Daniel Campos

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Mártires

Pelo coração dos mártires
Que morreram acreditando
Não pode mais
Esse sofrimento
Solidão
Sair por ai me devorando.

Os sentimentos
Já foram banidos
Já foram morridos
Já foram esquecidos
Nos calabouços
E eu já não os ouço.

Pelo que ainda resta de sagrado
Soluço em dor
E expulso o amor
Numa rima barata
Condenada ao passado.

Ah! Deve haver alguém
De tanta poesia
Avessa a esse sofrer
Que não tem preço
Que quando está por anoitecer
Já começa outro amanhecer
Dentro de mim
Que vivo e sofro assim.

Que os mártires do coração
Espinhado
Peguem seus cavalos brancos
Desçam do céu
Em cometas
E empunhem as lanças
De um amor sacro-santo
E façam valer suas trombetas.


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