Daniel Campos

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31/10/2013 - Este sou eu

Eu sou este que, sobretudo, ama
Um ser-amor por natureza e verdade
Incompreendido mesmo quando compreendido
Uma loucura ajuizada
Uma máquina de sonhos
O homem-fantasia no mais profundo sentido da expressão
Sou virado do avesso, com sentimentos à mostra
Sou imagem e semelhança de quem amo
Sou do amor sagrado mesmo quando profano
Um apaixonado convicto
Um romântico retro
Alguém que tem um par de asas sempre à disposição
Sou este que conhece os labirintos da imaginação
Que tem sempre uma poesia na manga
Um poeta em trabalho de parto constante
Um escritor que tudo o que toca transforma em palavra
Um sentimentador que lavoura por sonhadeiros sem fim
Eu sou este pecador inveterado, que peca por amor
Um legítimo representante do mundo dos sonhos
Alguém que conjuga o verbo diariamente querer perto e mais que perto
Um alimento puro, bruto para os que vivem de romances
Sou o sétimo sentido, o silêncio que grita, os olhos que beijam
Eu sou o tempo esquecido entre tantos guardados
Sou a lâmina da faca amolada, o último lobo-lua da matilha
Sou a sombrinha na mão do equilibrista na corda-bamba
Um pouco aquém do que eu queria e além do que eu previa
Assim sou eu, assim vou eu, assim vôo eu


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