpas.
Novamente, as promessas
Que são de mentira.
De tanto falar um dia
Esse dia chegou
E de tão perto
Já teria passado.
Novamente, as lembranças.
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Resgate
Os poemas
Que lhe fiz
Um dia os quis
De volta
Mas eu não sabia...
Eu sabia dos temas
E até dos seus tremas...
Não disfarce
Que eu lhe sei
Não passe
Por mim
Sem crer que lhe amei
Mais do que podia me amar...
Eu sabia de tudo
Mas não sabia
Que para resgatar
As letras das minhas canções
Emudecidas
Embevecidas
Eu precisaria resgatar
Suas ilusões vencidas
Divididas...
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