Daniel Campos

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Mãos de folia

Ai, os pares da sua mão
E um vento frio
Nasce a ilusão
Neste vazio
De ar
E solidão.

Ai, os lares da sua mão
E um deus traidor
Embaralha olhares
Na fina flor
De tantos luares
Que não se vão.

Ai, os mares da sua mão
E uma linha louca
Deslizam pelas ilhas
De tantas trilhas
Da alma rouca
De um folião.


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