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Encontrados 17 textos de dezembro de 2016. Exibindo página 2 de 2.
12/12/2016 -
Vidas passadas
Quando olhei nos seus olhos vi que não éramos de agora.
Eu já fui vilão e você, mocinha.
Eu já fui rei e você não quis ser apenas a minha rainha.
Eu fui palhaço e você, trapezista.
Eu já fui pirata e você não sabia nadar.
Eu já fui astronauta e você, estrela.
Nos seus olhos vi nosso passado como um filme em 3D.
Eu já fui tudo e fui nada para você
Eu já fui operário e você dona de casa.
Eu já fui prisioneiro e você minha alforria. ...
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10/12/2016 -
Olhos d'água
Menina, pra que esses olhos d’água
Se ocê tem esse sorriso de buquê
Mais vale florir, se abrir, florescer
Verdejar
Do que chorar tristeza e mágoa
Por quem não é de te merecer
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10/12/2016 -
A busca constante pelo amor
Só se perde quem nunca se encontrou. Quando há um encontro de corações pode ter o terremoto que for que tudo continua ligado. Portanto, almas gêmeas não se perdem facilmente. E falo mais: almas gêmeas não se acham com essa facilidade toda. E não se preocupe em encontrar a metade perfeita, tudo se encaixa realmente quando menos esperamos. E o amor é justamente isso – uma tentativa constante. Amor é pra gente quebrar a cara mesmo, pra buscar a superação a cada queda, pra nos fortalecer colando os pedaços do coração. E o amor nos ensina o tempo todo mesmo quando não queremos aprender. É um aprendizado contínuo e necessário. O amor é para todos os momentos, inclusive para os momentos a sós. Uma separação não é o fim do mundo, tampouco o fim do amor. É a oportunidade de crescimento, de amadurecimento, de evolução. Portanto, nada de choro. Ou melhor, chore tudo o que tiver para chorar. Não deixe nada preso aí dentro de si. Deixe o choro sair de uma vez para poder seguir mais leve em busca de um novo amor. Novo amor, sim! A vida não nos quer de luto. A vida nos quer apaixonados. Portanto, desarme-se e se apaixone perdidamente, sem reservas, sem traumas, sem pensar no passado. O passado não existe mais. Dele, só ficou o aprendizado, que é o que te fará viver uma relação ainda melhor. Porém, não uma relação perfeita, pois o perfeito simboliza o fim da procura. E a vida é uma procura constante. Nascemos, crescemos e vivemos para procurar o amor. Nós, seres imperfeitos, existimos enquanto procuramos um amor mais que perfeito, nos sonhos e nas fraquezas que nos fazem humanos.
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05/12/2016 -
Força que não tenho
Eu queria ser forte o suficiente
A ponto de não fraquejar
Diante de um simples luar
Mas eu coloco o coração
Entre os dentes
E tão somente
Sigo a estrada que não é
Da razão
Eu tenho fé
E não me importa se caio
Se chego, fico ou se saio
De pé
Eu me jogo em queda-livre
No escuro, no vazio
No rio do tempo
E só me importo
Com o sentimento
Que tenho e tive
Com o que vive
Com o que sei, terei...
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05/12/2016 -
Dois braços
Quero dois braços para embalar o meu coração que volta e meia dá para ter suas criancices, necessitando, portanto, de colo. Meu core precisa ser ninado. Quero dois braços para acenar esfuziantemente quando eu chego, dizendo-me claramente por gestos, que sou bem-vindo. Quero dois braços para me dar adeus, desenhando a saudade no ar. Quero dois braços para me dar um empurrãozinho cada vez que precise de ânimo para seguir em frente. Quero dois braços para me amparar quando eu cair dos voos altos que costumo fazer. Quero dois braços para me acolher na noite escura e solitária, quando eu caminhar perdido de tudo e de todos. Quero dois braços como meu travesseiro, braços de confiança aos quais possa entregar meu sono e meu sonhos. Quero dois braços fortes para remar comigo nesse mar turbulento e perigoso que é a vida dos que amam demais. Quero dois braços com pegada que não me deixem escapar por qualquer coisa. Quero dois braços que saibam dar carinho, afeto e paixão sem cobrar nada além do amor que emana de todo o meu ser. Quero dois braços que se liguem aos meus e me façam completo, infinito, inteiro.
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02/12/2016 -
Coração de estudante
Não há como fugir, os estudantes, nesta época do ano, são inundados por uma mistura de sentidos, de emoções, de pensamentos que fogem à regra. Independentemente, se no ensino fundamental, no ensino médio, no curso técnico, no cursinho pré-vestibular, na universidade... dá um nó peito. Um nó que cartilha alguma explica. Essa mudança de ano ou melhor, de fase, não é fácil de ser assimilada porque traz à tona remanejamentos de contatos, de objetivos, de sonhos. Esses reencaixes da vida abalam, calam fundo, mexem com as estruturas mais íntimas do nosso ser. ...
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01/12/2016 -
Menos sofrimento e mais amor
Nunca estamos preparados para mortes brutais, como a que se abateu sobre os jogadores da Chapecoense e demais passageiros do avião que caiu na Colômbia. É bem verdade que temos mais facilidade em aceitar a perda de alguém, com idade avançada, um tanto debilitado, depois de ser derrotado em uma longa batalha por alguma doença. A morte de jovens, sonhadores, vitoriosos nos deixa sem chão. Difícil de assimilar, de explicar, de digerir.
Porém, nada disso justifica a exploração, a exposição, a banalização do sofrimento pela mídia. A TV fala na tragédia o dia todo, trazendo velhos novos fatos, cutucando feridas, remoendo informações até a última gota. Sites de notícias fazem o mesmo. Até as redes sociais estão replicando a dor. Imagino os parentes das vítimas, totalmente fragilizados, sendo submetidos à tortura sem fim dos meios de comunicação. Ora um jogador está vivo ora está morto. Ele está bem, mas pode ficar paraplégico, perder mais uma perna. Quem é o culpado? Podia ter sido diferente? E o que fulano tem a falar sobre isso? O resultado de tudo isso é simplesmente desumano. ...
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