Daniel Campos

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Murmúrios

Era o nada no meio do nada
Tão perto do infinito
Do silêncio aflito
Da emoção calada
Tudo tão bonito, esquisito
Era o nada do nada no nada.

O azul no céu respingado
O verde abacate engolia tudo
O arco-íris era mudo
O sonho era vazio
O passado um rio
Que ficava, que ficava exilado.

O silêncio murmurava
Grilava a poeira rossa
A saudade era uma poça
Ao meio dos espinhos
O vento varria os caminhos
E um quero-quero sussurrava.

Ah! O verde arrevoava ao fundo
A claridade trazia a escuridão
Dos desejos, anseios da paixão
A morte esquecia que era morte
Deus parecia tão forte
E eu era o nada no meio de tudo.


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